Por
Monique Cardoso
A festa mais
tradicional acontece, sem dúvida, na cidade de Veneza, na Itália, onde os
foliões invadem as ruas e salões com luxuosas fantasias e as mais belas
máscaras de carnaval. Mas em outros pontos da
Europa e Américas há muito que
comemorar. Com uma tradição de mais de 800 anos, o carnaval na cidade suíça da
Basiléia ainda mantém as tradições seculares. Às quatro horas da madrugada da
terça-feira gorda, chamados pelo sino da catedral e pelo rufar dos
Schnitzelankler (tambores), os foliões mascarados invadem as ruas com lanternas
coloridas cantando sátiras dos temas mais diversos, embalados pelo som de
pífanos e flautas. Em Nice, na França, duzentas mil lâmpadas iluminam o desfile
de carros alegóricos, liderado por aquele que leva o Rei do Carnaval. Os carros
levam ainda enormes bonecos de papelão e moças ornamentadas de flores. Um
tradição mantida é a queima do Rei do Carnaval em meio a um show de fogos de
artifício na madrugada da quarta-feira de cinzas. Na capital, Paris, o carnaval
se resume à terça-feira gorda, quando os estudantes espalham-se pelas ruas,
praças e cafés. Além de cantar e dançar, eles promovem uma verdadeira guerra de
ovos e farinhas, cujas maiores vítimas são os motoristas e ocupantes de
automóveis, que não têm como escapar.Na Alemanha, o carnaval mais animado acontece na cidade de Colônia. As tradições param nos desfiles de fantasias, pois a celebração maior é o encontro das pessoas nas ruas, quando os jovens tomam as cervejarias, adegas e salões de festa. Há também um cortejo de carros alegóricos onde os foliões fazem chover balas e bombons na multidão que acompanha a parada.
Em Nova Orleans,
nos Estados Unidos, a tradição do carnaval, que começa na segunda feira, é
mantida com o desfile de barcos enfeitados no Rio Mississipi. Há um tradicional
baile de máscaras e fantasias no Spanish Plaza, aberto pelo rei da festa,
chamado de Rex. Na terça-feira a multidão sai em massa nas ruas para assistir
às parades - desfiles de carros alegóricos - organizadas pelas sociedades
carnavalescas. Na América do Sul, além do Brasil, a Bolívia tem um carnaval
bastante pitoresco. É nesta época do ano que acontece a Diablada, um desfile
onde é encenada uma dramática batalha entre o Bem e o Mal, na cidade de Oruro,
centro da mineração boliviana. Os homens se fantasiam com máscaras demoníacas,
ornamentadas com serpentes aladas e dragões de três cabeças, representando os
espíritos malignos que assombravam os primeiros operários, que temiam o
trabalharem nas minas de estanho e prata por causa do perigo de passarem longo
período de tempo debaixo da terra. Já o Bem é caracterizado pela figura da
Virgem de
Socavón, a virgem do túnel da mina para onde convergem os
"diabos" no fim do desfile, já com suas máscaras na mão. Eles se
ajoelham dentro da igreja e pedem proteção à Santa. Na saída, passam por um
túnel prateado, que simboliza a saída da mina, e são banhados por água benta
pelos padres da cidade, consumando o ritual do exorcismo. Em qualquer lugar do
mundo, o carnaval sempre é uma festa única que, para estar completa, não deixa
de reunir o sagrado e o profano.
Fontes: Carnaval,
de Hiram Araújo e sites oficiais da Liesa - Liga Independente das Escolas de
Samba, Prefeitura Municipal de Salvador, Estação Primeira de Mangueira e
Mocidade Independente de Padre Miguel.
Origem da palavra Carnaval
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