A cidade de Gaudi e uma das
capitais mundiais da moda
Barcelona (em catalão,
'bərsəˈɫonə',
em espanhol,
'barθeˈlona')
é a maior cidade e
a capital da comunidade autônoma da Catalunha,
no nordeste da Espanha;
é, também, a capital da comarca de Barcelonès e
da província
de Barcelona. É a segunda maior cidade da
Espanha e da península Ibérica, após Madrid.
Possui uma população de cerca de 1 621 537
habitantes e uma área de 101,4 km². A área urbana de Barcelona, porém, se
estende além dos limites administrativos da cidade e abriga uma população de
mais de 4,2 milhões de habitantes em uma área de 803 km², sendo a sexta
área urbana mais populosa na União Europeia,
após Paris, Londres, Vale do Ruhr, Madrid eMilão. Cerca de 5 milhões de pessoas vivem na área
metropolitana de Barcelona.3 4 5
É
a maior metrópole da Europa dentre as localizadas na costa do Mediterrâneo.
É a parte principal de uma união de cidades e municípios adjacentes chamada
Área Metropolitana de Barcelona, com uma população de 3 186 461 habitantes em
uma área de 636 km² (densidade de 5 010 habitantes por km²). Barcelona
está localizada na costa do Mediterrâneo, entre a foz do Rio Llobregat e
a foz do Rio Besòs,
sendo limitada a oeste pela Serra de Collserola (512 metros de altitude).
Em
Barcelona, se encontram as instituições mais importantes do governo da
Catalunha: a Generalidade
da Catalunha (governo autônomo) e o
parlamento autônomo.
O
nome Barcelona deriva do antigo Ibero Fenício Barkeno,
inscrito em uma antiga moeda em alfabeto
Ibero como
em grego antigocomo
Βαρκινών (Barkinṓn)7 e em latim como Barcino, Barcilonum e Barceno.
Durante
a Idade Média,
a cidade ficou conhecida como Barchinona, Barçalona, Barchelona e Barchenona.
(carece de fontes)
Os
primeiros vestígios de povoamento em Barcelona remontam ao final do
período Neolítico (2000
a 1500 a.C.). Barcino foi a cidade doslaietanos (um povo ibero) e deu origem à cidade de Barcelona. Estava
situada perto do Rio Rubricatus (atualmente, conhecido como Rio Llobregat).
Uma lenda atribui sua fundação a Hércules, quatrocentos anos antes da fundação de Roma. A cidade foi, supostamente, refundada
por Amílcar Barca, que lhe teria dado o nome. Os cartagineses ocuparam a região durante a Segunda Guerra Púnica. Aparentemente, por essa mesma época teria existido uma colônia grega
(Kallipolis) na região, apesar de os historiadores discordarem sobre a sua
localização exata.
Em
sentido estrito, Barcelona teria sido fundada pelos romanos no
final do século I a.C., sobre o mesmo assentamento ibérico anterior onde já se
haviam instalado anteriormente desde o ano 218 a.C., e teria sido convertida
numa fortificação militar, chamada de IVLIA AVGVSTA PATERNA FAVENTIA
BARCINO, que estava situada sobre o então chamado MONS TABER,
uma pequena elevação onde hoje está situada a catedral da cidade e a Praça de São Tiago. No século II, as suas muralhas foram construídas por ordem do Cláudio e, já no início do século III, a população
de Barcino estava estimada entre 4 000 e 8 000 habitantes.
No
século V, Barcelona foi ocupada pelos visigodos de Ataúlfo (no ano 415) provenientes do norte da
Europa. Em 531, Amalarico foi
assassinado. No século VIII, a cidade foi conquistada pelo vizir árabe al-Hurr
e iniciou-se um período de quase um século de domínio muçulmano, que terminou
em 801, quando foi ocupada pelos carolíngios.
Os carolíngios a converteram em capital do Condado de Barcelona. A potência
econômica da cidade e a sua localização estratégica fizeram com que os
muçulmanos voltassem em 985, comandados por Almansor, ocupando-a durante alguns meses.
A
partir do século XIV, a cidade iniciou uma era de decadência que se estendeu
durante os séculos seguintes. A união dos reinos de Aragão e Castela,
oficializada com o casamento entre os reis Fernando de Aragão e Isabel de
Castela, gerou um ambiente tenso entre catalães e castelhanos que chegou ao
momento mais crítico com a Guerra dos Segadores (de 1640 a 1652) e, posteriormente, com a Guerra da
Sucessão Espanhola (de 1702 a 1714), que
terminou com a abolição das leis institucionais próprias da Catalunha, com a
destruição de boa parte do bairro da Ribera e com a construção, em seu lugar,
da fortaleza conhecida como Cidadela (no local do atual Parque da Cidadela).
A
partir do fim do século XVIII, Barcelona iniciou uma recuperação econômica que
lhe favoreceu a industrialização progressiva do século seguinte. A segunda
metade do século XIX coincidiu com o projeto de derrubada das muralhas antigas
que envolviam a cidade. Cidades próximas a Barcelona foram, então, incorporadas
à mesma. Foram incorporadas à "Grande Barcelona" as cidades de Gràcia, Sarrià, Horta, Sant
Gervasi de Cassoles, Les Corts, Sants, Sant
Andreu de Palomar e Sant Martí de Provençals. Isso permitiu que a cidade executasse o projeto doEixample e
desenvolvesse sua indústria, feitos que lhe permitiram entrar no século XX como
um dos centros urbanos mais avançados de Espanha. Foi sede de duas exposições universais: uma em 1888 e outra em 1929.
A
escalada da Guerra
Civil Espanhola e a derrota das
forças republicanas tornaram o panorama desfavorável
novamente, uma vez que Barcelona se havia posto ao lado da república. No final
de 1939, as tropas franquistas ocuparam a cidade na última fase da guerra.
Depois
de um pós-guerra duro para Barcelona, teve início uma fase de desenvolvimento
sob o mandato do prefeito Josep María de Porcioles i Colomer. Toda a região
próxima à cidade que ainda mantinha alguma tradição agrícola e rural aos poucos
foi se urbanizando, com grandes bairros cheios de imigrantes procedentes de
outras partes da Península Ibérica. Restaurada a democracia após a morte do ditador Franco, um novo
desenvolvimento cultural e urbanístico aconteceu, com uma crescente
participação da população civil, dotando a cidade de uma infraestrutura digna
de uma metrópole moderna, cosmopolita e atrativa para o turismo. Nessa última
etapa, celebraram-se os Jogos
Olímpicos de Verão de 1992 e
o Fórum
Universal das Culturas em
2004.
Vista panorâmica de Barcelona a partir do Tibidabo
Barcelona vista por satélite.
Situada
na província
homônima, ao longo da costa do Mediterrâneo (41°23′N
2°11′E), entre o desaguar dos riosLlobregat e Besòs,
o território de Barcelona está dividido em três áreas bem delimitadas: a Serra
da Collserola (com 512 metros de altura, é o ponto mais alto da cidade. Em seu
topo, está localizado o Tibidabo), a planície e os deltas dos rios Besòs e
Lobregat, que, juntamente com o litoral, delimitam seu território.
Localiza-se
cerca de 160 quilômetros ao sul das montanhas dos Pirenéus. A população da cidade é de 1 595 110
habitantes (estimativa em 2006), sendo que a população da área metropolitana é
de 3 161 081 (estimativa em 2006). A população da província é de
5 226 354 (estimativa em 2005), mas cobre apenas 7
773 quilômetros quadrados da cidade.
É
conhecida também por cidade paralela, por ter ruas paralelas e
perpendiculares.
Barcelona foi, historicamente, uma cidade muito ligada à indústria. Foi a primeira cidade em Espanha a acolher a Revolução Industrial e, apesar de ter tido algumas crises econômicas, é hoje o maior centro industrial do país.
O
porto de Barcelona converteu-se, nos últimos anos, no mais importante do
Mediterrâneo em tonelagem de mercadorias e contentores. Também é o primeiro
porto mediterrânico em número de cruzeiros que fazem escala na cidade.
Importante
centro de cultura, economia e política, Barcelona é uma referência não só
dentro de Espanha como também no contexto da União Europeia.
Os oragos barceloneses são São Roque e São José Oriol,
representados no Templo
Expiatório da Sagrada Família.
Os
reis e a Generalidade da Catalunha impulsionaram a celebração da festa de São
Jorge por todas as regiões catalãs. Em Valência, em 1343, já era uma festa
popular; em 1407, Mallorca celebrava-a publicamente. Em 1436, a Generalidade da
Catalunha propôs, nas côrtes reunidas em Montsó, a celebração oficial e
obrigatória de São Jorge; em 1456, as côrtes reunidas na Catedral de Barcelona
ditaram uma constituição que ordenava a festa, inclusa no código das
Constituições da Catalunha. As remodelações do Palácio da Generalidade (sede do
governo catalão) feitas durante o século XV são a prova mais clara da devoção
impulsionada por esse órgão público, ao colocar um medalhão do santo na fachada
gótica e ao construir no interior a capela de São Jorge, originando a cruz
vermelha na bandeira da cidade, que é um simbolo do Santo.
Na Fundação Joan Miró, encontram-se algumas obras deste pintor e são realizadas exposições
itinerantes procedentes de museus de todo mundo. OMuseu
Picasso conta com uma importante
coleção de obras pouco conhecidas deste pintor, sobretudo de suas épocas
iniciais. No Museu
Nacional de Arte da Catalunha encontra-se
exposta uma importante coleção de arte romana. A arte da época atual fica no
recém construído Museu de Arte Contemporânea de Barcelona. Também são de relevância o Centro de Cultura
Contemporânea de Barcelona situado em El Raval, o museu daFundação
Antoni Tàpies, o CaixaFòrum e o Museu da
Ciência, agora chamado de CosmoCaixa.
Estadi Olímpic Lluís Companys,
sede dos jogos de Barcelona'92.
A
cidade de Barcelona também se destaca no futebol, com os clubes F.C. Barcelona e Espanyol. Barcelona tem dois estádios de elite da UEFA (
): o Camp
Nou do F.C. Barcelona, o maior estádio da Europa, com uma capacidade de 100 000 espectadores
e o Estadi
Olímpic Lluís Companys,
com uma capacidade fixa de 55 000, reformado para os Jogos
Olímpicos de 1992. Há também o novo estádio
- Estadi
Cornellà-El Prat (
), com uma capacidade de mais
de 40 000 - casa do Espanyol.
A
cidade também já sediou os Jogos
Olímpicos de Verão de 1992,os Jogos Paralímpicos
de Verão de 1992 e alguns jogos da Copa do Mundo de 1982.
Apesar
do grande destaque no futebol, outros desportos se destacam na cidade catalã,
entre eles esportes náuticos, automobilísticos, além de outros. No Circuito da Catalunha, são disputadas provas de Fórmula 1 e
do Campeonato Mundial de Motociclismo.
Barcelona
oferece ao visitante a possibilidade de percorrer a pé desde as ruínas romanas
e a cidade medieval até os bairros do modernismo catalão, com seus edifícios
característicos, suas ruas arborizadas e suas largas avenidas. A cidade antiga
é praticamente plana, enquanto que os bairros novos, à medida que se aproximam
da Serra de Collserola, ganham um aspecto montanhoso.
Um
dos lugares mais frequentados de Barcelona é a Rambla,
uma passarela situada entre a Praça da Catalunha (Plaça de Catalunya) e o Porto Velho (Port Vell).
Ali, são encontrados quiosques de flores, cafeterias, restaurantes e lojas
comerciais. Passeando pela Rambla, podem-se admirar vários edifícios de
interesse, como o Palácio da Vice-Rainha (Palau de la Virreina), o Mercado da Boqueria e o Grande
Teatro do Liceu. Uma rua lateral à Rambla
conduz à Praça Real (Plaça Reial): uma praça com palmeiras, edifícios,
cervejarias, restaurantes e postes desenhados por Antoni Gaudí.
A
Rambla termina junto ao Porto Velho, onde o Monumento a Colombo aponta para o mar. Próximo dali, se encontra o Museu Marítimo de
Barcelona (Museu Marítim de Barcelona), dedicado sobretudo à história
naval do Mediterrâneo e no qual se exibe a reprodução em escala real de uma
antiga galera de combate. O porto antigo oferece outros atrativos, como o Mare
Magnum: um centro comercial com lojas, restaurantes, um cinema IMAX e um aquário da fauna marinha mediterrânea.
O
Centro ainda é composto pelo Bairro Gótico,
que conserva a arquitetura típica da Baixa Idade Média.
Duas
montanhas dominam a cidade convertidas em miradores. O Montjuic é um pequeno monte situado junto ao porto,
em cujo topo encontra-se uma antiga fortaleza que serviu para vigiar a entrada
de Barcelona pelo mar. Nessa montanha encontram-se ainda as instalações
olímpicas - o Estádio
Olímpico Lluis Companys,
o Palácio
Sant Jordi e as Piscinas Picornell.
Também pode ser visto em Montjuic o jardim botânico, que dispõe de uma coleção
única de cactus.
O Tibidabo, na parte alta da cidade, é a outra montanha de
Barcelona. Pode-se ir ao Tibidabo de carro, ônibus, tranvia ou funicular.
No Tibidabo, encontram-se a Igreja do Sagrado Coração, visível de toda a
cidade, o Parque
de atrações de Tibidabo e
a Torre de Collserola, antena de telecomunicações que dispõe de um mirante.
Templo Expiatório da Sagrada Família,
iniciado pelo arquiteto catalão Antoni
Gaudí em 1883
Barcelona
é conhecida como capital do modernismo catalão. A cidade, na qual viveu e trabalhou o arquiteto Antoni Gaudí,
conta com algumas de suas obras mais relevantes, que atraem a cada ano milhões
de visitantes de todo mundo. A mais representativa é o Templo
Expiatório da Sagrada Família,
que Gaudí deixou inacabado e que segue sendo construído lentamente, como as
catedrais na Idade Média. Seu término está previsto para até 2020. Outras das
obras mais conhecidas de Gaudí são o Parque Güell (Parc
Güell), a Casa Milà,
também chamada de La Pedrera e a Casa Batlló.
Além de Gaudí, Barcelona conta com outras joias do modernismo catalão, como
o Hospital de São Paulo e o Palácio da
Música Catalã, de Lluís
Domènech i Montaner, ou o Palácio Macaya e muitas
outras obras de Josep Puig
i Cadafalch.
Além
das obras modernistas, Barcelona também conta com relevantes obras pertencentes
a outros estilos e períodos históricos. Dentro do período medieval,
destacam-se, especialmente, as obras góticas que
proliferam em seu centro histórico, precisamente denominado Bairro Gótico,
como aCatedral de Barcelona. Nesse mesmo estilo, encontra-se, ainda, a Igreja de Santa
Maria do Mar, caracterizada por sua
austeridade e harmonia nas medidas.
Entrada
do Parque Güell
Também
possui distintas amostras de arquitetura contemporânea, destacando-se o Pavilhão
Alemão de Ludwig
Mies van der Rohe, que foi construído para
a Exposição
Universal de Barcelona de 1929,
assim como a Fundação Joan Miró, do arquiteto catalão Josep Lluís Sert.
Anos mais tarde, por causa dos Jogos Olímpicos de Verão de 1992, a cidade viveu uma etapa de grandes transformações que deram lugar a obras como o Palácio São Jorge, de Arata Isozaki, a Torre de Collserola, de Norman Foster e a Torre de Montjuïc, de Santiago Calatrava. Antes dos jogos, houve também a remodelação e ampliação doAeroporto de Barcelona por Ricardo Bofill. Na etapa pós-olímpica, a cidade seguiu mantendo seu desenvolvimento arquitetônico, construindo edifícios como o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, de Richard Meier, a Torre Agbar, de Jean Nouvel e os projetos de uma nova estação em La Sagrera e daTorre do Triângulo Ferroviário, de Frank Gehry. Outras construções, como o Edifício Fórum de Jacques Herzog e Pierre de Meuron, foram motivadas pela realização do Fórum Universal das Culturas.
Fonte:
Wikipédia
Nenhum comentário:
Postar um comentário