O
livro do Apocalipse ("O livro da revelação" ) e
também chamado de Apocalipse de João, é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo —
e o último da seleção do Cânon bíblico, e que foi escrito pelo Apóstolo João
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis,
significa "revelação", formada por "apo", tirada de, e
"kalumna", véu. Um
"apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo,
é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de
"apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações. Devido ao fato
de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação,
até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo de "fim do mundo".
O
título do livro pode sugerir "A Revelação de Jesus Cristo", sendo a
ideia básica de que os eventos descritos no livro foram revelados a Jesus Cristo,
e este mostrou a seus servos,
há mais de 2000 anos atrás ou mais de 20 séculos atrás, as coisas que
aconteceriam, teoricamente, em breve. João, o escritor do livro, não é seu
autor, apenas o escriba,
que escreveu o livro ditado pelo autor, Jesus. Por duas vezes, João relata
que o conteudo do livro foi revelado através de anjos.
Neste
livro da Bíblia,
conta-se que antes da batalha final, os exércitos se reúnem na planície abaixo
de "Har Meggido" (a colina de Meggido). Entretanto, atradução foi
mal-feita e Har Meggido foi erroneamente traduzido para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície
antes do Armagedom, a batalha final.
Exegetas católicos e protestantes atribuem
a sua autoria a João,
o mesmo autor do Evangelho
Segundo João, conforme o descrito no
próprio livro:
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Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e
na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por
causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em
espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de
trombeta, que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e
a Laodiceia.
|
—(Apocalipse 1:9–115 )
|
Entretanto,
correntes há que acreditam que o João mencionado aqui (referido como "João
de Patmos") é outro indivíduo, diferente do apóstolo João. De acordo com Clarence
Larkin, o fato do estilo deste livro
ser totalmente diferente das epístolas de João é porque o autor do livro é
Jesus Cristo, sendo João apenas seu escriba.
Cristianismo
Para
os cristãos, o livro possui a previsão dos últimos acontecimentos antes,
durante e após o retorno do Messias de
Deus. A interpretação, feita por protestantes e católicos, é dividida em três grupos: preterista (as
revelações ocorreram no passado), historicista (a ocorrência
das revelações se dá com o passar da história) e futurista (as
revelações ocorrerão no futuro).
A literatura apocalíptica tem uma importância
considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular
crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu,
o inferno e
outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita.
“REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos
seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as
enviou, e as notificou a João seu servo; O qual testificou da palavra de
Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem
aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e
guardam as coisas que nela estão escritas; porque
o tempo está
próximo.”
|
— Apocalipse
1:1-3
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Teologia amilenista
Uma
vez que o livro é escrito em linguagem simbólica, profética, dá margem a inúmeras
interpretações pelos diversos segmentos cristãos.
A teologia amilenista traz em seu bojo a
interpretação não-literal, isto é, as imagens que aparecem no livro significam
algo, e, por isso, entende que o Milênio não será formado de mil anos literais,
mas um período de tempo indeterminado (3 anos e meio, um tempo, dois tempos e
metade de um tempo, 42 meses e 1260 dias são sinônimos e representam inexatidão
de tempo). Neste tempo inexato, os povos serão chamados para servir Cristo e os que o seguirem serão marcados para
a salvação.
João na ilha de Patmos
Assim,
já estamos no Milênio e, a Grande Tribulação ainda está por vir, apesar de os
salvos já viverem a tribulação dentro de um mundo corrupto e mau. A Grande Tribulação está sendo implantada à medida que a era da pregação do evangelho
(Milênio) termina. No final do Milênio aparecerá o Anticristo (que trará a Grande Tribulação) e será
eliminado pela Palavra do Senhor, isto é, Jesus Cristo. O fim é descrito com o aprisionamento
definitivo da besta,
do falso profeta, de Satanás e de seus demônios no Lago de Fogo e enxofre. Segue-se a isso
o Juízo Final e o destino eterno dos salvos - a Nova Jerusalém.
Teologia pré-milenista
A
teologia pré-milenista (significando que Jesus viria antes do Milênio, pré =
antes, primeiro), traz em seu bojo a interpretação literal das imagens/figuras
e, por este modo, entende que os sete anos da grande tribulação, onde após o arrebatamento da igreja, a Terra passaria por três anos e meio de paz (com
o reinado do Anti-Cristo -
que perseguiria os cristãos que não tivessem o Número da Besta,
a qual possibilitaria o livre comércio entre as pessoas. Tal marca, diz o
profeta, seria posta na testa ou na mão das pessoas e haveria três anos e meio
de grande aflição. Após esse período, ocorreria o início do Milênio (onde a
igreja reinaria com Cristo na Terra). Terminado o Milênio, dar-se-ia início
ao Juízo final,
onde o Messias reinaria
definitivamente, lançando Satanás e seus anjos (demônios) no lago de
fogo.
Neste
livro o autor discorre sobre as consequências do acatamento ou não dos apelos
do Novo Testamento ("voltem-se para Deus", "arrependam-se
de seus pecados") dividindo então os santos (aqueles que se converteram a Deus, por
meio da fé em
Jesus Cristo) e os que se negaram a viver com ele.
Existem
basicamente, quatro linhas de estudos acerca da interpretação do livro
apocalíptico:
Linguagem simbólica
No
entendimento simbólico dizem basicamente que se referem às perseguições que os
cristãos sofreram dos romanos e sofreriam ao longo da história. Segundo este
entendimento, João utilizava simbologiapara detalhar o sofrimento que estavam passando,
e utilizava esse meio para falar com outros cristãos e dificultar assim o
entendimento por parte de seus opressores.
Linguagem profética
Na
profética, segundo uma teologia comum das igrejas protestantes,
João teria recebido visões através de Jesus Cristo por
meio de um anjo,
que mostrou-lhe o que aconteceria durante o período da presente dispensação (até
o fim do mundo). De entre estes acontecimentos está o mais famoso que é o Juízo Final,
que seria o resultado (eterno) do acatamento ou não dos apelos do Novo
Testamento que são:
1. Voltar-se para Deus.
2. Arrependimento dos pecados.
3. Confessar Jesus Cristo como Messias.
4. Batismo nas águas.
Dividindo
então a humanidade entre
os santos (aqueles que aceitaram) e os pecadores que se negaram a ouvir os apelos e mudar
de atitude.
Segundo
a visão profética, o "Juízo Final" trará o céu
eterno para os santos e o inferno
eterno para os pecadores.
Ainda
segundo o entendimento profético do livro, temos a seguinte linha escatológica:
1. Carta às igrejas.
2. Princípio das dores (pequenas catástrofes).
3. Abertura dos selos (Cavaleiros
do Apocalipse, clamor dos mártires, grande
terremoto e abalos celestes).
4. Governo do Anticristo por 7 anos, (Sinal da Besta, Paz, Guerras).
5. Anjos derramam taças sobre a Terra, que
significa a ira de Deus em 7 etapas, (Fome, Pestes, Terremotos, Maremotos, etc.).
6. Volta de Jesus Cristo e da igreja a Terra.
7. Governo Milenar de
Jesus Cristo.
8. Juízo Final
9. Novo céu e nova terra
O
sinal ou marca da besta é alvo de diversas interpretações. Existem aqueles que dizem que o
sinal será literalmente posto na mão direita ou na testa, e acusam o Verichip de ser esse sinal. Outros preferem uma
visão mais simbólica e interpretam que o sinal da besta na mão direita ou na
testa significaria respectivamente atitudes e pensamentos segundo as intenções
da besta, e contrários a Deus.
Um
exemplo de tal interpretação tem os adventistas,
que crêem que se pode identificar o sinal da Besta identificando qual o sinal
contrário, isto é, o "sinal de Deus", que eles crêem ser a
observância dosábado.
Neste caso, para eles, a marca da besta seria a observância do domingo, reconhecido como dia do Senhor tanto
por católicos como por protestantes.
Porém
correntes atuais ponderam que o sinal da Besta nada mais é que algo compreensível,
que quem recebê-lo saberá exatamente o que está fazendo, pois a expressão
"é número de homem" remete a algo comum, notório para todos, pois até
mesmo pessoas iletradas reconhecem números com facilidade, ao contrário da
corrente que há alguns anos acusava o código de barras e agora o Verichip. Existe também a possibilidade de ser um número
bem no centro da testa escrito 666 (seiscentos e sessenta e seis).
Origem:
Wikipédia
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