sexta-feira, 1 de maio de 2015

BOM DIA PARA QUEM É DO DIA, BOA NOITE PARA QUEM É DA NOITE

 Leia aqui sobre o poeta baiano FRANCISCO MONIZ BARRETO


1º DE MAIO DE 2015

Comemoração
Dia Mundial do Trabalho


Epígrafe

“O homem deve criar as oportunidades e não somente encontrá-las. ” 
Francis Bacon

Dica do dia

1561 – 1626  

Francis Bacon, também referido como Bacon de Verulâmio foi um político, filósofo e ensaísta inglês, barão de Verulam, visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna.


“O homem cifra a sua felicidade e a sua glória naquilo que o atormenta. Despreza aqueles que lhe aliviam os males e afeiçoa-se àqueles que lhos aumentam. ” 
Francis Bacon

http://kdfrases.com

FRANCISCO MONIZ BARRETO

O poeta improvisador

Foi um poeta baiano que se perpetuou na literatura com a fama de ter sido grande e ágil repentista, superior no verso improvisado a todos aqueles que publicou como frutos da sua ponderação. Afirma-o Silvio Romero; segundo o crítico sergipano, também, Moniz Barreto não se esquecia dos versos improvisados. Claro que a improvisação é fenômeno de brilho social, fogo de artifício capaz de iluminar festinhas e deslumbrar nos ”outeiros”. Por mais talentoso que seja o poeta, sempre será tarefa do artista moldar a composição, como exigia Mário de Andrade, e essa tarefa não se improvisa. O fato assinalado por Sílvio Romero significa simplesmente que Moniz Barreto era poeta de certa cultura, mas não artista.
Sílvio ainda acentua que Moniz foi polarizador da vida literária baiana, e põe ênfase especial em asseverar que ele constituiu “a mais assombrosa personalização do talento improvisatório que o Brasil tem possuído”.
Ver...  e do que se  vê...*
Ver... e do que se vê logo abrasado
Sentir o coração de um fogo ardente,
De prazer um suspiro de repente
Exalar, e após ele um ar magoado;

Aquilo que não foi inda logrado,
Nem o será talvez, lograr na mente;
Do rosto a cor mudar continuamente,
Ser feliz e ser logo desgraçado;

Desejar tanto mais quão mais se prive;
Calmar o ardor que pelas veias corre,
Já querer, já buscar que ele se ative;

O que isto é, a todos nós ocorre:
- Isto é amor, e deste amor se vive;
Isto é amor, e deste amor se morre.
* O soneto acima é fruto de ‘repentismo’ de Moniz Barreto, constituindo uma glosa do último verso, que lhe foi dado por mote. Como peça improvisada, tem escassas debilidades, como aquele “fogo ardente”.
Fonte: (Poesia Romântica, Antologia – Melhoramentos, mês 11 de 1965 )

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