Por
Conrado Matos
Quando estamos associando
livremente no divã, a censura social não tem força para nos manipular, nem a
capacidade de arrancar a isca do nosso anzol e, o máximo que podemos chegar é
na
consciência do nosso eu, tentando por meio dos nossos sonhos oníricos e
palavras espontâneas, nos conhecermos melhor, e entender o quanto somos
rígidos, deprimentes, inseguros, travados, e, que, ainda, não desabrochamos
para a liberdade. Tem sempre um “por que”, que nos reprime. Há sempre uma
pergunta rigorosa da nossa censura que nos retrai a todo instante, bloqueando
nossas atitudes próprias. Nisso, vivemos sempre adiando compromissos, com nós
mesmos e com os outros.
Se você quer ser mais livre
e solto, abra logo de vez seu baú, relaxe e jogue tudo que é velho do lado de
fora, vivenciando vergonhas e sentimentos repugnantes. Faça acontecer os seus
sonhos, e desperte para as fantasias, tentando abrir a gaiola que lhe
aprisiona.
Quanto mais o amor próprio é
superprotegido, ele não cresce e mais difícil fica para você conhece-lo em sua
essência. Quem sabe armar uma arapuca para si, nem sempre sabe sozinho
desarmá-la. Quem sabe fazer uma prisão para si, nem sempre sabe sozinho à
saída. Mas quando sabemos usar a isca e o anzol, pescamos peixe. Assim façamos
com as nossas ideias, que estão enterradas em nossa mente. Porém, para isso
acontecer, vamos precisar de um terapeuta que nos oriente como enfrentar o
enigma dos nossos traumas.
Saiba que a vida é curta, e
o que lhe resta ainda, pode se tornar em um sonho, em um gigantesco projeto de
vida, que tanto você tem lutado para tentar realizá-lo. Nunca desista dos seus
sonhos, desse “possível”, e quanto ao “impossível” patológico, o deixe para
traz, arrancando aos poucos esse seu mau humor, e pense positivo todos os dias.
E o que vai restar para você é esse “possível”, que exige luta. Portanto, se
ajude o quanto pode e, com simplicidade, se anime, e não deixe a peteca cair.
A simplicidade é a porta que
abre para atrair empatia, e contagiar o clima da relação afetiva com qualquer
pessoa. Com a pessoa amada, com o amigo, com o colega de trabalho, e o vizinho
do seu condomínio. Esse “possível” que falo é o combustível que serve para
alimentar as suas turbinas; é o arranque para recomeçar e agir. E, como diz
aquele velho ditado: ”Não existe jeito é pra morte, mas pra vida há sempre uma
saída”, um escape e uma solução. E a paciência, é o começo de tudo. Então, não
desista dos seus sonhos.
Sonhos são possíveis,
embora, tem quem não acredite. O correto é não se desesperar.
Se os sonhos não fossem
possíveis, não lutaríamos a todo instante, não colocaríamos tanto gás em nossa
corrida de vida. Um sonho pode abrir caminho para você se ver, e fazer
mudanças: pessoais e profissionais. Quem sabe, um novo emprego, um novo amor.
Num estalo acidental de um
pensamento negativo, podemos sofrer sérios danos na nossa vida, como desgastes
sociais, disfunções maritais, desgastes intrapessoais e interpessoais, e
viveremos sempre colocando a culpa nos outros e na sociedade, de que essas
coisas foram responsáveis pela nossa depressão e pela nossa derrota. Ouviremos
muitas críticas interna e coisas ruins, como: Sou chato, e é por isso que vivo
sozinho. Estou na solidão, porque deixei de amar. Não sou feliz, porque não me apaixonei
mais cedo. Não tenho recursos, porque vim de uma família pobre. Não sei amar,
porque fui mau filho. Não ganho uma promoção na empresa em que trabalho, porque
alguns colegas me perseguem. Não gosto do lugar onde moro, porque os vizinhos
são chatos e metidos. Hoje não tive sorte, porque não rezei quando saí de casa.
Não sou paquerado, porque sou feio. Veja que tantas lamentações destrutivas.
Assim não dá! Mude logo essa atitude, se quer ver seus sonhos realizados.
Se você quer ser um pouco
feliz, se dê chance, e acredite que seu motor ainda aguenta, e que, ainda não
folgou as molas, os eixos e os parafusos. Não importa idade e sexo. Qualquer
pessoa pode ter um sonho que possa mudar a sua vida. Se casar novamente, buscar
por uma nova formação.
As murmuráveis lamentações,
acompanhadas de críticas e sentimento de inferioridade, nunca ajudarão você.
Busque por um sonho que aponte o caminho para uma nova vida e um novo recomeço.
A felicidade não se alcança fácil, como dormindo em uma rede, debaixo de uma árvore,
ou debaixo de um viaduto, esperando o tempo passar. Tirando toda gordura do
porco o quanto pode. Há tempo pra tudo, para trabalhar, estudar, namorar e
fazer sexo. Priorize por mais ação. Dê de você todo gás e energia positiva,
porque um grande vencedor não resulta na idade, mas na mente e nas suas ações.
Repito, nunca desista dos seus sonhos!
Conrado Matos é
Psicanalista, Com Consultório em Salvador. Colaborador do Blog do Facó
(lcfaco.blogspot.com.br).
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