segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

CASABLANCA – MARROCOS

Cidade mundialmente conhecida através do filme homônimo



Casablanca (em árabe: الدار البيضاء; transl.: ad-Dhar-al-Bayda) é a maior cidade de Marrocos, na costa atlântica do país, e uma das maiores do Norte de África. Tem cerca de 5,5 milhões de habitantes. É o maior porto e o maior centro industrial e comercial de Marrocos.

Além de locais muito conhecidos como a Mesquita Hassan II, Casablanca deve o seu maior sucesso e fama ao filme americano “Casablanca” filmado em 1942.
O filme Casablanca foi dirigido por Michael Curtiz, e teve a participação de atores muito famosos de Hollywood tais como Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains, Conrad Veidt, Sydney Greenstreet, Peter Lorre e Dooley Wilson, e se tornou um clássico da cinematografia mundial.
A cidade possui uma praça principal, da qual irradiam diversas avenidas. Na generalidade, os edifícios constituem uma versão francesa da arquitetura árabe-andaluza, brancos com linhas simples, sendo de especial interesse a área da Praça das Nações Unidas, onde se localizam as maiores infraestruturas.
Foi completamente destruída pelo terramoto de 1755. Nessa época instalaram-se na cidade muitos mercadores espanhóis passando Casa Branca a ser conhecida como Casablanca. Foi ocupada em 1907 pelos franceses que promoveram o seu desenvolvimento.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em Janeiro de 1943, foi o palco de uma conferência entre o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill.

Antes do Protetorado Francês
A área que hoje Casablanca ocupa foi colonizada pelos berberes, por volta do século X a.C. Foi utilizada como porto pelos fenícios e depois pelos romanos. Um pequeno reino independente, na zona com o nome de Anfa, surgiu na zona em resposta aos árabes muçulmanos, e continuou a existir até à sua conquista pelos Almorávidas em 1068.
Durante o século XIV, sob os Merínidas, a cidade aumentou em importância como porto e, no início do século XV, tornou-se novamente independente. Surgiu como um porto seguro para os piratas, o que conduziu a ataques por parte dos portugueses, que a nomeavam Anafé, e que destruíram a cidade em 1468. Os portugueses usaram as ruínas para construir uma fortaleza militar em 1515. A povoação que cresceu em torno dela era, de acordo com algumas fontes, chamada "Casa Branca", e daí o nome atual. Anfa é hoje o nome um bairro a oeste no centro da cidade. Os portugueses abandonaram a zona definitivamente em 1755 na sequência do grande sismo que a destruiu, e o núcleo urbano foi reconstruído pelo sultão de Marrocos a partir de 1757.
A cidade e a Medina de Casablanca como hoje existe foram fundadas em 1770 pelo sultão Mohammed ben Abdallah (1756-1790), neto de Moulay Ismail. A cidade tinha o nome de Dar el Beida (que significa "Casa Branca" em árabe) e Casa Blanca em castelhano.
No século XIX Casablanca tornou-se um dos principais fornecedores de  para a indústria têxtil, então em expansão na Grã-Bretanha, e beneficiou do aumento do tráfego marítimo (os britânicos, em contrapartida, começaram a importar a agora famosa bebida nacional do Marrocos, o chá pólvora). Por volta de 1860 tinha cerca de 5 000 habitantes. A população cresceu para cerca de 10 000 no final da década de 18804 . Casablanca manteve uma dimensão do porto algo modesta, com a população a atingir cerca de 12 000 poucos anos após a conquista francesa e a chegada de colonos franceses, inicialmente administradores dentro de um sultanato soberano, em 1906. Até 1921 deu-se o grande aumento para 110 000 habitantes em grande parte através do desenvolvimento de bairros de lata.
Protetorado Francês
Em Junho de 1907 os franceses tentaram construir uma linha de trem, próxima ao porto, que passava por um cemitério. Os habitantes da cidade atacaram os trabalhadores franceses, e seguiram-se violentos tumultos. Chegaram tropas francesas para restaurar a ordem pública e tomaram conta da cidade. Foi o início de um real processo de colonização, embora o controle francês de Casablanca só fosse formalizado em 1910. Foi especialmente durante o mandato do governador Hubert Lyautey que Casablanca se tornou o grande centro económico marroquino e o maior porto de África.
O filme Casablanca, de 1942, mostra o estatuto colonial da cidade naquela época, como centro de luta de poder entre as potências inimigas europeias, sem qualquer referência à população local, e com um vasto naipe de personagens cosmopolitas (americanos, franceses, alemães, checos e outros), mas nenhum árabe.
Após a independência


Marrocos obteve a independência de França em 2 de Março de 1956.
Em 16 de Maio de 2003, 33 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas quando a cidade foi atingida por múltiplos ataques suicidas executados por marroquinos possivelmente ligados à al-Qaida.
Casablanca possui um dos maiores portos artificiais do mundo, sendo um local importante de negócios e comércio. As principais indústrias são a pesqueira, a vidreira,

a de mobiliário, a de materiais de construção e a do tabaco. Existem várias áreas de comércio, onde são vendidos vários tipos de produtos, nomeadamente o artesanato.
Casablanca está dotada de uma via rápida urbana de 22 km que serve a cidade segundo um eixo este oeste, bem como de uma autoestrada que a contorna (a Périphérique de Casablanca, ou A5) com 33,5 km e que liga a três eixos rodoviários principais de Marrocos: as autoestradas A3 (Casablanca-Rabat), A6 (Casablanca-El Jadida) e a A7 (Casablanca-Marraquexe). A cidade é o nó rodoviário mais importante de Marrocos.
Casablanca é igualmente servida por um aeroporto, que é o mais importante em volume de passageiros não apenas do país, mas de toda a região do Maghreb, o Aeroporto Internacional Mohammed V, a cerca de 30 km do centro da cidade. Trata-se de um verdadeiro hub para a linha aérea nacional, a Royal Air Maroc, com três terminais capacitados para 16,4 milhões de passageiros/ano, servido por 45 companhias aéreas e ligado a 70 destinos internacionais. O aeroporto serviu mais de 6,2 milhões de passageiros em 2008. Conta igualmente com dois terminais de carga com capacidade para 150 000 ton/ano.

Casablanca é servida pelo Al Bidaoui, uma rede ferroviária com oito estações.
O plano de mobilidade urbano, terminado em 2006, previa, no quadro do projeto Casa 2010, o desenvolvimento de uma rede de transporte coletivo de metropolitano com duas linhas (o Metropolitano de Casablanca), três linhas de elétrico (bonde) e uma nova linha férrea. Esta última poderá vir a ser construída em 2011.
porto de Casablanca detém 54% do tráfego portuário marroquino e é o quarto mais movimentado de toda a África. Cada ano movimenta mais de 20 milhões de toneladas de mercadorias e 500 000contentores.
A cidade de Casablanca dispõe de duas estações ferroviárias principais: a Casa-Port e a Casa-Voyageurs que são utilizadas por mais de 8 milhões de passageiros por ano.


Casablanca é a terceira maior cidade turística de Marrocos , sendo principalmente uma cidade de negócios por ser a capital económica do país. Mesmo sendo menos visitada que Marraquexe e Agadir, a cidade ambiciona prolongar a estadia dos visitantes que em média é de dois dias.


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