segunda-feira, 1 de setembro de 2014

MUNICÍPIO DE ALCOBAÇA – BAHIA

Municípios baianos

É uma cidade simples, porém encantadora


Alcobaça é um município  do estado da Bahia. Sua população estimada em 2004 era de 23 323 habitantes. Possui uma área de 1510,9 km².



O local onde hoje se encontra o município de Alcobaça pertencia a uma sesmaria (terra doada pelo governo, no Brasil Colônia, para fins de colonização) administrada pelo capitão Francisco Martins Pereira a partir de 1697. Localizada numa área com grande incidência de indígenas "selvagens", a antiga Vila de Alcobaça oferecia pouca segurança para seus moradores. Em compensação, porém, suas terras eram férteis e o rio Itanhém possibilitava acesso ao "sertão" (região afastada do litoral). Talvez por causa da fertilidade do terreno, a região começou a ser ocupada pelos primeiros homens brancos oriundos de Vila de Caravelas, por volta de 1747. Nessa época, segundo a tradição, os portugueses Antonio Gomes Pereira e Antonio Mendes, moradores da cidade vizinha de Caravelas, e provenientes da cidade medieval de Alcobaça, em Portugal, assentaram acampamento às margens do rio Itanhém com suas respectivas famílias. Em pouco tempo, surgiu ali um povoado com o nome de Arraial de Itanhém.


O município tem origem em uma vila criada em 12 de novembro de 1772 pelo Ouvidor José Xavier Machado Monteiro no local denominado Arraial de Itanhém, situado às margens do Rio Itanhém, ao sul da Capitania de Porto Seguro (atual Microrregião Extremo Sul da Bahia).


Diferentemente do que foi publicado em diversos sites da internet e até mesmo em enciclopédias e livros, Alcobaça não foi fundada "através de Carta Régia de 1755". A chamada Carta Régia que teria dado origem a Alcobaça é, na verdade, um dos documentos importantes da História do Brasil no Século XVIII. Trata-se de documento de 3 de março de 1755, no qual El-Rey d. José I de Portugal manda criar a Capitania de São José do Rio Negro e dá instruções sobre a fundação de vilas na Colônia. Esta Carta Régia encontra-se reproduzida nos "Autos de Criação e Ereção da Nova Vila de Alcobaça, na Capitania de Porto Seguro", documento de 12 de novembro de 1772 que é o verdadeiro ponto de partida da história de Alcobaça.
São Bernardo (Bernardo de Claraval) foi escolhido como orago (padroeiro) da vila. Por isso, nos documentos do século XIX, Alcobaça é referida como "Vila de São Bernardo de Alcobaça".
Diz uma lenda (não comprovada) que os primeiros moradores da Alcobaça brasileira eram oriundos da Alcobaça portuguesa. Até o século XIX a cidade foi ocupada por grandes senhores de escravos, sendo que uma das senzalas ainda está de pé no centro da cidade.
Em 20 de julho de 1896 a vila de Alcobaça foi erguida à condição de Cidade.

Igreja Matriz, vista lateral.

A cidade de Alcobaça é visitada anualmente por milhares de turistas oriundos principalmente dos estados vizinhos de Minas Gerais e Espírito Santo, mas também de Goiás e Distrito Federal.
O turismo de veraneio em Alcobaça tem como base as belas praias da região e a proximidade da cidade com o Parque Nacional Marinho de Abrolhos.
O ponto central da cidade, a Praça da Caixa D'Água e seus arredores, é o mais visitado pelos turistas.

Mouros aportando do Rio Itanhém, em uma Cavalhada na Festa de São Bernardo, na cidade de Alcobaça.

A cidade de Alcobaça possui belos casarões do século XIX cuja proteção foi recomendada por técnicos do Instituto do Patrimônio Cultural do estado da Bahia (IPAC-BA).


Além dos casarões, o patrimônio cultural de Alcobaça concentra-se também nas manifestações folclóricas. Entre as datas de festas folclóricas alcobacenses, destacam-se:
19-20 de janeiro: luta dos mouros e cristãos (conhecida, em outros lugares da Bahia e do Brasil, como cavalhada, chegança de mouros, marujada etc.)
20 de janeiro: festa de São Sebastião (auge da festa dos mouros e cristãos)
Pentecostes (maio ou junho)festa do Divino (desfile e procissão pelas ruas da cidade)
29 de junho: festa de São Pedro (desfile e procissão de barcos no rio Itanhém)
época natalina: folguedo de reis, pastorinhas, terno de boi (bumba meu boi) etc.


Em Alcobaça, as principais manifestações folclóricas estão relacionadas com festas religiosas. A maior festa religiosa de Alcobaça é a festa de São Bernardo, que ocorre todos os anos do dia 11 de agosto a 21 de agosto, com auge no dia 20 de agosto, dia de São Bernardo.
Para uma cidade como Alcobaça, cuja economia se ampara em grande parte na atividade pesqueira, o dia de São Pedro (29 de junho), que é o padroeiro dos pescadores, tem muita importância no município. O dia de São Pedro faz parte das festas juninas, mas em Alcobaça ele tem peso maior que o de São João para a população local. É o dia em que os pescadores alcobacenses agradecem a São Pedro pela proteção durante as viagens para alto-mar e pela fartura de peixes nos mares de Alcobaça.
Além da festa religiosa em si, com missa especial e procissão, os alcobacenses fazem também uma procissão de barcos entre o cais do porto e a barra do rio Itanhém, ao lado da cidade.

 Início da cavalhada em Alcobaça, quando embaixadores de ambas as religiões trocam discursos.

A história de Alcobaça está refletida também nas ruas do centro (todos os pavimentos de ruas na cidade são em blocos de concreto em formato de hexágono), onde estão localizados os casarões e sobrados antigos, e nas fazendas centenárias. Alguns sobrados da cidade remontam ao século XIX, sendo que muitos já foram edifícios públicos, senzalas ou prisões.
No final dos anos 1970, o Instituto do Patrimônio Cultural da Bahia (IPAC-BA) começou a realizar um estudo arquitetônico em toda a região municipal para inventariar o patrimônio cultural que merecesse ser protegido. 

Um comentário:

  1. solicito a alguém localizar o João que tem uma sorveteria na praça de alcobaça/Ba (há uma caixa d'gua grande na praça), e peça a ele para telefonar para o Advogado Ricardo, OAB/DF 8892, celular 61.999797128, e e Mail: guedesricardoc@gmail.com
    Atencisapadamente agradeço.
    Brasília/DF, 14/9/2021.
    Ricardo de Carvalho Guedes, Advogado, OAB / DF 8892.

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