Série:
pérolas da cultura inútil
De onde veio à pasta nossa de cada dia?
Por muito tempo se discutiu sobre que povo teria inventado o spaghetti e as massas em geral: os chineses, os árabes ou os italianos. A origem até recentemente admitida era
aquela da origem árabe, na forma do spaghetti seco, a chamada Itrjia que entrou na Europa quando do
domínio árabe na Sicília no século
IX. Aí essa
massa foi sendo mais elaborada desde sua chegada a Trabia, próxima a Palermo. A Sicília
ficou sendo a "pátria" dessa iguaria até ser substituída por Nápoles já no século XVIII.
Outra teoria sobre a chegada na Itália do spaghetti atribui esse feito a Marco Polo que teria trazido essa novidade na volta de sua viagem à China entre 1271 e 1295. Hoje, sabe-se que já havia registros de spaghetti e maccheroni (macarrão) na
península anteriores a essa data.
Pesquisas do
Instituto de Geologia e Geofísica da Academia de Ciências de Beijing, sob o comando do
Prof. Houyuan Lu mostraram que, embora os mais antigos registros escritos em
chinês acerca do spaghetti datassem dos anos 25 a 220 DC, durante a Dinastia Han "Oriental", essa massa alimentícia era bem mais antiga. Houyauan
Lu escavava no sítio arqueológico de Lajia, província Qinghai, noroeste da China. O local fora destruído por uma catástrofe inesperada –
provavelmente, um terremoto, uma enchente de rio ou ambos no final do Neolítico. No local
estava o macarrão dentro de uma vasilha virada de cabeça para baixo, que estava
soterrada, cerca de três metros da
superfície. Tratava-se de um precursor do spaghetti.
Os árabes
teriam sido apenas o veículo da entrada na Europa dessa invenção chinesa.
Na Itália, foram encontrados sinais deste tipo de alimento em afrescos etruscos do século IV a.C. e nas ruínas de Pompeia, juntamente
com outros objetos chineses, demonstrando que a rota da seda tinha sido estabelecida pelo menos no século I a.C..
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