Escultor
com “E” maiúsculo
Richard Serra (2 de
Novembro de 1939), é um escultor norte-americano.
Para alguns críticos é considerado como um dos artistas mais
importantes do pós-guerra. Recentemente tem feito trabalhos de grande escala em
aço, mas já realizou obras com diferentes tipos de materiais industriais como
borracha, chumbo e lâmpadas.
Artista muito ligado aos escultores minimalistas tais como Donald Judd, Robert Morris e Frank Stella. Conhecido
também por colocar em confronto a obra e o espaço público como na polêmica
escultura "Tilted Arc - 1987", retirada do local após mobilização dos
habitantes (de uma área nobre de Nova Yorque) que
consideraram a escultura ofensiva.
Uma de suas obras, uma série de esculturas em aço corten, nomeada
The Matter of Time é a única exposição permanente no museu Guggenheim
da cidade de Bilbao (Espanha) é
considerado o ponto alto entre as obras da coleção do museu
Ainda adolescente trabalhava em suas férias numa siderúrgica onde
teve seu primeiro contato com o metal e com o trabalho em altas temperaturas.
Filho de um espanhol e de uma russa, Serra se formou em Inglês e pós-graduou em
Arte na Universidade
de Yale.
Após voltar de uma temporada na Europa na segunda
metade da década de 1960, Serra mergulha na onda do minimalismo e da
desconstrução. A escultura parecia encontrar a abstração em ângulos retos, tecnológicos,
limpos e em muitas ocasiões, nada mais que experimentais. Logo após começa a
trabalhar com o aço corten e a perceber a força e estabilidade que este
material proporciona, placas de aço com diferentes comprimentos e alturas
aplicadas ao meio urbano ou rural, mudando a percepção do local e do
transeunte.
Peças que pesam toneladas e possuem autossustentação (algo
defendido desde sempre por Serra como uma condição para a criação destas obras).
Não há pregos, amarras ao chão, fundações ou outros meios para manter as
esculturas estáveis. Apenas a gravidade aplicada à massa do aço somados a
cálculos precisos fazem tais estruturas manterem-se em pé, muitas vezes sendo curvadas e
inclinadas em ângulos surpreendentes.
Com esses trabalhos Serra é visto pela critica como um artista
genuinamente contemporâneo, utilizando materiais novos, superando a indústria e
a engenharia, com muitas inserções importantes da arte no meio urbano, tendo
reconhecimento internacional e um grande portfolio.
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