terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

ESPÁRTACO



Guerra dos Gladiadores


Espártaco foi um gladiador que liderou a revolta de escravos na Roma Antiga, o conflito ficou
conhecido como a “Terceira Guerra Servil” ou “Guerra dos Escravos”. O exército de Espártaco reuniu 100.000 ex-escravos.

Nascido na Trácia, no nordeste da Grécia, provavelmente em 113 a.C., foi pastor e soldado romano. Após desertar, tornou-se chefe de uma quadrilha. Em 73 a.C., foi preso e vendido em Cápua, no sul da península Itálica, a uma escola de gladiadores do lanista (negociante e treinador de gladiadores) Lêntulo Baciato, ex-legionário e ex-gladiador. Segundo o historiador grego Plutarco, Espártaco revoltou-se contra a humilhação e injustiças cometidas por Lêntulo e fugiu com outros cativos.

A Guerra dos Escravos foi considerada um dos momentos de questionamento ao governo republicano de Roma entre os anos de 73 e 71 a.C. O objetivo do exército de Espártaco era acabar com a condição servil e conquistar melhores condições de vida.

A Antiga Roma era mantida, essencialmente, com o trabalho dos escravos. Porém há outra versão histórica sobre a biografia de Espártaco, antes de ser soldado romano, trabalhou como pastor. Depois de desertar, organizou grupo de ladrões para realizar assaltos em Roma.

Inicialmente, o governo do Roma tentou abafar o levante, mas ao contrário do que se esperava, os grupos de Espártaco resistiram e conseguiram vencer as frentes do exército romano. A maioria lutava munida de facas de cozinha com o apoio de indivíduos marginalizados da sociedade romana. Os grupos de Espártaco conseguiram romper os bloqueios e tomaram as armas do Exército Romano.

Com o aumento de escravos e marginalizados participantes, a revolta se dividiu em dois grupos: um que permaneceu em Cápua, e outra, liderada por Espártaco que dirigiu-se para o norte da Península Itálica. Uma parte do grupo foi vencida pelo exército romana, a frente de Espártaco conseguiu avançar para alcançar a cidade natal de seu líder. Porém, Espártaco decidiu retornar para o sul. Nessa altura, o governo central de Roma sentia-se ameaçado.

O governo de Roma, por meio do general Licínio Crasso, destacou dez legiões (exército de Roma), equivalente a 60.000 soldados, para combater os grupos de escravos. Espártaco planejava concentrar-se ao sul, alcançar embarcações piratas para navegar até a ilha da Sicília.

O general Crasso soube dos planos do gladiador e reorganizou as tropas romanas que conseguiram vencer diversas investidas dos escravos. Ao perder terreno, Espártaco tentou negociar a sua rendição com o general Crasso, sem sucesso, teve que lutar até a sua morte. Para evitar novas revoltas, o Exército Romano crucificou mais de 6.000 escravos na via Apia.


Tal episódio rendeu, ao logo do tempo, vários livros e um filme de título homônimo, considerado como um clássico pelo público e críticos da sétima arte.
Fonte: História Espetacular

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