quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A CRUZ CAÍDA

Monumentos baianos: Salvador

A Cruz Caída, de Mário Cravo Júnior, representando a derrubada da Igreja da Sé

A (Praça da)  é um bairro na região central da cidade de Salvador, no Estado da Bahia, Brasil. Seu nome se refere à existência na zona da antiga Igreja da Sé da Bahia, erguida após 1552 e demolida em 1933.
No século XVII, a igreja serviu como fortaleza contra os invasores holandeses e, em 1808, sediou o Te Deum em homenagem à chegada do rei D. João VI e da comitiva real a Salvador. A igreja teve sua condição de Sé perdida para a Igreja do Salvador em 1765, mas sua importância histórica continuou até seus últimos dias.



Padre Antonio Vieira

Em 1614, Antonio Vieira (1608 – 1697) iniciou os primeiros estudos no Colégio dos Jesuítas de Salvador, onde, principiando com dificuldades, veio a tornar-se um brilhante aluno. Segundo o próprio, foi a partir de um "estalo" na cabeça que, acontecido na famosa Igreja da Sé, de súbito, tudo clareou: passou a perceber, entender com facilidade e a guardar tudo o que lia na memória. Até hoje muitos historiadores se referem a esse fenômeno como "o estalo de Vieira"


Em 1933, a igreja foi demolida para dar lugar aos trilhos dos bondes da Companhia Linhas Circular de Carris da Bahia. Com isso, a praça passou a abrigar os bondes e o Belvedere da Sé (instalações de lazer, cultura e turismo, com vista para a Baía de Todos os Santos).


Após a inauguração do Terminal da Lapa, em 1982, a praça degradou-se. Dezessete anos depois, enseja a implantação ali de um projeto do arquiteto Assis Reis, a praça ganha uma nova perspectiva de belvedere, o monumento à demolição da antiga Sé da Bahia – a Cruz Caída, de autoria de Mário Cravo -, o monumento a Tomé de Sousa, a restauração do monumento a D. Pedro Fernandes Sardinha, iluminação cênica e sonorização.
A mesma reforma que trouxe críticas à destruição do patrimônio histórico (demolição da Catedral da Sé), representada pela cruz caída, destruiu o desenho feito em pedras portuguesas que havia no calçamento, substituindo o esse piso por granito. Além disso, seguiu-se uma escavação arqueológica às fundações da Velha Sé, a qual resultou na criação de quatro sítios arqueológicos, cujo resgate de objetos e ossos


vinha sendo conduzido por uma equipe do Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA.

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