quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

 
Eis um prefeito zerou a corrupção em seu município

Colaboração de JOSÉ MENDONÇA
Ex-prefeito do Município de Ipiaú-BA
             
  
Eu não tinha projeto para ser prefeito, sim parlamentar. Eleito prefeito, a prioridade foi implantar corrupção zero. Prefeito não pode deixar de merecer a confiança do povo. Antes de assumir, procuramos a Ernest Young para auditar a prefeitura. Encontramos o município inadimplente, devendo o equivalente a dois orçamentos anuais, duas folhas sem pagar e sem recolher à Previdência Social. Não foi possível o contrato.

No primeiro mês de governo desconsideramos liminar e passamos a recolher os encargos sociais à Previdência. Não admitíamos o município dar exemplo de sonegador de imposto. Administramos com orçamento de onze meses, o valor de um mês, destinávamos para pagar os débitos de gestões passadas. Tiramos o município da inadimplência.


Assumi a auditoria da minha própria administração. Conferia toda a documentação antes de enviar as contas para o Tribunal de Contas dos Municípios. Inspirados na CGU - Controladoria Geral da União, criamos a CGM – Controladoria Geral do Município, composta por vinte e cinco estudantes universitários, jovens sérios, capacitados, indicados pelas universidades.

Conferiam contas de telefone, luz, água para verificar possíveis desperdícios. Auditavam alimentação escolar, transporte escolar, cesta básica, Bolsa Família in loco. Encaminhavam relatórios ao prefeito, eram apresentados em reunião aos secretários. Todos tinham cuidado com denúncias, sabiam que encaminharíamos ao Ministério Público.

Criamos o Conselho Operacional de Saúde composto pelas enfermeiras, como também o Grupo Qualidade Total, (conheci no Japão em 1984, CCQ – Círculo de Controle de Qualidade), reuniões mensais. Secretários e diretores discutiam a qualidade da administração, apresentavam ideias, pequenos e grandes projetos.

Criamos a Comissão da Cidade, um veículo com três pessoas percorrendo cidade e zona rural. Irregularidades, tomávamos providências. Não admitíamos ruas sujas, tanto no centro como nos bairros da sociedade trabalhadora, nem ambulantes, veículos e bicicletas nos passeios. Construção só com alvará.

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