São designações
referentes à religiões que admitem um só Deus (monoteísmo: de monos, um só, e
theos, deus) ou vários deuses (politeísmo: de poly, muitos).
O monoteísmo
se aplica, sobretudo, às três religiões: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo ou Maometismo.
Tanto o monoteísmo cristão como o islâmico são derivados do judaico. O povo
judeu foi o primeiro na história a guardar zelosamente um monoteísmo rígido, em
oposição ao politeísmo de todos os povos vizinhos. Houve, realmente, na
história de outros povos, certos momentos monoteístas, como no século XII a.C.
, no Egito, quando o Faraó Aknaton sistematizou a religião de um deus único,
Aton, representado simbolicamente pelo disco solar. Foi grande a luta deste
notável Faraó, que era um gênio intelectual, artístico e místico, para
implantar a nova religião em meio a tradição politeísta. Sua tentativa foi
literalmente malograda. Há quem afirme que o monoteísmo hebraico, que tem em
Moisés seu grande propagador, educado no Egito, muito deve aos ensinamentos de
Aknaton.
O
Zoroastrismo persa, no seu primeiro estágio, parece ter sido monoteísta,
evoluindo depois para o dualismo dos dois princípios: o do Bem, Ormuz, e o do
Mal, Arimã. Em certos momentos na Grécia, a elite era francamente favorável a
um monoteísmo. Sócrates, por exemplo, era monoteísta.
Provavelmente,
a primeira atitude religiosa do homem foi o naturalismo religioso, isto é, a
adoração de objetos e fenômenos da Natureza. A seguir, em vez do culto do
objeto físico, passou a reverenciar o espírito ou a alma do objeto o do
fenômeno. Foi neste período animista que surgiu a adoração e o culto dos
antepassados: dos deuses manes, como diziam os romanos. A divinização dos
espíritos, duplo ou alma das coisas e dos antepassados, foi o passo seguinte, um
pouco mais abstrato, na evolução religiosa. Desta maneira, o politeísmo foi bem
anterior ao monoteísmo.
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