Mário Pinheiro: pioneiro da
indústria fonográfica nacional e um tremendo gozador
Esta música
foi gravada em 1905, mas a qualidade técnica é boa, embora a letra nem tanto,
mas é uma relíquia. Desculpem a irreverênccia da letra (para os dias atuais)*.
Mário Pinheiro (1880-1923) tentou a
vida como palhaço de circo, mas não arrancou as risadas que esperava. Então,
resolveu soltar a voz, acompanhando-se ao violão. Foi um dos pioneiros artistas da Casa Edison, do Rio de Janeiro, a primeira empresa dedicada à gravação de discos
no Brasil. Uma estrela da música no começo do século passado, o artista
fluminense, nascido em Campos, gravou um punhado de compositores importantes na
época – a lista vai de Carlos Gomes a Catulo da Paixão Cearense, passando por
Ernesto Nazareth e Anacleto de Medeiros. De Chiquinha Gonzaga, registrou O Gaúcho, também conhecido como o
clássico Corta-Jaca, em dueto com Pepa Delgado. Seu vasto repertório incluía até bobagens
como esta aqui:
*Naquela época buceta queria dizer
unicamente: caixinha onde se guardava o rapé.
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