História
O
município foi criado em 1885.
A data magna do município é 28 de maio.
Antes de tornar-se município era conhecida como Estrada da Boiada, pois por ali
passava o gado a ser vendido pelos boiadeiros. Mais tarde tornou-se o Arraial
do Bom Jesus e, posteriormente, Vila Nova da Rainha, em 1° de outubro de 1799.
Consta que Dª Maria I, mãe de Dom João VI, havia frequentado a região e por
isso o nome de Vila Nova da Rainha (informação que carece de fontes
confiáveis).
Geografia
Sua
população é estimada em 74.431 habitantes (Censo 2010) e uma área de
817 km².
A
cidade está localizada no sopé sul da Serra do
Gado Bravo, extensão da Chapada Diamantina, na Cordilheira
do Espinhaço. Sua altitude, na região
central da urbe é de
453
metros acima do nível do mar, segundo a historiadora Olga Menezes, mas possui
locais na extensão do município com altitude superior a 600 metros.
Por
ter localização privilegiada, é sempre verde em todos os meses do ano, sempre
abastecida de frutas e verduras da região denominada "Grota", nos
vales da cordilheira.
Nos
seus domínios encontram-se várias nascentes de rios, todos pertencentes à bacia
do Rio Itapicuru. Existem vários açudes no município, como o Açude do Sohen, Açude do
Quiçé, Açude da Boa Vista, que ajudam a minorar a falta d'água nos tempos de
sêca. Esses acudes represam riachos também pertencentes à bacia do rio
Itapicuru.
Senhor
do Bonfim é a capital baiana do forró. Seu São João,
que é o maior evento junino da Bahia e está entre os maiores do Brasil, é muito
conhecido por sua guerra de espadas e tradição
cultural de seu povo que coloca
uma fogueira na
frente de cada casa. As noites juninas são animadas por inúmeros grupos de
forró e desfiles de 'quadrilhas', que seguindo a tradição portuguesa consiste
em pares que executam várias evoluções, sempre ao ritmo do melhor forró pé de
serra. A festa em Senhor do Bonfim transcorre todo o mês de junho e atinge toda
a área urbana. Várias ruas são decoradas com motivos juninos e nordestinos, e
sempre e evocada e homenageada a figura de Luiz Gonzaga. Durante os festejos de
junho, a Cidade de Senhor do Bonfim recebe cerca de 80 mil visitantes. Nesses
dias é possível conhecer o melhor da culinária nordestina, como o bode assado,
a buchada, o sarapatel, o feijão de torresmo, a legítima carne do sol do
sertão, o feijão verde, o andú, a canjica, a pamonha, os mingaus variados, o
baião de dois, enfim tudo de melhor nos petiscos do sertão. A variedade de
licores caseiros é abundante, podendo se provar o jenipapo, maracujá, laranja,
gengibre ou passas.
Possui
também vários tipos de vegetação, desde a densa mata serrana, remanescente da
Mata Atlântica, até a caatinga, sendo um observatório perfeito para quem
pretende contemplar ou estudar os aspectos da cobertura vegetal do Nordeste
Brasileiro.
As
serras são especiais para a prática do moto-cross e trilhas existem para serem
desvendadas.
Para
os amantes da vela, a 40 quilômetros de distância temos as represas de Ponto
Novo e Pindobaçu, que são espetaculares para a prática desse esporte, sendo que
na primeira existe uma etapa da Copa de Vela da Bahia. Nesses dois lagos
pratica-se também pesca esportiva.
No
Monte Tabor, localizado no distrito de Missão do Sahy, ainda podem ser
encontradas ruínas das edificações realizadas pelos franciscanos,
principalmente de uma capela no topo da elevação.
Economia
A
região que Senhor do Bonfim centraliza é uma rica província mineral,
destacando-se a grande produção de cobre (Mina da Caraíba), Cromo (Mina de
Pedrinhas e Ferbasa), ouro, vanádio, magnesita, ferro, manganês, calcita,
granito, ametista (Mina da Cabeluda), esmeralda (Minas da Carnaíba e Socotó) e
níquel.
Possui
também uma intensa atividade agro-pecuária, com produção considerável de milho
e feijão bem como de gado de corte. Destaca-se também na pecuária leiteira.
Possui dois matadouros para abate do gado bovino, caprino e ovino. Começa a se
destacar também na produção de suinos.
Merece
destaque a agricultura familiar que serve de sustento para uma parcela
considerável da população. geralmente esta produção é comercializada na feira
livre, pelos próprios produtores.
É
sede de um Instituto Federal de educação, ciências e tecnologia (antiga escola
agrotécnica), onde formam-se jovens que irão atuar na administração e mão de
obra direta em todo o parque agro industrial. Esta Escola possui um parque
magnífico, onde os alunos aprendem as diversas técnicas 'in loco', com
criatórios diversos de animais e cultivo de frutas e legumes que adaptam-se ao
micro clima local.
Outro
pólo de progresso começa a se formar na vizinha cidade de Ponto Novo, onde já
está em adiantado a irrigação de frutíferas, cereais e verduras (legumes).
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