O cadáver bem preservado foi descoberto durante uma
escavação arqueológica nas margens do Rio Nilo.
Por Jarbas Aragão
Pesquisadores do Museu Britânico divulgaram uma
descoberta intrigante na múmia de uma mulher egípcia
que viveu por volta do ano
700. Após ser “escaneada”, revelou que tinha uma tatuagem na coxa com o nome do
anjo Miguel, mencionado na Bíblia.
O anúncio foi feito esta semana, durante a apresentação de um projeto de
pesquisa que usou tomografia computadorizada para examinar múmias egípcias em
estudo sobre doenças.
O corpo da mulher estava enrolada em panos de linho e lã e seus restos
mortais foram mumificados no calor do deserto. Segundo os curadores, a tatuagem
em sua coxa, escrito em grego antigo, diz Μιχαήλ, transliterado como MIXAHA, ou
Miguel.
Os estudiosos apontam que a tatuagem era um símbolo usado para a
proteção religiosa. O que está intrigando os especialistas é o que isso
significava naquele contexto. Maureen Tilley, professor de teologia na
Universidade de Fordham em Nova York, acredita que não é nada de mais, pois
“havia uma considerável população cristã no Egito no ano 700, possivelmente
eram a maioria da população”.
Contudo, “colocar o nome na parte interna da coxa, como acontece com
esta múmia, pode ter um significado que desconhecemos, relacionados a
esperanças de proteção contra abuso sexual ou para um bom parto. A mensagem
seria: “Este corpo é reivindicado e protegido… Miguel seria uma escolha óbvia,
pois seria o mais poderoso dos anjos”.
O professor de biologia da Universidade Villanova, Michael Zimmermann,
que também utiliza tecnologias avançadas para estudar múmias egípcias, disse
que este tipo de achado é “notável” e que não há registros de tatuagem em
outras múmias.
John Taylor, curador principal do departamento de Egito antigo do Museu
Britânico disse que o corpo da mulher tatuada, que tinha entre 20 e 35 anos,
pode trazer novas informações sobre como vivia a comunidade cristã cerca de
1.300 anos atrás.
Fonte: Fox News.
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