A Praça da Piedade localiza-se no centro da
cidade do Salvador,
estado da Bahia,
no Brasil.
A origem do nome se explica pelo seu uso. Era o local onde presos seriam
executados, como foi o
caso dos cabeças da Revolta dos Alfaiates, em 1799. Os condenados à forca eram levados a pé do Paço Municipal,
onde ficava a cadeia, passavam pela Rua Carlos
Gomes até chegar à Rua da
Forca. Até hoje a rua que fica em frente à entrada principal da Piedade, guarda
esse nome.
Servida pelas Avenidas 7
de Setembro e Joana
Angélica, é um dos principais e mais
antigos logradouros soteropolitanos, tomando o seu nome da bela e
imponente abadia nela
localizada, sob a invocação de Nossa
Senhora da Piedade.
Além da belíssima Abadia
de Nossa Senhora da Piedade,
há também a Igreja de São Pedro.
Na "Piedade", como é carinhosamente conhecida pelos
baianos, também está localizado o Gabinete
Português de Leitura,
a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade
Federal da Bahia (UFBA), a antiga sede
da Secretaria
Estadual de Segurança Pública,
além de transversais que para ela confluem levando à Estação da Lapa (unidade central de transporte urbano), o Shopping Piedade, e todo
o vicejante comércio popular que gravita em torno.
O Instituto
Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB),
secular instituição, também se situa em suas imediações.
A praça está implantada próximo ao local onde, em época colonial, havia
um dos portões que se rasgavam nas muralhas da então Capital do Estado do Brasil.
Constituíndo-se, no século XVIII,
na principal praça da cidade, aí foram executados, a 8 de novembro de 1799, os quatro condenados da Conjuração baiana, tendo ficado expostas a cabeça e as mãos de Luís
Gonzaga das Virgens, autor de panfletos que
pregavam a independência da Bahia e a abolição da escravatura.
Frequente local de manifestações populares e políticas, já nas lutas que
precederam a guerra
pela Independência da Bahia a Piedade foi
palco de embates, dentre os quais aquele que veio a vitimar a abadessa Joana Angélica,
no Convento da Lapa.
Mais tarde, novos combates capitaneados pelo grande tribuno baiano Cezar Zama tiveram
lugar nesta praça, morrendo muitos populares no movimento que culminou com a
derrubada do governador José
Gonçalves da Silva, quando este apoiara o golpe
de estado promovido por Deodoro da Fonseca, no final doséculo XIX.
No século XX,
nas décadas de 1970 e
de 1980 a
praça viveu momentos de abandono e de insegurança, com franca deterioração, que
vitimou os tradicionaiscamaleões que ali
habitavam. Restaurada, voltou a ser palco de movimentado fluxo de
pessoas, descanso e encontro de moradores idosos.
Parte do chamado Circuito
do Carnaval da Capital da Bahia,
a Praça da Piedade continua um dos principais logradouros de
Salvador.
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