Em
1667, teve sua emancipação política decretada após várias revoltas populares
contra o centralismo que Angra dos Reis exercia
sobre a cidade, em especial após a revolta liderada por Domingos Gonçalves de
Abreu, tornando-se assim independente.
Junto
ao oceano, entre dois rios, Paraty está a uma altitude média de apenas cinco
metros. Hoje, é o centro de um município com 930,7 km² com uma população
de 33 062 habitantes (densidade demográfica: 35,6 h/km²).
A
cidade foi, durante o período colonial brasileiro (1530-1815), sede do mais importante porto exportador de ouro do Brasil.
Por
estar localizada quase ao nível do mar, a cidade foi projetada levando em conta
o fluxo das marés. Como resultado, muitas de suas ruas são periodicamente
inundadas pela maré.
Topônimo
O tupinólogo Eduardo de
Almeida Navarro aponta, para o topônimo
"Paraty", a etimologia tupi parati'y,
com o significado de "rio dos paratis", pela junção de parati (parati)
e 'y (rio). "Parati" era o nome tupi de uma espécie
de peixe da família dos mugilídeos.7
Em
vez de Parati, a prefeitura decidiu-se por usar a grafia Paraty,
incorreta segundo a ortografia vigente.
História Subdivisões
Bairros
Parati
possui cerca de cinquenta bairros e localidades. Os mais populosos são o Parque
da Mangueira, com cerca de 7 000 moradores e Ilha das Cobras, que tem cerca de
2 000 habitantes.
Os
que concentram maior renda são os de Laranjeiras, Mambucaba e Centro Histórico.
Outros
bairros importantes que estão próximos ao Centro são: Chácara, Chácara da
Saudade, Bairro de Fátima, Patitiba, Parque de Mangueira, Ilha das Cobras,
Parque Ipê, Portão de Ferro I, Portão de Ferro II, Portão de Ferro III, Vila
Colonial, Parque Imperial, Caborê, Pontal, Jabaquara, Portal das Artes e Dom
Pedro.
Alguns
bairros que ficam distantes do Centro: Ponte Branca, Caboclo, Cabral, Portão
Vermelho, Pantanal, Parque Verde, Condado, Penha, Corisco, Corisquinho,
Coriscão, Patrimônio, Vila Oratório, Trindade, Quilombo Campinho da
Independência, Córrego dos Micos, Pedras Azuis, Boa Vista, Várzea do Corumbê,
Corumbê, Praia Grande, Barra Grande, Graúna, Colônia, Serraria, Taquari, Sertão
do Taquari, São Gonçalo, Tarituba e São Roque.
Infraestrutura
Transporte
A
cidade é cortada pela rodovia Rio-Santos BR-101,
que é o principal meio de acesso ao resto do estado do Rio de Janeiro e
ao litoral norte de São Paulo.
Turismo
O
longo processo de estagnação vivido por Parati ao longo do século XX manteve,
paradoxalmente, o casario colonial,
conservado no conjunto conhecido como Centro
Histórico, tornando a cidade um dos
destinos turísticos mais procurados do país.
Pelas
ruas de pedra irregular, circulam, a pé – a entrada de veículos é proibida na
maior parte do Centro Histórico -, turistas do mundo inteiro, atraídos pela
beleza da arquitetura típica do Brasil Colônia. As casas históricas foram
requalificadas como pousadas, restaurantes, lojas de artesanato e museus, em
meio a apresentações de músicos populares e de estátuas vivas.
No
entanto, Paraty é muito mais que apenas uma pequena cidade histórica. Costeada
por montanhas cobertas do denso verde da mata atlântica, a cidade é rodeada de
Parques e Reservas Ecológicas, fazendo da região uma das mais preservadas do
Brasil. Há mais de 60 ilhas e 90 praias em Paraty, boa parte delas acessível
somente de barco ou trilhas. As praias de Trindade são
uma atração à parte: em fevereiro de 2009, o governo federal delimitou a Praia
do Meio, em Trindade, como parte integrante do Parque
Nacional da Serra da Bocaina.
Outro
aspecto de relevo no setor é a prática de esportes de aventura. Nas trilhas de
Paraty pode-se caminhar por dias a fio. O roteiro mais tradicional entre os
amantes da caminhada é a Travessia da Juatinga, que costeia toda a Península da
Juatinga, em trilhas de servidão que datam do tempo dos escravos e passam por
diversas comunidades caiçaras, responsáveis pela hospedagem e alimentação dos
turistas. Dentre outras modalidades pode-se praticar a canoagem oceânica, a
vela, o surf e o mergulho autônomo. As águas calmas, cristalinas e sempre
tépidas da Baía da Ilha Grande são ideais para essa prática, atraindo grande número de
praticantes. Várias operadoras de mergulho oferecem seus serviços na cidade e
nas marinas, atendendo não apenas às escolas de mergulho, mas também a turistas
interessados em conhecer
a
Parati subaquática. A canoagem também é idealmente praticada nas águas calmas
da baia, destacando os roteiros de mais de um dia que exploram a Baia da Cajaíba
e o Saco do Mamanguá. Já o surf é praticado na costa aberta ao mar, que se
inicia na ponta da Juatinga e engloba as praias da Sumaca, Martin de Sá,
Antigos, Sono e todas da Vila de Trindade.
A
rede hoteleira é formada de pequenas pousadas, muitas delas situadas no Centro
Histórico.
Lugares de interesse
Chafariz
do Pedreira - à entrada da cidade, em mármore, foi iniciado em 1851 e
inaugurado em 1853 pelo conselheiro Luis
Pedreira do Couto Ferraz,
então presidente da província do Rio de Janeiro, que, na ocasião, bebeu, em
copo de ouro, as suas primeiras águas.
Sobrado
dos Bonecos e Passos da Paixão - localizado à Rua Tenente Francisco António,
nele se destaca o beiral em telhas de louça. O nome dos Bonecosveio das estátuas que encimavam a sua platibanda. No prédio vizinho, existe uma capela dos Passos da
Paixão, aberta apenas para as
procissões da Semana Santa.
Antiga
Cadeia Pública - atualmente, sedia a Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes
do município e o Instituto Histórico e Artístico de Parati.
Rua
do Fogo - é uma das poucas ruas da cidade que conserva o seu primitivo nome.
Comunica um dos vértices do Largo de Santa Rita à Rua Maria Jácome de Melo.
Rua
Dona Geralda - Geralda Maria da Silva nasceu em Parati em 1807. Benemérita,
herdou de seu pai grande fortuna, que a lenda local associa à descoberta de um
tesouro de piratas.
Mercado
do Peixe - localiza-se à beira-mar, comercializando verduras e frutas.
Rua
da Praia - comunica o Mercado do Peixe à beira do rio Perequê-açu. Em
determinadas luas, é inundada pelas águas da maré alta, que refletem o seu
casario, espetáculo que atrai a atenção dos turistas.
Rua
Fresca - outrora denominada Rua das Dores (por abrigar a Igreja de Nossa
Senhora das Dores), Rua Alegre e Rua do Mar, nela, se destaca o Sobrado dos
Orleans e Bragança, próximo à Igreja de Nossa Senhora das Dores.
Praça
do Imperador
Sobrados
coloniais
Forte
Defensor Perpétuo e Casa da Pólvora - o
forte abriga o Centro de Artes e Tradições Populares de Parati.
Capela
da Generosa - localiza-se no Beco do Propósito, à margem do Rio Perequê-açu, onde morreu afogado Teodoro, um ex-escravo liberto, que ali se atreveu
a pescar em uma sexta-feira santa. Em memória do fato, uma senhora de nome Maria Generosa, aí, fez erguer
a capela, sob a invocação da Santa Cruz, que recebeu o nome da benfeitora.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário e prefeitura
Oratório
de Santa Cruz das Almas - também conhecido como Oratório de Santa Cruz dos
Enforcados, localiza-se no antigo caminho para o pelourinho.
Engenho
da Boa Vista - onde residiram os avós de Heinrich e Thomas Mann.
O antigo engenho a vapor adquiriu fama por suas aguardentes, como a Azulina, produzida em alambique de barro e destilada com folhas de tangerina.
Engenho
do Bom Retiro - em 1908, a sua aguardente recebeu medalha de ouro na Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário da Abertura
dos Portos do Brasil.
Aldeias guaranis de Araponga e Paratimirim - se localizam
nos arredores da cidade8 . Para sua visitação, é necessária uma
autorização no posto da Fundação
Nacional do Índio que se localiza nessas
aldeias.
Cultura
Vários
eventos culturais têm Parati como sede, sendo o mais concorrido e conceituado a
Festa Literária Internacional de Parati (FLIP).
Realizada
desde 2003, a FLIP conta com a presença de escritores nacionais e estrangeiros
que participam de palestras e debates nos prédios históricos ou em tendas
armadas nas ruas. A cada ano, a festa é dedicada à memória de um grande
escritor já morto. Em 2003, o homenageado foi Vinícius de Moraes; em 2004,Guimarães Rosa;
em 2005, Clarice Lispector; em 2006, Jorge Amado;
em 2007, Nelson Rodrigues; em 2008 Machado de Assis;
em 2009 Manuel Bandeira e, em 2010, Gilberto Freyre.
Outros
eventos importantes que ocorrem na cidade são: Festival da Pinga, Festa do
Divino Espírito Santo, Festa de Nossa Senhora dos Remédios, Festa de Santa
Rita, Parati em Foco e a Mostra Rio-São Paulo de Teatro de Rua.
Eventos culturais e folclóricos
Festival de Música Sacra
Festival da Cachaça
Encontro de Teatro de Rua
Carnaval
Festival Internacional de
Fotografia - Paraty em Foco
Encontro de Ceramistas
Eventos religiosos
Semana Santa
Festa do Divino Espírito Santo
Festas em homenagem a São
Pedro, Santa Rita, Nossa Senhora dos Remédios, São Benedito e outros santos.
Patrimônio edificado
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