Município da Bahia
É uma cidade
localizada no encontro do Rio Grande com o Rio São Francisco, no Médio trecho do rio principal.
A rica história do município da Barra
começa por volta de 1670...
Quando um curral da Casa da Torre, de
Dias D’Ávila, foi implantado nas barrancas do Rio Grande, exatamente onde suas
águas se juntam às do rio São Francisco.
Surge aí a Fazenda da Barra do Rio
Grande do Sul (do Rio Grande do Sul para evitar confusão com o Rio Grande do
Norte).
Junto aos sertanistas vieram os padres
para catequizar os índios dessas terras. Construiu-se então uma capela. A
capela de São Francisco das Chagas, da Barra do Rio Grande do Sul.
A fazenda cresceu e virou arraial.
Em 1698, o arraial passou a povoação.
Isso, por determinação de Dom José I, rei de Portugal.
A Carta Régia foi assinada pelo então
governador geral do Brasil, Dom João de Lancastro. Depois disso, o local ficou
oficialmente conhecido como Povoação de São Francisco das Chagas, da Barra do
Rio Grande do Sul. Distrito da Vila de Cabrobó, Capitania de Pernambuco.
Novos moradores chegavam de outras
partes do país e até do exterior.
A povoação cresceu e em 1752
transformou-se em vila - Vila de São Francisco das Chagas, da Barra do Rio
Grande do Sul; porém o novo status só foi efetivado no ano seguinte, em 1753.
Nessa época, a economia da Vila era
promovida pela criação de gado, pela lavoura e pelo beneficiamento de carnes e
peixes. A população era composta por vaqueiros,
lavradores, pescadores, produtores de
rapadura, de cachaça, caixeiros viajantes... Nobres e plebeus, escravos e
senhores conviviam pacificamente.
Por mais de setenta anos a Vila de São
Francisco das Chagas, da Barra do Rio Grande do Sul, esteve subordinada a
Pernambuco e depois a Minas Gerais. Só em 1827, depois que o Brasil se tornou
independente de Portugal, Dom Pedro I, Imperador do Brasil, incorporou à
Província da Bahia a Comarca do Rio São Francisco com sede na Vila da Barra.
Apesar disso, a Igreja, que era o
outro grande poder da época, só transferiu a Vila da Barra da diocese de
Pernambuco para a diocese da Bahia em 1853.
Naquela época a única forma de
comunicação com outras localidades era através de uma única linha de correio
que ligava a Vila da Barra à Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Funcionava com
homens viajando a pé carregando malas de correspondências que tinham a
obrigação de passar pela Vila três vezes por mês.
Só em 1902 a situação melhorou. O
vapor Saldanha Marinho começou a trafegar regularmente entre Pirapora, Minas
Gerais e Juazeiro na Bahia, passando pela Vila da Barra.
Finalmente, em 16 de junho de 1873, a
Vila foi promovida a cidade – Cidade Florescente da Barra do Rio Grande. No
mesmo ano reduziu-se a denominação e passou a ser chamada Barra do Rio Grande.
Em 1931 ficou apenas Barra.
Em sua marcha ascendente, Barra
atingiu o século XX desfrutando de situação privilegiada entre as unidades
municipais mais prósperas do Estado. Até a metade do século XX, quando a
navegação fluvial representava o principal meio de transporte do Rio São
Francisco, a Barra era um dos mais importantes entrepostos comerciais do vale
do Rio
da Unidade Nacional, da
bacia do seu afluente, o Rio Grande, e também do subafluente, o Rio Preto, os
quais, por sua vez, interligavam esta região com os estados de Goiás e Piauí.
Ainda no século XX, a partir da década
de sessenta, com a implantação do transporte rodoviário como meio prioritário
no país, a navegação fluvial na Região do São Francisco perdeu a importância.
Dessa forma, a Barra que apesar de ser um dos grandes centros comerciais da época, não foi beneficiada com a estrada de rodagem, entrou em decadência e permaneceu por décadas à margem do desenvolvimento.
Importantes instituições já instaladas no município como a Capitania dos Portos, o IBGE, a Codevasf, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, a Receita Federal, a Fundifran, entre outras. Além de diversas empresas comerciais, fecharam suas unidades na cidade.
Dessa forma, a Barra que apesar de ser um dos grandes centros comerciais da época, não foi beneficiada com a estrada de rodagem, entrou em decadência e permaneceu por décadas à margem do desenvolvimento.
Importantes instituições já instaladas no município como a Capitania dos Portos, o IBGE, a Codevasf, a Caixa Econômica Federal, o Bradesco, a Receita Federal, a Fundifran, entre outras. Além de diversas empresas comerciais, fecharam suas unidades na cidade.
Em consequência, grande parte da
população, deixou o município à procura de melhorias, já que a Barra não
oferecia qualquer oportunidade de trabalho. Os antigos distritos de Buritirama
e Muquém emanciparam-se, levando consigo boa parte dessa população e das áreas
apropriadas à agropecuária, enfraquecendo ainda mais a economia local.
Entretanto, as tradições culturais e
históricas da Barra não permitiram que ela desaparecesse nesse turbilhão de
abandono e descaso. A esperança não morreu no coração dos barrenses e o seu
bairrismo e sentimento de amor à terra, constituíram os ingredientes que serviram
para alimentar a busca por melhores dias.
Finalmente, a rodovia...
Em 1998 o município da Barra foi
ligado a Salvador e a Brasília por estradas asfaltadas: via Xique-Xique -Irecê
- Feira de Santana (BA-160) e Ibotirama - Barreiras (BA-161), respectivamente.
Também, foi feita a pavimentação da pista do aeroporto local. Os sinais de
recuperação começaram a aparecer, vislumbrando-se a retomada do
desenvolvimento.
Paralelamente a esse acontecimento foi
idealizado, criado e instalado no município o Projeto Brejos da Barra, um
programa de cunho socioeconômico, com apoio da Codevasf, que realizou um
trabalho importantíssimo para o desenvolvimento da zona rural da Barra, com a
construção de obras de relevância social, educacional e econômica.
A partir de 2001 a Barra deu uma
significativa guinada à procura de recuperação social, econômica e cultural,
cujos resultados positivos verificam-se em todos os setores da sociedade
organizada e em toda a área territorial do município.
Temos hoje uma Nova Barra que inspira
progresso e motiva seus moradores a trabalharem em demanda de um crescimento
rápido, para voltar a colocar o município em lugar de destaque no contexto das
demais unidades prósperas da Bahia e do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário