sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ESPADA

História

 A mais lendária de todas as armas da antiguidade

Espada medieval

A palavra espada é comumente usada para se referir a uma série de "armas brancas" longas, formadas por uma lâmina e uma empunhadura; abrangendo, por extensão, objetos como o sabre, o florete, o gládio, o espadim e a katana, dentre outros. A espada, na verdade, é formada por uma lâmina comprida, normalmente reta e pontiaguda, de metal, com gume num ou nos dois lados, dependendo do tipo.
A palavra é derivada do latim spatha, um modelo de espada usada no fim do império romano e por um longo período da idade média.



Diagrama de uma espada típica e sua bainha.

A espada é formada basicamente por uma lâmina de metal, com gumes em ambos ou num dos dois lados, e uma ponta. Essa lâmina é fixada a um cabo, feito de metal ou madeira. Outrora, mestres forjadores europeus, árabes e orientais estabeleceram as regras principais da lâmina: concisa, formato variável, tenaz, resistente ao combate. Diversos materiais e forjaduras deram forma às espadas, do bambu ao titânio. Inicialmente utilizava-se uma espada curta e direta. Porém, ao longo da história existiram muitos outros tipos de espada com diferentes características variando desde o seu material até ao seu formato, tamanho e o próprio processo de forjadura.
Estas variações conferiram-lhes várias diferenças em relação à resistência, durabilidade, manuseio e forma. Por exemplo, uma espada larga teria maior poder de ataque, mas seria mais lenta do que uma espada mais fina e leve. Uma katana seria bastante boa para cortar e teria uma vasta combinação de ataques, devido à sua lâmina reta de um gume, no entanto, não é boa para estocar. Um florete é bom para estocadas, porém só é possível atacar horizontalmente. Uma espada longa como uma espada montante seria boa para atacar a grande distância, mas é pouco ágil e bastante pesada, além de ser de difícil manuseio. Uma espada curva com a ponta pesada (cimitarra) é boa para atacar um oponente com cortes longitudinais, mas é também muito lenta. Já o punhal é bastante ágil, porém tem um curto alcance.


Durante muito tempo, a espada foi a principal arma para combate corpo-a-corpo, sendo usada tanto pela Infantaria quanto pela Cavalaria. Mesmo com o advento das armas de fogo, continuou a ser usada como instrumento bélico.
Seu significado permanece forte na História Antiga e Moderna. Apesar de algumas unidades de polícia montada ainda adotarem a espada (inclusive para praças), atualmente ela é principalmente um elemento simbólico em celebrações militares. Representa a justiça e autoridade do oficial nas Forças Armadas. Em algumas artes marciais como o kenjutsu, a prática do manejo da espada é um veículo para o desenvolvimento espiritual.
Finalmente, há também o lado desportivo, representado por disciplinas como a Esgrima e o Kendo.
Designa especificamente uma das armas usadas, não sendo neste caso sinónimo de florete ou sabre, as outras disciplinas da modalidade.
Peso máximo: 770g
Comprimento máximo da lâmina: 90 cm
Comprimento máximo total: 110 cm

Estátua de Pier Gerlofs Donia, guerreiro lendário, segurando sua espada, cujo comprimento era de 213 cm.

Dependendo do país, as espadas podem ter formatos e tamanhos diferentes. No Japão, ela é conhecida como katana; as espadas japonesas são feitas artesanalmente e podem levar até um ano para ficarem prontas, contudo seu corte e peso são precisos para que seja possível manejá-las com facilidade.
Talvez devido à influência da cultura de massa, em especial dos filmes de artes marciais e videogames japoneses, alimentou-se o mito de que as espadas ocidentais, de dois gumes e lâmina reta, eram pesadas e de difícil manejo, em comparação com a katana e outras armas orientais. A comparação entre peças históricas do Ocidente e do Oriente mostra precisamente o contrário, no entanto. A espada foi popularizada, principalmente, pelos livros de histórias medievais.


A espada era o instrumento bélico favorito na Idade Média (seguido pelo arco e pela lança). É uma arma de curto alcance e, pelos conceitos da época, bem perigosa.
A espada era utilizada em grande escala nessa época, nas Guerras Santas, nas batalhas contra os mouros etc.
Entre 1300 e 1550, durante o Renascimento, a espada era um instrumento bastante utilizado nos conflitos ocorridos na época, assim, novos projetos quanto à forma da lâmina foram desenvolvidos a um ritmo bastante rápido comparativamente com a Idade Antiga. Uma das mais significantes mudança foi o aumento do cabo, permitindo o uso ambidestro, e, consequentemente, uma maior lâmina. Este tipo de espada, designada Langes Schwert (espada longa / montante) ou Spadone, era relativamente frequente entre 1350 d.C. e 1550 d.C.
Esta variante era uma espada especializada para perfurar as armaduras. O montante ou espada longa foi popularizado pela capacidade de circunscrever uma grande distância, de corte e de pressão, para além de permitir golpear o adversário do alto.
No século XVI, houve uma tendência significante no aumento do tamanho das espadas e na diminuição da armadura, visto que a força em conciliação com a rapidez seriam fulcrais para determinação da vida ou da morte.
Outra espada utilizada nesse período da história foi a Tizona. Com uma lâmina comprida e estreita, esta espada foi popular desde o período Medieval até à Renascença, sendo a arma mais comum daquela época, principalmente em ItáliaPortugalEspanha e França nos séculos XVI e XVII.
Esta arma era ideal para golpes de perfurações, possuindo uma proteção guarda-mão. Apesar da sua finura, esta tinha a largura suficiente para cortar a golpe, no entanto o seu poder encontra-se na habilidade de perfuração. Estas características distinguem-nas das mais antigas espadas europeias de um punho como é exemplo o gládio. Este era diferente tanto no seu curto tamanho, como na espessura e capacidade de perfuração. A Tizona podia atingir 1,5 metros de comprimento só de lâmina, e apenas 2,5cm a 3cm de largura. O seu desenvolvimento começou em meados de 1500 nas cortes reais da Espanha, evoluindo para uma forma mais delgada, onde os guarda-mãos com filetes de metal extensivos de proteção da mão, com anéis que se estendiam do guarda-mão pela lâmina, sofrem uma pequena alteração. Esses mesmos anéis foram cobertos com chapas e eventualmente evoluíram para os punhos de copo da Rapieiras do século XVII.
Contudo, foi na renascença que as armas de fogo tiveram o seu lugar. Estas foram introduzida das para combatentes individuais, tal como o arcabuz, o bacamarte e o canhão de mão, o que determinou o destino da espada em todo o mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário