Série: Municípios baianos
O município que mais cresce no Brasil
Luís Eduardo
Magalhães é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua
população estimada em 2013 é de
73.061 habitantes.
O município de Luís
Eduardo Magalhães era antes um pequeno povoado denominado Mimoso do Oeste, que
passou em 3 de dezembro de 1987 a ser
distrito de Barreiras. Em 1998, assumiu a
denominação atual, para, após referendo decorrente
de projeto da deputada estadual Jusmari de Oliveira,
transformar-se no município, cujo nome remete ao falecido deputado, filho do Senador Antônio Carlos Magalhães, em 2000. Em 2007
o STF declarou
a inconstitucionalidade da criação do município, dando ao legislador federal
prazo de 2 anos para legalizar a situação. Mediante Emenda constitucional o
congresso avalizou a criação do município.
Possui a décima
maior economia do estado da Bahia, sua
região é responsável por sessenta por cento da produção de grãos do estado, sua
renda per capita é uma das maiores do Brasil. O parque industrial
é composto por empresas líderes em seus segmentos, inclusive quase vinte
multinacionais. Entre as empresas pioneiras que se instalaram no município,
temos a Cooperativa Agrícola de Cotia, a Ceval, indústria de esmagamento
de soja, mais
tarde incorporada pela Bünge Alimentos e
também a
Cooperativa do
Oeste de Minas Gerais. Sua agricultura é
pujante, diversificada e de grande produtividade, possuindo
grandes áreas irrigadas. Sua pecuária é de
alta qualidade tanto na área genética como
tecnológica. No ano de 2007, entrou em
funcionamento um grande e moderno frigorífico de
aves e a fábrica de ração para sustentar os produtores integrados de mais de um
milhão de aves por mês.
O município é um
dos cinco do Brasil que sediam um dos maiores eventos de equipamentos de alta
tecnologia destinados ao agronegócio, a Agrishow.
Atualmente sedia o Bahia Farm Show, que teve
a sua primeira edição na cidade de Ribeirão Preto, e conta
entre outras com a de Rondonópolis (MT)
e Cascavel (PR). Sua rede de hotéis é diversificada e
suficiente, indo dos mais simples até o de categoria internacional. Seu comércio é
suficiente para atender toda a demanda de seus habitantes, tanto na área de
alimentos como produtos e implementos agropecuários e construção civil, mas
como toda cidade em grande desenvolvimento, Luís Eduardo tem muitos problemas
de infraestrutura, como: tratamento de esgoto, galeria de águas
pluviais, pavimentação asfáltica e habitação para famílias de baixa renda,
problemas que têm sido pouco atacados pela prefeitura e governo federal e que
demanda ainda muito investimento dos governos. Na área da saúde e educação a prefeitura
tem feito um grande esforço o que tem tornado esses serviços aceitáveis. Na
área habitacional de médio e alto padrão, a cidade conta com grandes
investimentos, tanto na construção de edifícios residências de seis, oito, dez
ou mais andares (mais de quinze em construção), bem como em condomínios
horizontais de altíssimo padrão, inclusive com campo de golfe e
pista de pouso para aeronaves de
seus moradores.
A cidade conta com
a presença de agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e HSBC.
Principais empresas
da cidade: Grupo Coringa , Galvani, Mult Grain, Brasilgás, Mauricea,
Lojas Americanas, Lojas Novo Mundo, Topvel (Chevrolet), Buriti (Ford), Sanave
(VolksWagen), Primavia (Fiat), Mobile (Iveco), Bunge
A cultura da soja é
introduzida de forma acelerada. Novos cultivos são testados, diversificando-se
a base produtiva agrícola e unidades industriais são atraídas para a região. Em
consequência, consolida-se um espaço dos mais promissores do Nordeste, com uma agricultura mecanizada, operada em moldes
empresariais e com integração às cadeias agroindustriais. O Oeste da Bahia
passa a ser o mais importante espaço nordestino receptor de imigrantes, onde os
nativos passam a conviver com uma cultura mais característica dos estados
do sul do Brasil. Os vales, antes caracterizados pela pequena
exploração agrícola familiar em minifúndios, começam a serem identificados como
áreas bastante promissoras para o cultivo de frutas. Esta nova dinâmica
possibilitou as potencialidades, em sua grande parte ainda inexploradas, e
expôs a região a crises características dos períodos iniciais das áreas e
expansão de fronteira econômica.
O município possui
grandes áreas inexploradas, próprias para agricultara e pecuária. O Instituto
Agronômico de Campinas (IAC), em convênio com órgãos públicos e privados,
pesquisa variedades de cana de açúcar para encontrar a mais produtiva e que
melhor se adapta na região.
Em 1974 chega a
região os baianos Enedino Alves da Paixão (Negão) e sua esposa Maria Firmino de
Jesus, com seus oito filhos. Instalaram-se no entroncamento das BRs 242 e 020,
construindo uma pensão que alojava os caminhoneiros que transitavam pelas BRs.
No início dos anos
80, aportaram-se na região pecuaristas e agricultores oriundos do sul do país
em busca de melhores condições de vida, e atraídos pelas características da
topografia, a grande abundância de água e sua altitude, que a caracterizava
como uma possível nova fronteira agrícola. Dentre estes agricultores e
pioneiros, encontravam-se os senhores Adelchi Pereira Ramos, que chegou
contratado para trabalhar no Posto Mimoso em 1981, em 1984 Jacob Lauck,
agricultor e piloto e Amélio Gatto ambos gaúchos. Em 2 de abril de 1982, dando
inicio ao projeto de colonização que tinha em mente, depois de já ter sondado a
região junto com seu filho mais velho; Sr. Hipólito Cardoso Ferreira, o
pecuarista e empresário goiano Arnaldo Horácio Ferreira adquire uma área de
terra equivalente a 182.000 ha (que
aos poucos a maior parte foi vendida para agricultores que chegavam do sul do
país) e estabelece o posto de combustíveis acima citado com o nome de Posto
Mimoso, que pela sua localização se transformou em recordista mundial na venda
de combustíveis, inclusive sendo citado no Guinness Book.
Em 1984, estabelece
a Colonizadora e Administradora Vale do Rio Grande, CARIG, e funda o povoado de
Mimoso que em 1986, também mais ou menos nesse ano nasce um grupo de empresas
denominado de GRUPO MIMOSO, nos ramos de hotelaria, transportes, alimentícios,
combustíveis (Ferreira diesel -tr e posto 90 [este último servindo de terminal
rodoviário da cidade inclusive até os dias atuais]) e agropecuária (fazenda
Grécia e fazenda Mimoso) também de propriedade do fundador, passou a se
denominar Mimoso do Oeste, e em 3 de dezembro de 1987 é
elevado à condição de distrito de Barreiras. Também em
1984 chegaram, Luís Hashimoto, agricultor, Eduardo Massao Yamashita, engenheiro
agrônomo do Paraná, e o gaúcho Constantino Catarino de Souza, este até então radicado
em Pérola, cidade paranaense, que em busca de expandir sua capacidade de
produção agrícola e pecuária, adquiriu uma grande área de terra, onde iniciou a
produção de grãos e a criação de gado.
Siegfried Janzen,
conhecido como Toni, de Dianópolis, TO, fundou a primeira Associação de
Moradores de Mimoso do Oeste. O evento foi comemorado, com torneio de futebol e
a assinatura de uma declaração. Chegando também a promissora região o pedreiro
Aparecido Cirilo e sua esposa Amélia Pontes Costa Cirilo (Amelinha) e família,
sendo ela uma das primeiras enfermeira da região salvando vidas de pessoas.
Ottomar Schwengber,
agricultor gaúcho, viu na cidade a possibilidade de prosperar, comprando grande
quantidades de terras, que após sua morte em 1992, foi dividida entre seus
filhos que estavam na Bahia (Alguns ficaram no sul), foi a família Schwengber
que fundou o primeiro CTG (Centro de Tradições Gaúchas) da cidade, devido o
pioneirismo dos Schwengber, foi fundada uma escola municipal com o nome de
Ottomar, a escola Ottomar Schwengber. Através da Lei n° 395/1997, em 17 de novembro de 1998, passou a
denominação atual, para após referendo,
decorrente de um projeto elaborado pela então deputada estadual Jusmari de
Oliveira, transformar-se no município, cujo nome remete ao falecido deputado, filho do Senador Antônio Carlos Magalhães, em 30 de março de 2000, pela Lei
7619/00. A criação do município foi alvo de muitas críticas, como a que
afirmava ser a lei 7619/00 inconstitucional, sendo também o referendo que
autorizou a criação do município, tendencioso e parcial, já que
não foram consultadas todos os moradores envolvidos. Em 2007 o STF declarou a
inconstitucionalidade da criação do município, dando ao legislador federal
prazo de 2 anos para legalizar a situação. Mediante Emenda constitucional o
congresso avalizou a criação do município.
Fundamentalmente
agrícola, a economia do município é fortemente ligada à aristocracia, o que
gera graves desigualdades sociais. A arrecadação municipal é dirigida a
investimentos dirigidos à população mais carente e de maior número. Os
investimentos em saúde, educação e infraestrutura têm sido, relativamente
altos. Nos últimos anos, a cidade tem passado por grandes mudanças, principalmente
no que se diz respeito ao trânsito.
A cidade conta com
bares, restaurantes e pizzarias de boa qualidade. Praças foram construídas em
bairros populosos como o Jardim Paraíso, Santa Cruz, Jardim das Acácias, Centro
e Mimoso. No ano de 2013 foi entregue a população o Estádio Municipal Coronel Aroldo, o
Aroldão, com capacidade para 5.000 pessoas.
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