A Biblioteca
Apostólica Vaticana é a mais antiga biblioteca da Europa, mesmo não sendo a primeira biblioteca papal.
Foi o primeiro núcleo de coleções pontifícias (religiosas), fundada por Nicolau V em 1450, com a herança das velhas bibliotecas dos Papas.
Em 1475, seu sucessor, Sisto IV,
fiel ao espírito renascentista, decidiu permitir o acesso dos eruditos aos 2.524 textos santos e
profanos ali reunidos. No começo, a biblioteca teve um caráter especial: era composta
por Bíblias e
trabalhos teológicos, mas especializou-se depois em trabalhos seculares,
sobretudo, os clássicos em grego e
em latim.
Atualmente
possui mais de 8,3 mil incunábulos (livros
impressos nos primórdios da imprensa), por volta do século XV,
150 milhares de códices manuscritos,
100 milhares de gravuras e
desenhos, 300 milhares de moedas e medalhas e quase 20 milhares de objetos de
valor artístico.
Alguns
dos principais assuntos cobertos por essa biblioteca são: ciência, arte, Reforma Protestante e a Contra-Reforma
Católica. Ciência, porque foi criada sob o influxo do Iluminismo, reunindo o entusiasmo dos eruditos pela arqueologia,
com a nova consciência da história desenvolvida no século XVIII. Arte, pois incluía não apenas livros, mas também
curiosidades e objetos de interesse artístico e científico. Por fim, religião, devido a participação dos Papas, com suas
coleções particulares.
A
estrutura das coleções é dividida por língua (grego e latim). Todos os manuscritos, nas várias coleções, são limitados em códices
sequencialmente numerados. Um artigo em um codex é identificado corretamente
pelo nome da coleção apropriada, da língua, do número e da folha ocupado pelo
artigo.
Os
bibliotecários eram frequentemente homens cultos, estudiosos e de formação
humanística, a exemplo de vários Papas e monges.
Foi
desenvolvido por cientistas norte-americanos um grandioso e complexo projeto de
microfilmagem dos tesouros bibliográficos da Biblioteca Vaticana, sobretudo dos
manuscritos. Tal trabalho possibilita aos interessados, cópias em microfilme
dessas fontes históricas de informação, poupando-os de uma viagem a Roma; porém, há necessidade de se verificar
primeiramente, a atualização das obras nas coleções.
Há
também um sistema de identificação RFID, com chips, que visa reduzir os riscos de roubos e
facilitar os trabalhos diários na biblioteca, como a revisão das salas, a organização
dos livros nas
estantes e a classificação de 1,7 milhão de obras.
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