Monumento: arquitetura
Avaliada em 82 bilhões de euros, cerca de 208 bilhões de reais
A Catedral
de Milão (em italiano: Duomo di Milano) situa-se
na praça central da cidade de Milão, na Lombardia, no norte
da Itália. É a sede
da Arquidiocese de Milão e uma
das mais célebres e complexas edificações em estilo gótico da Europa.
A catedral é imensa, com 157 m de comprimento e 109 m de
largura. O interior tem cinco naves com uma altura que chega aos 45 metros,
divididas por 40 pilares. Possui um transepto com
três naves.
Fachada principal da catedral em meados do século XVIII
A construção do edifício começou em 1386 sob a
iniciativa do arcebispo Antonio da Saluzzo, em um estilo gótico tardio de
influência francesa e centro-europeia, distinto
ao estilo corrente na Itália de então. Os trabalhos foram apoiados pelo senhor
da cidade, o duque Gian Galeazzo Visconti, que impulsou a obra através de
facilidades fiscais e promoveu o uso do
mármore de Candoglia como material de construção. A obra avançou rápido, e
em 1418 o altar-mor da
catedral foi consagrado pelo Papa Martinho V. Já em
meados do século XV a parte leste (abside) da igreja
estava completa. A partir desta data, porém, as obras prosseguiram lentamente
até fins do século XV.
Vista da nave da catedral.
Entre 1500
e 1510 a cúpula octagonal
do cruzeiro foi completada e o interior foi decorado com
várias séries de estátuas. Porém, a fachada oeste
do edifício permaneceu ainda inacabada. Em 1577 a catedral foi consagrada
novamente pelo arcebispo Carlos Borromeu. Apenas no
século XVII foi a fachada construída, em estilo maneirista. Em meados
do século XVIII foi completada a parte externa da cúpula, onde foi colocada a
estátua da Madoninna.
Em 1805,
por iniciativa direta de Napoleão, que havia
invadido a Itália, as obras foram recomeçadas. Nessa época a fachada principal
e grande parte dos detalhes exteriores, como os pináculos, foi
completada em uma mistura de estilos, entre o neogótico e o
neobarroco. Apenas em 1813 foi a
catedral dada por finalizada, mais
de quatrocentos anos após o início das obras. Porém no XX século foi julgado necessário trocar as cinco portas da fachada,
o que só foi acabado em 1965. A
catedral é atualmente um importante ponto turístico de Milão, e do alto do seu
terraço é possível vislumbrar toda a cidade.
A catedral gótica, que sempre teve réplicas de metal comercializadas
aos turistas, ficou
mais famosa após o domingo de 13 de dezembro de 2009,
quando Silvio Berlusconi foi atingido com uma réplica do domo. As
réplicas da catedral bateram recordes de
venda e instantaneamente se esgotaram nas lojas, sendo a maioria dos
clientes esquerdistas ou opositores ao governo do primeiro-ministro. A
reprodução de sua forma gótica e pontiaguda, com 136 pontas de mármore, explica a
gravidade dos ferimentos ocasionados ao chefe do governo.
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