terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

SANTIAGO DO CHILE



Acolhedora e encantadora



Cercada pela Cordilheira dos Andes e cortada pelo rio Mapocho, Santiago do Chile é uma das mais belas capitais do continente e concorre com Buenos Aires, como destino turístico preferido dos
brasileiros na América do Sul. Com paisagem cheia de parques e morros que servem de mirantes, a cidade oferece várias opções de lazer e entretenimento. Seu centro cabe na palma da mão, para conhecer tudo em detalhes. E, se quiser ir além, ela está só a poucos quilômetros do litoral, das estações de esqui e das seculares rotas dos vinhos. 
A principal metrópole chilena se destaca no cenário mundial não só por sua riqueza econômica, mas também pela alta civilidade, organização e hospitalidade de seus moradores. Na arquitetura, o passado colonial se mistura com o moderno. E a efervescência cultural se faz presente nos diversos bairros boêmios, museus, centros de artes, igrejas e mercados artesanais. Uma viagem pelas maravilhas chilenas significa passar por Santiago e voltar cheio de inspirações e aprendizado na bagagem.
A região central de Santiago tem muita coisa para ver e visitar. Boa pedida é começar pelo marco zero da cidade, a Plaza de Armas, um espaço do século 16, onde também fica a catedral metropolitana e outros edifícios históricos. Ao caminhar pelo centro, tome como referência o rio Mapocho e o calçadão paralelo da Avenida Libertador O'Higgins, conhecida também como Alameda, que corta vários bairros. 


Ao longo desse percurso, encontram-se muitas atrações. Uma delas é o Palácio de La Moneda, a imponente sede do governo chileno, de arquitetura colonial espanhola. Ali perto, experimente relaxar ou se exercitar no agradável Parque Florestal. Aliás, os parques urbanos nas montanhas são outra marca de Santiago. Oportunidade única de conhecer a cidade do alto e admirar a cordilheira.

É possível subir os cerros (morros) verdes de bonde, teleférico ou caminhada. O cerro San Cristóbal é considerado o maior parque do 
Chile. Em seu topo, há uma estátua de 14 metros da Imaculada Conceição, que lembra um pouco o Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Repleto de monumentos, fontes e jardins, o cerro Santa Lucia é o ponto onde Pedro de Valdivia fundou Santiago, em 1541. Não se esqueça da máquina fotográfica.

Depois de explorar toda a cidade, é hora de ver o que tem de bom ao redor dela. A uma horinha de Santiago, eis a famosa estação de esqui Valle Nevado, com 40 km de pistas para todos os níveis. As praias também não são longe da capital. Dá para ir de carro até os badalados balneários de Viña del Mar e 
Valparaiso.


Não será preciso viajar, no entanto, para visitar a secular rota dos vinhos chilenos. Na área mais periférica, ainda dentro dos limites urbanos de Santiago, reside Valle del Maipo, região vinícola com programas de visitas e degustação. Vale a pena conferir – e experimentar – um pouco da arte de fazer vinhos.

O cardápio em Santiago é generoso e fresco em frutos do mar. Melhor ainda se acompanhados de um bom vinho chileno, considerado um dos melhores do mundo, graças ao clima ideal para o plantio de uva. Para refrescar no calor, outra bebida tradicional leva o nome de “mote con huesillos”, feita à base de suco de pêssego.

Se bater fome, são bastante comuns os pratos de mariscos e peixes, em especial o salmão, preparados com batatas (papas) e até misturados com carne suína, bovina ou frango. Além disso, a exemplo da 
Argentina, as empanadas fritas ou assadas também fazem grande sucesso por lá.

Vá, sem titubear, ao Mercado Central, um dos centros gastronômicos mais famosos da capital chilena. Existente desde 1872, o lugar reúne vários restaurantes e barracas da culinária local. Outros restaurantes turísticos se espalham pelo tradicional bairro boêmio de Bellavista. Destaque ali para o Pátio Bellavista (na rua Pio Nono), que mescla exposições de arte e boa comida.




Nos bairros de Providencia e Las Condes, por exemplo, há restaurantes mais variados e requintados. O viajante de paladar exigente pode saciar o apetite de pizza à comida francesa, japonesa ou italiana. Já a região do centro, perto da Plaza de Armas, oferece os restaurantes mais econômicos, além de uma tradição chilena: os “cafés com pernas”. Trata-se de cafeterias elegantes, como as da rede Haiti, onde belas garçonetes de minissaia servem a clientela masculina. Em Santiago, come-se muito bem com a boca – e também com os olhos.
Santiago é também a capital cultural do Chile. Repleta de construções históricas dos séculos 18 e 19, a cidade não perdeu a influência europeia no cenário urbano, mesmo com a crescente presença da arquitetura moderna. Um lugar emblemático é o Palácio La Moneda, sede do governo e aberto à visitação. Nos fundos do edifício, volta e meia acontecem exposições, como a dos carabineros (a polícia chilena).

Os museus são espetáculo à parte. Inaugurado em 1910 no Parque Florestal, o imponente Museu Nacional de Belas Artes abriga acervo do período colonial em diante. Perto da Plaza de Armas, no centro, outros dois museus merecem visita: o de história nacional e o de arte pré-colombiana. Este último exibe artefatos indígenas de até 10 mil anos das Américas do Sul e Central. Já o Museo de La Solidaridad Salvador Allende remete aos tempos da ditadura e homenageia o ex-presidente que buscou democratizar as artes no país. 



Quem aprecia literatura deve conferir La Chascona, a casa-museu de Pablo Neruda, onde viveu o mais famoso poeta chileno, ganhador de Prêmio Nobel. Obras e expressões artísticas mais atuais podem ser encontradas no Museu de Arte Contemporânea (MAC) e no Centro Cultural Estación Mapocho, cuja sede é uma antiga estação de trem. 


A temporada de ópera, concertos e balé também é tradição na cidade. Destaque para os eventos em cartaz no esplendoroso Teatro Municipal, datado de 1857 e com estilo barroco.


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