HORÓSCOPO
O banqueiro
e embaixador Walter Moreira Sales, ministro da Fazenda de João Goulart –
Tancredo Neves – almoçava no Hotel Nacional (Brasília), em 1962, servido pelo garçom
Walter, que lhe disse:
- Dr.
Walter, eu também sou Walter porque meu pai era vizinho do seu e me deu o mesmo
nome do senhor.
- De onde
você é?
- De Pouso
Alegre, lá em Minas.
- Eu também.
Quando você nasceu?
- Em 1912.
- Eu também.
- Em que
mês?
- Maio.
- Eu também.
- Em que
dia?
- 28.
- Eu também.
Deus os
pusera no mundo no mesmo lugar e na mesma hora. Quando Moreira Sales saiu, o
velho garçom disse, desolado, ao jornalista Ronan Soares:
- É por isso
que eu não acredito em horóscopo.
O RELÓGIO DA AP
José Cera
correspondente da agência norte-americana AP (Associated Press) em Brasília.
Quando Jânio Quadros renunciou à Presidência, Caparelli deu um furo. Conseguiu
a entrevista em que o marechal Denys, ministro da Guerra, vetava a posse do
vice-presidente João Goulart.
Do Rio,
David (leia-se “Dêvid), diretor geral da AP, com seu português atravessado,
pior do que o de Mangabeira Unger, (ex-ministro de Lula), telefonou dando-lhes
os parabéns e dizendo que ia lhe mandar um relógio. No dia seguinte, Caparelli
recebeu um telex de David, muito simpático, cheio de adjetivos. Mas os dias
passavam e o relógio não chegava. Caparelli reclamou, David confirmou:
- Já mandei, sim,
pelo telex. Mandei um “elogio” (elógio) para você.
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