quinta-feira, 22 de maio de 2014

RICHARD SERRA

Escultor com “E” maiúsculo

Richard Serra (2 de Novembro de 1939), é um escultor norte-americano.

Para alguns críticos é considerado como um dos artistas mais importantes do pós-guerra. Recentemente tem feito trabalhos de grande escala em aço, mas já realizou obras com diferentes tipos de materiais industriais como borracha, chumbo e lâmpadas.
Artista muito ligado aos escultores minimalistas tais como Donald Judd, Robert Morris e Frank Stella. Conhecido também por colocar em confronto a obra e o espaço público como na polêmica escultura "Tilted Arc - 1987", retirada do local após mobilização dos habitantes (de uma área nobre de Nova Yorque) que consideraram a escultura ofensiva.
Uma de suas obras, uma série de esculturas em aço corten, nomeada The Matter of Time é a única exposição permanente no museu Guggenheim da cidade de Bilbao (Espanha) é considerado o ponto alto entre as obras da coleção do museu
Ainda adolescente trabalhava em suas férias numa siderúrgica onde teve seu primeiro contato com o metal e com o trabalho em altas temperaturas. Filho de um espanhol e de uma russa, Serra se formou em Inglês e pós-graduou em Arte na Universidade de Yale.
Após voltar de uma temporada na Europa na segunda metade da década de 1960, Serra mergulha na onda do minimalismo e da desconstrução. A escultura parecia encontrar a abstração em ângulos retos, tecnológicos, limpos e em muitas ocasiões, nada mais que experimentais. Logo após começa a trabalhar com o aço corten e a perceber a força e estabilidade que este material proporciona, placas de aço com diferentes comprimentos e alturas aplicadas ao meio urbano ou rural, mudando a percepção do local e do transeunte.
Peças que pesam toneladas e possuem autossustentação (algo defendido desde sempre por Serra como uma condição para a criação destas obras). Não há pregos, amarras ao chão, fundações ou outros meios para manter as esculturas estáveis. Apenas a gravidade aplicada à massa do aço somados a cálculos precisos fazem tais estruturas manterem-se em pé, muitas vezes sendo curvadas e inclinadas em ângulos surpreendentes.

Com esses trabalhos Serra é visto pela critica como um artista genuinamente contemporâneo, utilizando materiais novos, superando a indústria e a engenharia, com muitas inserções importantes da arte no meio urbano, tendo reconhecimento internacional e um grande portfolio.

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