sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

PRAÇA DA PIEDADE



Testemunho vivo da existência da pena de morte no Brasil



Praça da Piedade localiza-se no centro da cidade do Salvador, estado da Bahia, no Brasil.
A origem do nome se explica pelo seu uso. Era o local onde presos seriam executados, como foi o
caso dos cabeças da Revolta dos Alfaiates, em 1799. Os condenados à forca eram levados a pé do Paço Municipal, onde ficava a cadeia, passavam pela Rua Carlos Gomes até chegar à Rua da Forca. Até hoje a rua que fica em frente à entrada principal da Piedade, guarda esse nome.
Servida pelas Avenidas 7 de Setembro e Joana Angélica, é um dos principais e mais antigos logradouros soteropolitanos, tomando o seu nome da bela e imponente abadia nela localizada, sob a invocação de Nossa Senhora da Piedade.
Além da belíssima Abadia de Nossa Senhora da Piedade, há também a Igreja de São Pedro.
Na "Piedade", como é carinhosamente conhecida pelos baianos, também está localizado o Gabinete Português de Leitura, a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a antiga sede da Secretaria Estadual de Segurança Pública, além de transversais que para ela confluem levando à Estação da Lapa (unidade central de transporte urbano), o Shopping Piedade, e todo o vicejante comércio popular que gravita em torno.
Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), secular instituição, também se situa em suas imediações.


A praça está implantada próximo ao local onde, em época colonial, havia um dos portões que se rasgavam nas muralhas da então Capital do Estado do Brasil.
Constituíndo-se, no século XVIII, na principal praça da cidade, aí foram executados, a 8 de novembro de 1799, os quatro condenados da Conjuração baiana, tendo ficado expostas a cabeça e as mãos de Luís Gonzaga das Virgens, autor de panfletos que pregavam a independência da Bahia e a abolição da escravatura.
Frequente local de manifestações populares e políticas, já nas lutas que precederam a guerra pela Independência da Bahia a Piedade foi palco de embates, dentre os quais aquele que veio a vitimar a abadessa Joana Angélica, no Convento da Lapa.
Mais tarde, novos combates capitaneados pelo grande tribuno baiano Cezar Zama tiveram lugar nesta praça, morrendo muitos populares no movimento que culminou com a derrubada do governador José Gonçalves da Silva, quando este apoiara o golpe de estado promovido por Deodoro da Fonseca, no final doséculo XIX.
No século XX, nas décadas de 1970 e de 1980 a praça viveu momentos de abandono e de insegurança, com franca deterioração, que vitimou os tradicionaiscamaleões que ali

habitavam. Restaurada, voltou a ser palco de movimentado fluxo de pessoas, descanso e encontro de moradores idosos.
Parte do chamado Circuito do Carnaval da Capital da Bahia, a Praça da Piedade continua um dos principais logradouros de Salvador.


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