segunda-feira, 16 de março de 2015

MARRAQUEXE

UM TOUR PELO MUNDO


A “cidade vermelha” ou a “pérola do sul”, plena de encantos e mistérios.
  


MarráquexeMarraquexe ou Marrakech (em árabe: مراكش; em tifinagh: ⵎⵕⵕⴰⴽⵛ) é uma cidade do centro-sudoeste do Marrocos, situada perto do sopé norte da cordilheira do Alto Atlas. Conhecida como a "cidade vermelha", a "pérola do sul" ou a "porta do sul", é a capital da prefeitura homônima, a qual faz parte da região de Marrakech-Tensift-Al Haouz.
  


É a quarta maior cidade do país, a seguir a Casablanca, Fez e Rabat. Situa-se 580 km a sudoeste de Tânger, 327 km a sudoeste de Rabat, 240 km a sudoeste de Casablanca e 246 km a nordeste de Agadir. É provavelmente a mais importante das chamadas quatro cidades imperiais de Marrocos (as outras são Fez, Meknès e Rabat) e a que atrai mais turistas.



A zona é habitada desde o Neolítico, quando agricultores berberes ali viviam, mas a cidade só foi fundada em 1062 por Abu Bakr ibn Umar, caudilho e primo do rei almorávida Yusuf ben Tasufin. No século XII os Almorávidas construíram muitas madraças (escolas islâmicas) e mesquitas na cidade que apresentavam influências da arquitetura do al-Andalus (Ibéria muçulmana). As muralhas avermelhadas da cidade, construídas por Ali ibn Yusuf em 1122-1123 e vários edifícios construídos em pedra igualmente avermelhada durante este período estão na origem de uma das suas alcunhas — "cidade vermelha" ou "cidade ocre".



Marraquexe desenvolveu-se rapidamente e tornou-se um centro cultural, religioso e comercial para o Magrebe e para a região subsariana de África. A Praça Jemaa el-Fna ainda hoje é a mais movimentada e animada de África; em 2001 foi inscrita nas listas do Património Oral e Imaterial da Humanidade. Depois de um período de declínio, a cidade foi ultrapassada por Fez, mas no princípio do século XVI tornou-se novamente a capital de Marrocos. Marraquexe ganhou de novo a sua proeminência durante os reinado dos ricos sultões saadianos Abu Abdallah al-Qaim(r. 1509–1517) e Ahmed al-Mansur (r. 1578–1603), que a embelezaram com sumptuosos palácios como o El Badi (1578) e restauraram muitos monumentos em ruínas. A partir do século XVII, a cidade tornou-se popular entre os peregrinos sufistas devido a nela se situarem os túmulos dos chamados Sete Santos de Marraquexe. Em 1912 foi estabelecido o Protetorado Francês de Marrocos. Thami El Glaoui, um líder feudal berbere tão controverso como notório, teve o título de Paxá de Marraquexe (uma espécie de governador fantoche da administração colonial francesa para certos assuntos) ao longo de praticamente todo o período em durou o protetorado. Em 2009, Fatima Zahra Mansouri tornou-se a segunda mulher a ser eleita prefeita em Marrocos.


À semelhança de muitas cidades marroquinas, Marraquexe tem uma parte antiga (ou almedina), correspondente à cidade primitiva, cercada de muralhas, fortificada, com ruas pejadas de lojas e vendedores de rua, rodeada por bairros modernos, nomeadamente Gueliz, o mais elegante deles, situado junto ao centro. Atualmente é uma das cidades mais movimentadas em África e é simultaneamente um importante centro económico e um destino turístico de fama mundial. O desenvolvimento turístico é uma das prioridades de Mohammed VI, o monarca reinante de Marrocos, que tem como objetivo duplicar o número de turistas estrangeiros que visitam Marrocos anualmente, cujo número se espera chegar aos 20 milhões em 2020. Apesar da recessão económica, o setor imobiliário e a abertura de hotéis subiu acentuadamente em Marraquexe nos primeiros anos do século XXI. A cidade é particularmente popular entre os franceses e muitas celebridades francesas têm lá propriedades. Marraquexe tem também o maior zoco (suq, mercado tradicional) berbere, com os 18 zocos especializados que se concentram na almedina, onde se vendem e por vezes também se fabricam os mais variados produtos, que vão desde os tapetes tradicionais berberes até à eletrônica de consumo moderna.


 O artesanato ocupa uma parte significativa da população, e a sua produção destina-se principalmente aos turistas.
Marraquexe é servida pelo Aeroporto Marrakech-Menara (IATA: RAK, ICAO: GMMX) e por uma ligação ferroviária com Casablanca e o norte do país. Na cidade há várias escolas e universidades, nomeadamente a Universidade Cadi Ayyad. Há igualmente vários clubes de futebol, como KAC Marrakech, o Najm de Marrakech, o Mouloudia e o Chez Ali Club. O circuito urbano Moulay el Hassan acolhe o provas de automobilismo do WTCC, o Auto GP e Fórmula 2 FIA.

Hotel

Uma possível origem apontada para o topônimo é a expressão berbere mur (n) akuch, que significa "Terra de Deus". Em português encontram-se as formas "Marrakesh" (grafia inglesa) ou "Marrakech" (grafia francesa), predominantes no Brasil; "Marraquexe", a forma utilizada oficialmente em português pela União Europeia; e "Marráquexe", a única admitida pelo DOELP de José Pedro Machado, pelo Vocabulário da Língua Portuguesa de Rebelo Gonçalves e pelo brasileiro Antenor Nascentes.



  
Estudiosos condenam a grafia "Marrakech", amplamente usada no Brasil, por influência do francês; e ainda menos recomendada é a forma "Marrakesh", copiada diretamente do inglês. 


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