História
A mais lendária de todas as armas da antiguidade
A palavra espada é
comumente usada para se referir a uma série de "armas brancas"
longas, formadas por uma lâmina e uma empunhadura; abrangendo, por extensão, objetos como o sabre, o florete, o gládio, o espadim e a katana, dentre outros. A espada, na
verdade, é formada por uma lâmina comprida, normalmente reta e pontiaguda, de
metal, com gume num ou nos dois lados, dependendo do tipo.
A palavra é derivada do latim spatha, um modelo
de espada usada no fim do império romano e por um longo período da idade média.
Diagrama de
uma espada típica e sua bainha.
A espada é formada
basicamente por uma lâmina de metal, com gumes
em ambos ou num dos dois lados, e uma ponta. Essa lâmina é fixada a um cabo,
feito de metal ou madeira. Outrora, mestres forjadores europeus, árabes e
orientais estabeleceram as regras principais da lâmina: concisa, formato
variável, tenaz, resistente ao combate. Diversos materiais e forjaduras deram
forma às espadas, do bambu ao titânio.
Inicialmente utilizava-se uma espada curta e direta. Porém, ao longo da
história existiram muitos outros tipos de espada com diferentes características
variando desde o seu material até ao seu formato, tamanho e o próprio processo
de forjadura.
Estas variações
conferiram-lhes várias diferenças em relação à resistência, durabilidade,
manuseio e forma. Por exemplo, uma espada larga teria maior poder de ataque,
mas seria mais lenta do que uma espada mais fina e leve. Uma katana seria
bastante boa para cortar e teria uma vasta combinação de ataques, devido à sua
lâmina reta de um gume, no entanto, não é boa para estocar. Um florete é bom
para estocadas, porém só é possível atacar horizontalmente. Uma espada longa
como uma espada
montante seria boa para atacar a grande distância, mas é pouco ágil e
bastante pesada, além de ser de difícil manuseio. Uma espada curva com a ponta
pesada (cimitarra) é boa
para atacar um oponente com cortes longitudinais, mas é também muito lenta. Já
o punhal é
bastante ágil, porém tem um curto alcance.
Durante muito
tempo, a espada foi a principal arma para combate corpo-a-corpo, sendo usada
tanto pela Infantaria quanto
pela Cavalaria. Mesmo com
o advento das armas de fogo, continuou a ser usada como instrumento bélico.
Seu significado
permanece forte na História Antiga e Moderna. Apesar de algumas unidades de
polícia montada ainda adotarem a espada (inclusive para praças), atualmente ela
é principalmente um elemento simbólico em celebrações militares. Representa a
justiça e autoridade do oficial nas Forças Armadas. Em
algumas artes marciais como o kenjutsu, a prática
do manejo da espada é um veículo para o desenvolvimento espiritual.
Designa
especificamente uma das armas usadas, não sendo neste caso sinónimo de florete ou sabre, as outras
disciplinas da modalidade.
Peso máximo: 770g
Comprimento
máximo da lâmina: 90 cm
Estátua
de Pier Gerlofs Donia, guerreiro lendário, segurando sua espada, cujo
comprimento era de 213 cm.
Dependendo do país,
as espadas podem ter formatos e tamanhos diferentes. No Japão, ela é
conhecida como katana; as
espadas japonesas são feitas artesanalmente e podem levar até um ano para
ficarem prontas, contudo seu corte e peso são precisos para que seja possível
manejá-las com facilidade.
Talvez devido à
influência da cultura de
massa, em especial dos filmes de
artes marciais e videogames japoneses,
alimentou-se o mito de
que as espadas ocidentais, de dois gumes e lâmina reta, eram pesadas e de
difícil manejo, em comparação com a katana e outras armas orientais. A
comparação entre peças históricas do Ocidente e do Oriente mostra precisamente
o contrário, no entanto. A espada foi popularizada, principalmente, pelos
livros de histórias medievais.
A espada era o
instrumento bélico favorito na Idade Média (seguido
pelo arco e
pela lança). É uma
arma de curto alcance e, pelos conceitos da época, bem perigosa.
A espada era
utilizada em grande escala nessa época, nas Guerras Santas, nas
batalhas contra os mouros etc.
Entre 1300 e 1550,
durante o Renascimento, a espada
era um instrumento bastante utilizado nos conflitos ocorridos na época, assim,
novos projetos quanto à forma da lâmina foram desenvolvidos a um ritmo bastante
rápido comparativamente com a Idade Antiga. Uma das
mais significantes mudança foi o aumento do cabo, permitindo o uso ambidestro,
e, consequentemente, uma maior lâmina. Este tipo de espada, designada Langes
Schwert (espada longa / montante) ou Spadone,
era relativamente frequente entre 1350 d.C. e 1550 d.C.
Esta variante era
uma espada especializada para perfurar as armaduras. O montante ou espada
longa foi popularizado pela capacidade de circunscrever uma grande
distância, de corte e de pressão, para além de permitir golpear o adversário do
alto.
No século XVI,
houve uma tendência significante no aumento do tamanho das espadas e na
diminuição da armadura, visto que a força em conciliação com a rapidez seriam
fulcrais para determinação da vida ou da morte.
Outra espada
utilizada nesse período da história foi
a Tizona. Com uma
lâmina comprida e estreita, esta espada foi popular desde o período Medieval até à
Renascença, sendo a arma mais comum daquela época, principalmente em Itália, Portugal, Espanha e França nos
séculos XVI e XVII.
Esta arma era ideal
para golpes de perfurações, possuindo uma proteção guarda-mão. Apesar da sua
finura, esta tinha a largura suficiente para cortar a golpe, no entanto o seu
poder encontra-se na habilidade de perfuração. Estas características
distinguem-nas das mais antigas espadas europeias de um punho como é exemplo
o gládio. Este era
diferente tanto no seu curto tamanho, como na espessura e capacidade de
perfuração. A Tizona podia atingir 1,5 metros de comprimento só de lâmina, e
apenas 2,5cm a 3cm de largura. O seu desenvolvimento começou em meados de 1500
nas cortes reais da Espanha, evoluindo para uma forma mais delgada, onde os
guarda-mãos com filetes de metal extensivos de proteção da mão, com anéis que
se estendiam do guarda-mão pela lâmina, sofrem uma pequena alteração. Esses
mesmos anéis foram cobertos com chapas e eventualmente evoluíram para os punhos
de copo da Rapieiras do
século XVII.
Contudo, foi na
renascença que as armas de fogo tiveram
o seu lugar. Estas foram introduzida das para combatentes individuais, tal como
o arcabuz, o bacamarte e
o canhão de mão, o que determinou o destino da espada em todo o
mundo.
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