O peixe-boi
marinho que se encontra criticamente ameaçado de extinção, e o amazônicos,
é considerado como vulnerável à extinção
Os peixes-bois,
vacas-marinhas ou manatins constituem uma designação comum aos mamíferos aquáticos, sirênios,
como os dugongos, mas da família dos triquequídeos
(Trichechidae). Possuem um grande corpo arredondado, com aspecto semelhante ao
das morsas.
O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) pode medir até quatro metros e pesar 800
quilos, enquanto o peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) é menor e atinge 2,5 metros e pode
pesar até 300 quilos.
Habitam geralmente em águas costeiras e
estuarinas quentes e rasas e pântanos,
enquanto o peixe-boi-da-amazônia habita apenas em águas doces das bacias dos
rios Amazonas e Orinoco.
Todas
as espécies encontram-se ameaçadas de extinção e estão protegidas por leis
ambientais em diversas partes do mundo. São animais de hábitos solitários,
raramente vistos em grupo fora da época de acasalamento.
Alimentam-se
de algas, aguapés, capins aquáticos entre outras vegetações
aquáticas e podem consumir até 10% de seu peso em plantas por dia e podem passar até oito horas por
dia se alimentando. Durante os primeiros dois anos de vida vivem com suas
mães e ainda se alimentam de leite.
O
peixe-boi tem uma média de 500 a 550 quilogramas de massa e comprimento médio
de 2,8 a 3 metros, com máximas avistadas de 3,6 metros e 1 775 quilogramas (as
fêmeas tendem a ser maiores e mais pesadas). Ao nascer, um filhote de peixe-boi
tem uma massa média de trinta quilogramas.
O
corpo é robusto e maciço, com cauda achatada, larga e disposta de forma
horizontal. O peixe-boi-marinho tem a pele rugosa, com a cor variando entre cinza e
marrom-acinzentado. A cabeça fica bem junto ao corpo. Pode-se quase afirmar que
não tem pescoço,
apesar de conseguir movimentar a cabeça em todas as direções. Tem olhos bem
pequenos, mas enxerga bem, sendo capaz até mesmo de reconhecer cores. O narizestá bem em cima do focinho, com duas grandes
aberturas. Não tem orelhas:
os ouvidos são
dois pequenos orifícios um pouco atrás dos olhos. Além de escutar os ruídos ao seu redor, o
peixe-boi também pode se comunicar através de pequenos gritos chamados
vocalizações. Esta comunicação é muito importante entre a mãe e o filhote. A
mãe é capaz de reconhecer o seu filhote entre muitos outros apenas pela localização.
Para
nadar, o peixe-boi impulsiona sua nadadeira caudal, usando as duas nadadeiras
peitorais para controlar os movimentos. Apesar de bastante pesado, consegue ser
bem ágil dentro d'água, fazendo muitas manobras e ficando em várias posições.
Metade
do dia de um peixe-boi é gasto dormindo na água, subindo para tomar ar
regularmente em intervalos não superiores a vinte minutos. Por ser um mamífero, o peixe-boi precisa ir à superfície para respirar.
Como os outros mamíferos,
ele respira pelos pulmões.
Nos seus mergulhos normais, fica apenas de um a cinco minutos debaixo d'água.
Já em repouso, pode permanecer até 25 minutos submerso sem respirar.
Emitem
uma ampla gama de sons na comunicação, especialmente entre as fêmeas e os
machos durante o contato sexual, mas também entre os adultos durante jogos e
comportamentos habituais. Podem usar
sabor e odor, além da visão, som e tato, para se comunicar. São capazes de
aprender diferentes tarefas e mostram sinais de aprendizagem complexas ou longa
memória, tal como golfinhos e Pinípedes,
segundo estudos visuais e acústicos.
Peixe-boi e filhote.
Possuem
taxa reprodutiva muito baixa pois a fêmea, chamada peixe-mulher, segundo
o Dicionário Aurélio, tem geralmente um filhote, mas há casos de nascimentos de gêmeos.
Os
peixes-bois não têm nenhuma diferença sexual externa fácil de ser notada. Na
fêmea, a abertura genital (a vagina) fica mais próxima do ânus, enquanto no macho
(no caso, o pênis)
fica mais próxima do umbigo. O pênis só sai da abertura genital no momento do
acasalamento. No resto do tempo, está sempre "guardado".
Vários
machos podem copular com uma mesma fêmea, o cio dura um longo período, mas apenas um deles
irá fecundá-la. A reprodução da espécie é lenta, pois o período de gestação das
fêmeas é longo: treze meses. Depois, a mãe amamenta o filhote durante um
período entre um e dois anos. Por causa disso, a fêmea tem apenas um filhote a
cada quatro anos, pois ela só volta a entrar no cio outra vez um ano depois de
desmamar e tirando a época em que as mães estão com os seus jovens do sexo
masculino ou feminino, os peixes-boi geralmente são criaturas solitárias.
Nos
primeiros dias de vida, o filhote alimenta-se exclusivamente do leite da mãe. O
leite materno é importante para o desenvolvimento do filhote: é um alimento
completo que o ajuda no crescimento e funciona como uma vacina, protegendo-o nos primeiros tempos de vida.
Durante o período de amamentação é possível notar as mamas na fêmea.
Um peixe-boi.
O assoreamento dos estuários onde as fêmeas dão à luz os filhotes é
outro motivo para ameaça de extinção desta
espécie.
Peixe-boi das antilhas.
O
peixe-boi-da-amazônia (T. inunguis) é uma espécie de peixe-boi que vive
nos habitats de
água doce do rio Amazonas e seus afluentes. Sua cor é cinzenta acastanhada e eles têm uma
pele enrugada e grossa, muitas vezes com pêlos grossos, ou "bigodes".
Seu principal predador é também o homem. O governo brasileiro proibiu a caça do
peixe-boi desde 1973,
em um esforço para preservar a espécie. Mortes por barcos, no entanto, ainda
são comuns.
No Brasil há duas espécies de peixe-boi: o Trichechus
manatus manatus, peixe-boi
marinho que se encontra criticamente ameaçado de
extinção, e o Trichechus inunguis que vive nos rios amazônicos,
considerado como vulnerável à extinção. Calcula-se que existam cerca de
500 peixes-boi marinhos na costa brasileira, não existem estudos ou
pesquisas que revelem estimativas populacionais para o número de indivíduos de
peixes-bois da Amazônia.
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