segunda-feira, 6 de abril de 2015

CIDADE DE BAMBERG – ALEMANHA

Um tour pelas pequenas cidades europeias
  


A cidade das cervejas

Bamberg ou Bamberga é uma cidade no estado da Baviera, Alemanha. Está localizada na região administrativa de Oberfranken. Bamberg é uma cidade independente (Kreisfreie Stadt) ou distrito urbano (Stadtkreis), ou seja, possui estatuto de distrito (kreis).



A cidade é um importante centro econômico e cultural na região da Francônia. Aqui localiza-se a sede do Arcebispado de Bamberg (em latim: Archidioecesis Bambergensis) e a Universidade Otto-Friedrich-Universität Bamberg.
A Cidade Histórica de Bamberg (Altstadt) totalmente intacta foi reconhecida em 1993 pela UNESCO como patrimônio mundial.



Durante os séculos pós-romanos de migração e colonização germânica, a região posteriormente incluída na Diocese de Bamberg era habitada maioritariamente por eslavos. A localidade, mencionada pela primeira vez em 902, cresceu ao redor do castelo (Babenberch) que deu o nome à família Babenberg. Após a sua extinção passou para a casa da Saxónia. A região foi cristianizada principalmente pelos monges Beneditinos da Abadia de Fulda, e a terra ficou sob autoridade espiritual da Diocese de Würzburg.


Em 1007, o Sacro Imperador Romano Henrique II da Germânia elevou Bamberg, uma herança de família, a sede de uma diocese separada. O propósito do imperador era tornar a Diocese de Würzburg mais bem governável em termos de tamanho, e reforçar o Cristianismo nos distritos da Francónia, a leste de Bamberg. Em 1008, após longas negociações com os Bispos de Würzburg e Eichstätt, que deveriam ceder porções das suas dioceses, foram definidos os limites da nova diocese, e no mesmo ano o Papa João XVIII concedeu a confirmação papal. A nova catedral foi consagrada a 6 de Maio de 1012, e em 1017 Henrique II fundou uma abadia Beneditina para treinamento do clero no Monte São Miguel, perto de Bamberg. O imperador e a sua esposa Cunigunda do Luxemburgo doaram grandes possessões temporais à nova diocese, e recebeu muitos privilégios dos quais se originou o poder secular do bispo (veja Weber em Historisches Jahrbuch der Gorresgesellschaft em 1899, pp. 326–345 e 617-639). No âmbito da sua visita a Bamberg (1020), o Papa Bento VIII colocou a diocese sob dependência direta da Santa Sé. Durante um curto período Bamberg foi o centro do Sacro Império Romano. Henrique e Cunigunda foram ambos sepultados na catedral.


A partir da segunda metade do século XIII, os bispos eram príncipes do Império e governaram Bamberg, exigindo a construção de edifícios monumentais. Em 1248 e 1260 a sé obteve grandes fatias das propriedades dos Condes de Meran, em parte por compra e em parte pela apropriação de condados extintos. O Antigo Bispado de Bamberg era composto por um território contínuo que se estendia desde Schlüsselfeld para nordeste em direção à Floresta Francónia, e possuía adicionalmente propriedades nos ducados da Caríntia e de Salzburgo, no Nordgau (atualmente Alto Palatinado), na Turíngia, e no Danúbio. As mudanças introduzidas com a Reforma reduziram este território praticamente a metade.


Os julgamentos de bruxas do século XVII fizeram centenas de vítimas em Bamberg e atingiram o clímax entre 1626 e 1631 sob o governo do Príncipe-Bispo Johann Georg II. A famosa Drudenhaus (prisão das bruxas), construída em 1627, não subsistiu até hoje; no entanto permanecem descrições detalhadas de alguns casos, como o de Johannes Junius.
Em 1647 foi fundada a Universidade de Bamberg com o nome de Academia Bambergensis.
Em 1759, as possessões e jurisdições da diocese situadas na Áustria foram vendidas àquele Estado. Aquando da secularização das terras da igreja (1802) a diocese cobria 3.305 km² e tinha uma população de 207.000. Bamberg perdeu assim a sua independência em 1802, e tornou-se parte da Baviera em 1803.
Bamberg foi ligada ao sistema ferroviário em 1844, que tem sido desde essa altura uma infraestrutura essencial.
Após a Primeira Guerra Mundial, quando uma revolta comunista tomou o controle da Baviera, o governo fugiu para Bamberg onde ficou quase dois anos, antes da capital bávara, Munique, ser recapturada pelo Freikorps (veja República de Weimar). A primeira constituição republicana da Baviera foi aprovada em Bamberg, que como tal é chamada Bamberger Verfassung (constituição de Bamberg).
Em 1973, a cidade celebrou o milenário da sua fundação.

Antiga Câmara Municipal próxima ao rio Regnitz

Antiga vila de pesadores "Pequena Veneza"

Taverna tradicional "Schlenkerla" de 1405

A cidade de Bamberg tem vários pontos turísticos, não só pelo fato da Cidade Histórica de Bamberg ter sido reconhecida pela UNESCO como patrimônio histórico, mas também porque a cidade conseguiu preservar seu caráter medieval ao longo do tempo.

Cervejas

Catedral Imperial de Bamberg 1237 (Kaiserdom), com a sepultura do papa Clemente II e a sepultura do imperador Henrique II e sua esposa (feita por Tilman Riemenschneider de 1499 a 1513);
Residência Antiga da Corte (Alte Hofhaltung) entre o século XVI e o séc.o XVII;
Residência Nova (Neue Residenz) do século XVII;
Câmara Municipal Antiga (Altes Rathaus) (1386), construída na ilha do rio Regnitz;
Pequena Veneza (Klein-Venedig), antigo bairro de pescadores de Bamberg ao longo do rio Regnitz;
Palácio Geyerswörth, antiga residência episcopal;

A feira de Bamberg

Castelo de Altenburg (1109), antiga residência episcopal de 1305 a 1553.
As cervejarias de Bamberg são de grande importância econômica, pois com apenas 70.000 habitantes a cidade tem no total dez cervejarias. A cerveja defumada (em alemão: Rauchbier) é a mais famosa, produzida pelas cervejarias Brauerei Schlenkerla e Brauerei Spezial.
A cerveja "Aecht Schlenkerla Rauchbier" é a mais conhecida não só na região da Francônia, mas também por um público internacional. A taverna tradicional Schlenkerla (desde 1405), sediada no Centro Histórico, é uma importante instituição na cidade.
Bamberg faz parte da região cervejeira Francônia (Bierfranken), que com mais de 300 cervejarias tem a maior densidade de cervejarias por número de habitantes do mundo.

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