Por
Lilian Machado
A oposição baiana deu um passo oficial, ontem, na
arrancada para mobilização da candidatura de Aécio Neves (PSDB) à Presidência
da República. Líderes do DEM, PSDB e PMDB que formaram a coligação na eleição
estadual participaram, em Brasília, do ato de apoio ao tucano, quando foram definidas
também as estratégias para viabilizar o seu crescimento no estado. Aécio deve
visitar a Bahia na próxima semana.
A ideia do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM),
e dos parlamentares que saíram com êxito das urnas é atuarem de forma intensa
para diminuir a diferença entre Aécio e a presidente Dilma Rousseff (PT), na
Bahia, onde ela saiu com 61,44% dos votos.
Nos próximos dias, o prefeito deve mostrar o seu
grau de envolvimento com a campanha tucana. Nos bastidores, o entendimento é de
que ele quer provar seu
empenho e mostrar força em caso de vitória do tucano, sendo esse o caminho que
poderá ajudá-lo nos planos de chegar ao governo em 2018.
O grupo
oposicionista se animou ontem com a adesão do PSB, da ex-candidata Marina
Silva, do PV, do ex-candidato à Presidência Eduardo Jorge, do PSC, do Pastor
Everaldo e do PPS. No encontro ocorrido no Memorial JK, os peemedebistas
baianos liderados por Geddel Vieira Lima, derrotado na corrida ao Senado, bateram
o martelo sobre o apoio a Aécio. Além de Geddel, participou o ex-governador
Paulo Souto (DEM), que também perdeu nas urnas no último domingo.
Depois das críticas ao fato de terem se distanciado
da campanha de Aécio no primeiro turno, as lideranças buscam afinar a aliança, sendo a
possibilidade de vitória uma luz no final do túnel depois do fracasso da
majoritária estadual nas urnas.
Em
discurso, durante o ato, Neto afastou o separatismo, fomentado nas redes
sociais e destacou a necessidade de mostrar o país unido em torno de uma
mudança.
“O Brasil
vai se unir para dar a vitória a Aécio Neves. O PT não vai conseguir dividir o
Brasil. Não existe o Brasil e do Sudeste de um lado, e do Norte e Nordeste do
outro. O Nordeste vai se juntar ao Sul, Sudeste, para eleger Aécio Neves o
nosso presidente. Vamos à vitória”. O prefeito avaliou que as adesões de ontem
foram bastante “significativas”. “Isso mostra um projeto grande de união em
torno de Aécio”, afirmou.
Consta que
a ordem na oposição é de “muito trabalho” e esse comando viria do líder
democrata, que analisou como positivo o crescimento da bancada oposicionista na
Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. A maioria dos deputados
eleitos na coligação estiveram presentes e prometeram intensificar a campanha.
“Vamos trabalhar em todas as regiões”, disse o presidente estadual do DEM, e
deputado federal eleito, José Carlos Aleluia.
“Eu não
tenho dúvida de que Aécio vai continuar crescendo e isso vai acontecer também
na Bahia. Enquanto isso, o PT espalha o medo e a presidente mente em relação à
economia e ao Brasil. Não vamos aceitar isso, nem a tese de divisão do Brasil”,
afirmou
Aleluia
criticou a “estratégia” petista ao dizer que eles vêm “fazendo um trabalho sujo
ao tentar dividir o País entre regiões, e entre pobres e ricos”.
O democrata destacou o resultado da pesquisa
realizada pelo Instituto Paraná, divulgada ontem, em que o tucano apareceu com
54% das intenções de voto contra 46% de Dilma. Pela bancada dos
deputados estaduais, o peemedebista Leur Lomanto Jr. enfatizou o clima positivo
para que a campanha de Aécio se desenvolva.
“O apoio
desses partidos mostrou a força da candidatura de Aécio neste segundo turno.
Deixamos a mensagem de empenho e de dedicação para que ele possa aumentar a
votação no estado”, afirmou.
Os
deputados ficaram responsáveis pela meta de aumentarem os votos do
presidenciável em seus redutos eleitorais. Estiveram também presentes, os parlamentares
Adolfo Viana (PSDB), Bruno Reis (PMDB), Elmar Nascimento (DEM), Paulo Azi
(DEM), Tom (DEM), Lúcio Vieira Lima (PMDB) e os tucanos Antonio Imbassahy e
João Gualberto, eleito para Câmara pela primeira vez.
Na Bahia, a
única cidade em que Aécio Neves (PSDB) saiu na frente de Dilma Rousseff (PT)
foi Buerarema, município a 458 quilômetros da capital baiana, o que aumenta o
desafio das lideranças em ampliar o número de eleitores. Entretanto, se há
dificuldade em reverter, eles acreditam que é possível diminuir.
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