sábado, 28 de dezembro de 2013

UM PRESIDENTE AMERICANO NA SELVA BRASILEIRA


                                          TEDDY ROOSELVET e o MARECHAL RONDON

Corre em Rondônia um rio que recebeu do governo brasileiro o nome do ex-presidente dos Estados
Unidos, Theodore Roosevelt (1858-1919). A homenagem ocorreu por conta da Expedição Científica que reuniu Roosevelt e Cândido Rondon através do Mato Grosso e da Amazônia, entre dezembro de 1913 e março de 1914.



A expedição terminaria com uma descida do Rio da Dúvida, assim batizado anteriormente por Rondon, que não conseguiu confirmar se era o curso superior do Rio Aripuanã, um afluente do Rio Madeira. Foi um fim trágico: em 48 dias, dois carregadores morreram afogados; a fome e a malária debilitaram os sertanistas e Roosevelt, então com 54 anos, por pouco não sucumbe na selva. Ferido na perna e febril, foi desembarcado em Manaus de maca e nunca se recuperaria completamente de sua expedição no Brasil.
Frequentemente associado à caricatura da política do Big Stick, com sua defesa de intervenções políticas e econômicas nos demais países do continente, Roosevelt é um personagem singular. De fato, quando presidente dos Estados Unidos (1901-1909), ele reinterpretou a Doutrina Monroe (1823) que, com a aprovação do Congresso americano, colocara o país como protetor das nações latino-americanas, repudiando qualquer intervenção armada por parte das potências europeias. E por meio do “corolário Roosevelt” (1904), os Estados Unidos passam a considerar-se no direito de intervir nos países latino-americanos. Mas, além de ser o mais importante defensor do pensamento imperialista nos Estados Unidos, Theodore Roosevelt era também o descendente de uma importante e rica família de Nova York, e foi morar no oeste americano entre 1884 e 1886 para conhecer a vida rude dos pioneiros expansionistas e assim fortalecer seu caráter. 

Aliás, desta experiência ficaram como lições a certeza do avanço inexorável da civilização sobre a natureza e a convicção de que a conquista do Oeste seria o cadinho e o futuro da nação americana. 

Roosevelt era também um homem de ciências, apaixonado por história natural e grande benfeitor do Museu de História Natural de Nova York. Ao se ver livre de suas funções políticas, logo retoma seus interesses originais e decide vir ao Brasil. Grande admirador dos exploradores britânicos Livingstone e Stanley (que haviam percorrido a África Central na segunda metade do século XIX), ele sonha dar aos Estados Unidos e a si próprio um lugar de destaque nas descobertas científicas. Com os europeus tendo conquistado quase toda a África, o interior da América do Sul permanece como último “continente desconhecido” a ser desbravado.

Extraída do site: Revista de História.com.br

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