Monumentos baianos: Salvador
A
Cruz Caída, de Mário Cravo Júnior, representando a derrubada da Igreja da Sé
A (Praça da) Sé é um bairro na região central da
cidade de Salvador, no Estado
da Bahia, Brasil. Seu nome se refere à existência na zona da antiga Igreja da Sé da Bahia, erguida após 1552 e demolida em 1933.
No século XVII, a igreja serviu como fortaleza contra os
invasores holandeses e, em 1808, sediou o Te Deum em homenagem à chegada do rei
D. João VI e da comitiva real a Salvador. A
igreja teve sua condição de Sé perdida para a Igreja do Salvador em 1765, mas sua importância histórica continuou até seus últimos dias.
Padre
Antonio Vieira
Em 1614, Antonio Vieira (1608 – 1697) iniciou os
primeiros estudos no Colégio dos Jesuítas de Salvador, onde,
principiando com dificuldades, veio a tornar-se um brilhante aluno. Segundo o
próprio, foi a partir de um "estalo" na cabeça que, acontecido na
famosa Igreja da Sé, de súbito, tudo clareou: passou a perceber, entender com
facilidade e a guardar tudo o que lia na memória. Até hoje muitos historiadores
se referem a esse fenômeno como "o estalo de Vieira"
Em 1933, a igreja foi demolida para dar lugar aos trilhos dos bondes da
Companhia Linhas Circular de Carris da Bahia. Com isso, a praça passou a abrigar
os bondes e o Belvedere da Sé (instalações de lazer, cultura e turismo, com
vista para a Baía de Todos os Santos).
Após a inauguração do Terminal da
Lapa, em 1982, a praça degradou-se. Dezessete anos depois, enseja a implantação
ali de um projeto do arquiteto Assis Reis, a praça ganha uma nova perspectiva
de belvedere, o monumento à demolição da antiga Sé da Bahia – a Cruz Caída, de autoria de Mário
Cravo -, o monumento a Tomé de
Sousa, a restauração do monumento a D. Pedro Fernandes Sardinha,
iluminação cênica e sonorização.
A mesma reforma que trouxe críticas à
destruição do patrimônio histórico (demolição da Catedral da Sé), representada
pela cruz caída, destruiu o desenho feito em pedras portuguesas que havia no
calçamento, substituindo o esse piso por granito. Além disso, seguiu-se uma escavação arqueológica às fundações da Velha
Sé, a qual resultou na criação de quatro sítios arqueológicos, cujo resgate de
objetos e ossos
vinha sendo conduzido por uma equipe do Museu de Arqueologia e
Etnologia da UFBA.
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