sexta-feira, 7 de março de 2014

COLUNA DO DIA 06.03/2014



JOACI GÓES

 

 

Findo o carnaval, resolvemos retornar de Porto Seguro a Salvador, por via terrestre, através da BR 101, quando fomos possuídos pela instigante reflexão sobre o que ocorreria se os 957 milhões de
dólares que o governo brasileiro investiu no porto de Mariel, o ponto de Cuba mais próximo dos Estados Unidos, tivessem sido aplicados na duplicação dessa rodovia que, inaugurada em 1971, não recebeu qualquer benfeitoria ao longo de mais de quatro décadas de transporte de mercadorias e pessoas.
A fuga de 125 mil cubanos de Cuba para os Estados Unidos, em 1980, foi batizada de o Êxodo de Mariel. Os milhares de infelizes que pereceram na travessia oceânica ou nas mãos da truculenta ditadura cubana ficaram conhecidos como os “marielitos”.
Porta-vozes oficiais declaram não poder explicar as razões que levaram o governo a investir no exterior numa área em que as carências brasileiras respondem de modo ostensivo por nossa perda de competitividade no comércio internacional, em razão da existência de um contrato secreto que só pode ser revelado no ano de 2027. Isto é: o povo brasileiro que financia essa aventura bolivariana não tem o direito de conhecer o destino dado aos pesados tributos que lhe são impostos. Qual o prazo do financiamento; quais as garantias; qual a taxa de juros?

Sem mencionar a precariedade de nossa infraestrutura física, em áreas fundamentais como saneamento básico, aeroportos, portos e rodovias, façamos uma conta ligeira sobre a relação custo-benefício entre esses investimentos realizados no feudo ditatorial dos irmãos Castro ou na modernização da BR 101, que, além de encarecer a circulação de pessoas e coisas, tem sido a tumba de tantos brasileiros de todos os naipes sociais cujas vidas têm sido tragadas pelo reinante paradoxo de “motoristas de hoje dirigirem carros de amanhã, em estradas de ontem”.
  
Os recursos investidos no porto de Mariel, com toda a probabilidade a fundo perdido, já que o socialismo cubano não é capaz de produzir, sequer, o que come, seriam suficientes para duplicar a BR 101 no trecho que liga a Bahia ao Rio de Janeiro, passando pelo Espírito Santo, com um padrão de qualidade que quadruplicaria o turismo terrestre, reduziria, significativamente, o custo do transporte dela dependente e elevaria a produtividade das pessoas.
Um superficial raciocínio aritmético nos permite inferir que os 40 mil veículos que a utilizam, diariamente, em diferentes trechos, nos dois sentidos, com quatro pessoas por veículo, média obtida entre os transportes individuais e os coletivos, transportam 160 mil passageiros. A duplicação, ensejando a redução do tempo médio diário de deslocamento das pessoas em duas horas, proporcionaria uma economia de 320 mil horas/dia. 
Considerando que a renda per capta dos 200 milhões de brasileiros é de 7 mil dólares/ano, e que a jornada média de trabalho é de 200 horas/mês, com uma renda média de três dólares e 17 cents, a economia de 320 mil horas diárias no deslocamento dessas pessoas ensejaria uma renda de pouco mais de um milhão de dólares, diariamente, perfazendo cerca de 380 milhões de dólares anuais! Isso significa que o retorno dos recursos que foram aplicados no ralo sem fundo de Mariel retomariam à sociedade brasileira, integralmente, a cada dois anos e meio.
 Isso sem falar, nos benefícios advindos do barateamento dos custos de transporte, no aumento dos empregos e ganhos do desenvolvimento turístico e, sobretudo, na redução brutal da perda de vidas preciosas num tráfego que beira à loucura. 
Os financiamentos de projetos em Angola, que já sobem a 5 bilhões de dólares, também precisam ser explicados ao povo brasileiro.
  
Ou será que já caímos vítimas da maldição de Vladimir Maiakovski: 
“Primeiro, eles vêm à noite, com passo furtivo, arrancam nossas flores e não dizemos nada. Na segunda noite, mais desenvoltos, pisoteiam nosso jardim, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil entre eles, entra sozinho em nossa casa, rouba nossa luz, e, ciente de nossa covardia, arranca-nos a voz da garganta, e já não podemos dizer nada”.

Findo o carnaval, resolvemos retornar de Porto Seguro a Salvador, por via terrestre, através da BR 101, quando fomos possuídos pela instigante reflexão sobre o que ocorreria se os 957 milhões de dólares que o governo brasileiro investiu no porto de Mariel, o ponto de Cuba mais próximo dos Estados Unidos, tivessem sido aplicados na duplicação dessa rodovia que, inaugurada em 1971, não recebeu qualquer benfeitoria ao longo de mais de quatro décadas de transporte de mercadorias e pessoas.
A fuga de 125 mil cubanos de Cuba para os Estados Unidos, em 1980, foi batizada de o Êxodo de Mariel. Os milhares de infelizes que pereceram na travessia oceânica ou nas mãos da truculenta ditadura cubana ficaram conhecidos como os “marielitos”.
Porta-vozes oficiais declaram não poder explicar as razões que levaram o governo a investir no exterior numa área em que as carências brasileiras respondem de modo ostensivo por nossa perda de competitividade no comércio internacional, em razão da existência de um contrato secreto que só pode ser revelado no ano de 2027. Isto é: o povo brasileiro que financia essa aventura bolivariana não tem o direito de conhecer o destino dado aos pesados tributos que lhe são impostos. Qual o prazo do financiamento; quais as garantias; qual a taxa de juros?

Sem mencionar a precariedade de nossa infraestrutura física, em áreas fundamentais como saneamento básico, aeroportos, portos e rodovias, façamos uma conta ligeira sobre a relação custo-benefício entre esses investimentos realizados no feudo ditatorial dos irmãos Castro ou na modernização da BR 101, que, além de encarecer a circulação de pessoas e coisas, tem sido a tumba de tantos brasileiros de todos os naipes sociais cujas vidas têm sido tragadas pelo reinante paradoxo de “motoristas de hoje dirigirem carros de amanhã, em estradas de ontem”.
  
Os recursos investidos no porto de Mariel, com toda a probabilidade a fundo perdido, já que o socialismo cubano não é capaz de produzir, sequer, o que come, seriam suficientes para duplicar a BR 101 no trecho que liga a Bahia ao Rio de Janeiro, passando pelo Espírito Santo, com um padrão de qualidade que quadruplicaria o turismo terrestre, reduziria, significativamente, o custo do transporte dela dependente e elevaria a produtividade das pessoas.
Um superficial raciocínio aritmético nos permite inferir que os 40 mil veículos que a utilizam, diariamente, em diferentes trechos, nos dois sentidos, com quatro pessoas por veículo, média obtida entre os transportes individuais e os coletivos, transportam 160 mil passageiros. A duplicação, ensejando a redução do tempo médio diário de deslocamento das pessoas em duas horas, proporcionaria uma economia de 320 mil horas/dia. 
Considerando que a renda per capta dos 200 milhões de brasileiros é de 7 mil dólares/ano, e que a jornada média de trabalho é de 200 horas/mês, com uma renda média de três dólares e 17 cents, a economia de 320 mil horas diárias no deslocamento dessas pessoas ensejaria uma renda de pouco mais de um milhão de dólares, diariamente, perfazendo cerca de 380 milhões de dólares anuais! Isso significa que o retorno dos recursos que foram aplicados no ralo sem fundo de Mariel retomariam à sociedade brasileira, integralmente, a cada dois anos e meio.
 Isso sem falar, nos benefícios advindos do barateamento dos custos de transporte, no aumento dos empregos e ganhos do desenvolvimento turístico e, sobretudo, na redução brutal da perda de vidas preciosas num tráfego que beira à loucura. 
Os financiamentos de projetos em Angola, que já sobem a 5 bilhões de dólares, também precisam ser explicados ao povo brasileiro.
  
Ou será que já caímos vítimas da maldição de Vladimir Maiakovski: 
“Primeiro, eles vêm à noite, com passo furtivo, arrancam nossas flores e não dizemos nada. Na segunda noite, mais desenvoltos, pisoteiam nosso jardim, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil entre eles, entra sozinho em nossa casa, rouba nossa luz, e, ciente de nossa covardia, arranca-nos a voz da garganta, e já não podemos dizer nada”.

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