segunda-feira, 7 de julho de 2014

MONOTEÍSMO E POLITEÍSMO


São designações referentes à religiões que admitem um só Deus (monoteísmo: de monos, um só, e theos, deus) ou vários deuses (politeísmo: de poly, muitos).


O monoteísmo se aplica, sobretudo, às três religiões: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo ou Maometismo. Tanto o monoteísmo cristão como o islâmico são derivados do judaico. O povo judeu foi o primeiro na história a guardar zelosamente um monoteísmo rígido, em oposição ao politeísmo de todos os povos vizinhos. Houve, realmente, na história de outros povos, certos momentos monoteístas, como no século XII a.C. , no Egito, quando o Faraó Aknaton sistematizou a religião de um deus único, Aton, representado simbolicamente pelo disco solar. Foi grande a luta deste notável Faraó, que era um gênio intelectual, artístico e místico, para implantar a nova religião em meio a tradição politeísta. Sua tentativa foi literalmente malograda. Há quem afirme que o monoteísmo hebraico, que tem em Moisés seu grande propagador, educado no Egito, muito deve aos ensinamentos de Aknaton.
O Zoroastrismo persa, no seu primeiro estágio, parece ter sido monoteísta, evoluindo depois para o dualismo dos dois princípios: o do Bem, Ormuz, e o do Mal, Arimã. Em certos momentos na Grécia, a elite era francamente favorável a um monoteísmo. Sócrates, por exemplo, era monoteísta.



Provavelmente, a primeira atitude religiosa do homem foi o naturalismo religioso, isto é, a adoração de objetos e fenômenos da Natureza. A seguir, em vez do culto do objeto físico, passou a reverenciar o espírito ou a alma do objeto o do fenômeno. Foi neste período animista que surgiu a adoração e o culto dos antepassados: dos deuses manes, como diziam os romanos. A divinização dos espíritos, duplo ou alma das coisas e dos antepassados, foi o passo seguinte, um pouco mais abstrato, na evolução religiosa. Desta maneira, o politeísmo foi bem anterior ao monoteísmo. 

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