Povo nômade
Ciganos é
um exônimo para roma (em
singular: rom, termo que, traduzido para o português, significa
"homem") e designa um conjunto de populações nômades que
têm, em comum, a origem indiana e uma
língua (o romani)
originária do noroeste do subcontinente indiano. Também são conhecidos pelos termos boêmios, gitanos, calons (no Brasil), judeus (em Minas Gerais), quicos (em
Minas Gerais e São Paulo), calés e calós.
Essas populações
constituem minorias étnicas em
inúmeros países do mundo e são conhecidas por vários exônimos. O endônimo "rom"
foi adotado pela "União Romani Internacional" (em romani: Romano
Internacionalno Jekhetanipe) e pela Organização das Nações Unidas.
Na Europa, esses
povos, de origem indiana e língua romani, são
subdivididos em diversos grupos étnicos:
Rom (singular)
ou roma (plural) propriamente ditos, presentes na Europa centro-oriental e, a partir
do século XIX, também em
outros países europeus e nas Américas;
Sinti,
encontrados na Alemanha, bem como em áreas germanófonas da
Itália e da França, onde também são chamados manoush;
Caló, os
ciganos da península Ibérica, embora também presentes em outros países da
Europa e na América, incluído o Brasil.
Romnichals,
principalmente presentes no Reino Unido, inclusive
colônias britânicas, nos Estados Unidos e na Austrália.
Segundo um estudo
feito pela revista Current Biology, a diáspora dos
ciganos começou há 1 500 anos no Noroeste da Índia
"Cigano"
provém do termo grego bizantino athígganos.
"Gitano" provém do termo castelhano gitano . "Judeu" provém
do termo latinojudaeu23 .
"Boêmio" é uma referência à antiga crença de a etnia ser originária
da Boêmia, região da
atual República Tcheca .
Rotas
migratórias do povo cigano pela Europa.
Em razão da
ausência de uma história escrita, a origem e a história inicial dos povos roma foram
um mistério por muito tempo. Até meados do século XVIII, teorias
da origem dos roma se limitavam a especulações. No final do
século, antropólogos culturais levantaram a
hipótese da origem indiana dosroma, baseada na evidência linguística - o
que foi posteriormente confirmado pelos dados genéticos.
Em 1777, Johann Christian Cristoph
Rüdiger, professor da Universidade de Halle, na Alemanha, em carta
ao linguista Hartwig Bacmeister, sugere
uma possível ligação entre o romani e
as línguas da Índia. Rüdiger baseava suas conjecturas em pistas
fornecidas pelo próprio Bacmeister e por seu professor, Christian Büttner, mas
também na sua própria pesquisa, realizada com a ajuda de uma falante de romani,
Barbara Makelin, e apoiada em gramáticas hindustani. A
hipótese teve ampla circulação entre seus colegas acadêmicos. Em 1782, Rüdiger
publicou um artigo intitulado "Sobre o idioma indiano e a origem dos
ciganos", no qual compara as estruturas gramaticais do romani com as
do hindustani. Trabalhos
seguintes deram apoio à hipótese de que a língua romani possuía
a mesma origem das línguas indo-arianas do norte da Índia. Baseado no dialeto sinti, este é o
primeiro esboço gramatical acerca de uma variedade do romani, e é também a
primeira comparação sistemática do romani com outra língua indo-ariana.
Assim como os
judeus, o povo cigano é perseguido há vários séculos
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), entre 200 000 e 500 000 ciganos europeus teriam
sido exterminados nos campos de concentração nazistas. Entre os roma,
o massacre é denominado de porajmos e começou a ser recuperado pela historiografia apenas a partir dos anos 1970.
Fonte: Wikipédia
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