Arte
pictórica
O Obá Onâ Xokun dos terreiros de candomblé baianos
Carybé, nome
artístico de Hector Julio Páride Bernabó (Lanús, 7
de fevereiro de 1911 — Salvador, 2 de
outubro de 1997), foi um pintor,gravador, desenhista, ilustrador, ceramista, escultor, muralista,
pesquisador, historiador e jornalista argentino, brasileiro naturalizado e
residente no Brasil desde 1949 até sua morte.
Mural em
Buenos Aires.
No dia 7 de fevereiro de 1911, nasce em
Lanús, província de Buenos Aires, Hector Julio Paride Bernabó, que viria a
se tornar conhecido como Carybé. Veio ao mundo no dia 7, mas este só foi
informado oficialmente da chegada no dia 9, data que consta no seu registro.
Talvez em virtude dos dois aniversários por ano tenha nascido sua índole
festeira.
É o mais jovem dos cinco filhos de Enea Bernabó e
Constantina González de Bernabó.
Enea, natural de Fivizzano, região da Toscana, Itália,
tinha espírito aventureiro e correu o mundo. Começou suas andanças aos
dezessete anos, quando foi para os Estados Unidos, e não parou mais. Andou
muito até encontrar Dona Constantina, jovem de origem brasileira residente em
Posadas, Argentina. Casaram-se e recomeçaram as andanças. Tiveram cinco filhos:
Arnaldo, nascido no Brasil, Zora e Delia, no Paraguai, Roberto e Hector, na
Argentina.
E continuaram as andanças: nem bem o pequeno Hector
completava seis meses e a família já se mudava para a Itália. Lá, aprendeu as
primeiras letras. Viveram em Gênova até o início da Primeira Guerra
Mundial, em 1914, quando se mudaram para Roma, onde ficaram até 1919.
Todavia, a situação difícil do pós-guerra, aliada ao espírito andarilho,
já fazia com que Enea, sonhasse de novo com a América, onde em pouco tempo a
família desembarcava, desta vez na cidade do Rio de Janeiro.
Foi um começo difícil. Enea demorou a conseguir
trabalho. Entretanto, a esposa Constantina sabia muito e ia ensinando suas
artes aos filhos, que ajudavam no sustento da casa. A primeira morada foi em
Bonsucesso, trocada depois por outra na rua Pedro Américo, no Catete. Foi
nessa que deu-se uma mudança que marcaria para sempre a vida de Hector.
Escoteiro do Clube de Regatas do Flamengo, sua tropa era caracterizada pelos
apelidos de nomes de peixe: Hector escolheu se chamar Carybé, pequeno peixe
amazônico, apelido que o acompanhou para o resto da vida.
Carybé começou a trabalhar cedo, numa farmácia do
Rio. Depois, foi ajudante no atelier de cerâmica de seu irmão Arnaldo. Em 1928
ingressa na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, que cursa durante dois
anos.
Em 1929 seu outro irmão, Roberto, consegue
contratos para fazer as decorações de carnaval dos hotéis Glória e Copacabana
Palace. Os três irmãos trabalham duro, mas vale a pena: estes contratos rendem
a pequena fortuna de dezenove contos de réis e a decisão de Enea de retomarem
as andanças, desta vez com destino à Argentina, onde chegam a bordo do navio
Blue Star.
E é assim, tardiamente, que, aos dezoito anos,
Carybé vem a conhecer a terra onde nasceu.
A família
chega à Argentina junto com a crise econômica mundial. Não havia trabalho. A
dificuldade faz os irmãos aceitarem qualquer serviço que se apresente. Por fim,
ingressam no jornalismo. Na época os jornais contratavam desenhistas para
publicidade, charges e ilustrações, trabalho que Carybé desenvolve
paralelamente aos desenhos e pinturas que faz para satisfação pessoal.
Foi nessa
época que, a pedido de um amigo baiano, Josué de Barros, Carybé trabalha como
pandeirista de Carmen Miranda, quando esta se apresentava na Rádio
Belgrano, em Buenos Aires. Trabalho que acaba durando três temporadas. Na
quarta, Carmen chega acompanhada do conjunto “Bando da Lua”, e dispensa seu
pandeirista, dando mais uma contribuição, ainda que dessa vez inconsciente, à
arte. Carybé só não fica mais triste porque, coincidentemente, os músicos eram
seus velhos amigos, dos tempos da rua Pedro Américo.
Em 1938, os irmãos Bernabó foram contratados por um
novo jornal, “El Pregón”, em que Carybé consegue o trabalho dos seus sonhos:
viajar o mundo, herdeiro que era do espírito andarilho do velho Enea. De cada
porto visitado, deveria mandar desenhos e uma breve reportagem sobre suas
impressões do lugar. Assim, Carybé conhece Montevidéu, Paranaguá e
Santos. Daí, as cidades históricas de Minas. De volta ao mar, Vitória e,
finalmente, Salvador da Bahia, onde o aguardava uma surpresa que ele
descreve assim:
“Na posta
restante não havia dinheiro, só uma carta de meus irmãos dizendo que o jornal
tinha falido, que estavam tão duros quanto eu, que tivesse boa sorte... E
tive! Voltava, depois de seis meses de gostoso miserê, com os desenhos e
aquarelas de minha primeira exposição individual, e com a certeza de que meu
lugar, como pintor, era na Bahia.”
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De volta à Argentina, faz sua primeira exposição
conjunta, com o artista Clement Moreau, em 1939, no Museu Municipal de
Belas Artes, em Buenos Aires, onde também tem sua primeira exposição
individual, na galeria Nordiska Kompaniet.
Em 1941, faz as ilustrações do 1º Calendário Esso,
trabalho que lhe rende o dinheiro necessário para uma longa viagem: de barco,
caminhão e trem, percorre Uruguai, Paraguai e Brasil. Na volta à
Argentina, entra no país pela província de Salta, onde permanece.
Em 1944, faz sua terceira viagem à Bahia. Em
Salvador, aprende capoeira com mestre Bimba, frequenta candomblés (notadamente
o de Joãozinho da Gomeia), desenha e pinta.
Em 1945, realiza sua primeira exposição individual
no Brasil, na sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, no Rio de
Janeiro.
Em 7 de maio de 1946, casa-se com Nancy Colina
Bailey, em Tartagal, província de Salta, Argentina. Os recém-casados
seguem em lua-de-mel para o Rio de Janeiro. Em 6 de maio de 1947, nasce o
primeiro filho, Ramiro, em Buenos Aires.
Trabalha na série Conquista, de 1947 a 1949. Em
1949, publica Ajtuss, primeiro livro inteiramente escrito e ilustrado por
Carybé.
No fim de dezembro de 1949, Carybé deixa a
Argentina e vem ao Brasil. No Rio, recebe do amigo Rubem Braga uma
carta em que este pedia a Anísio Teixeira que lhe concedessem uma bolsa
de trabalho na Bahia.
Em 1º de janeiro de 1950 Carybé desembarca em
Salvador, desta vez para ficar.
Em 1951, expõe na Secretaria de Educação da Bahia o
resultado da bolsa de trabalho: a Coleção Recôncavo. No mesmo ano, ganha a
Medalha de Ouro da 1ª Bienal Internacional de Livros e Artes Gráficas, pelas
ilustrações do livro Bahia, Imagens da Terra e do Povo, de Odorico Tavares.
Em 1952, vai a São Paulo, trabalhar no
filme O Cangaceiro, de Lima Barreto. Fez 1600 desenhos de cena
(storyboard). Segundo consta, foi a primeira vez na história do cinema
em que um filme foi desenhado cena por cena. Carybé foi diretor artístico do
filme, tendo também participado dele como figurante.
Em 28 de agosto de 1953, nasce sua filha Solange,
em Salvador. Em 1955, ganha o 1º Prêmio Nacional de Desenho, na III Bienal
Internacional de Arte de São Paulo.
Em 1957, oficializa sua relação com o país que o
acolheu, naturalizando-se brasileiro. No mesmo ano é confirmado Obá de
Xangô do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, como Otun
Onã Shokun eIji Apógan na casa de Omolu.
Em 1958, viaja para São Paulo, para realizar o
mural do Banco Português. Ainda em 1958, viaja com Nancy para Nova Iorque,
seguindo daí para o México, a Guatemala, o Panamá e o Peru, chegando, em 1959,
à Bolívia e à Argentina, onde Nancy permanece.
Em 1959, ganha o concurso internacional para
escolher o artista que faria os grandes painéis do terminal da American
Airlines no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque. Em 1960,
chega àquela cidade para executar as obras.
Em 1961, é
homenageado com Sala Especial na VI Bienal Internacional de Arte de São Paulo.
No mesmo ano, inicia a série de crônicas e reportagens que publicaria no Jornal
da Bahia até 1969, sob o pseudônimo Sorgo de Alepo. Publica o álbum
de desenhos Carybé, pela coleção Mestres do Desenho.
Em 1962, faz exposição individual no Museu de Arte
Moderna, em Salvador, e publica o livro As Sete Portas da Bahia.
Em 1963, expõe no Nigerium Museum, em Lagos, e
recebe o título de Cidadão honorário da Cidade do Salvador. Desenha com índios,
pássaros e bichos o mapa do Brasil que decorava os aviões Electra II, da Varig.
Ao longo dos anos 60, cria vários painéis, dentre
os quais: em 1964, em concreto, fachada do edifício Bráulio Xavier, na praça
Castro Alves, em Salvador (15 por 5 metros); 1965, mural em concreto para a
fábrica da Willys, em Recife (Pernambuco) e Índios (óleo sobre
madeira), para o Banerj, no Rio de Janeiro; 1967, mural em concreto para
o Banco Bradesco, na agência da rua Chile, em Salvador, medindo 3X36m; e,
em 1968, Os Orixás, série de painéis em madeira para o Banco da Bahia.
Em 1966,
participa de exposições em Bagdá (patrocínio da Fundação
Calouste Gulbenkian) e Roma (coletiva no Palazzo Piero Cortona, realizada
por Assis Chateubriand). No mesmo ano publica Olha O Boi,
livro de sua autoria.
Em 1967 recebe o Prêmio Odorico Tavares como Melhor
Plástico de 1967. Em 1968, o quadro “Cavalos” é oferecido à rainha da
Inglaterra, como presente do Estado da Bahia, pelo governador Luís Viana.
No palácio da Aclamação, Carybé e Nancy participam da solenidade de entrega da
obra, onde encontram-se com a rainha Elizabeth II e o príncipe Philip,
Duque de Edimburgo.
Em 1969 ilustra Ninguém Escreve ao Coronel,
livro de Gabriel Garcia Márquez, iniciando uma parceria que levaria todos
os livros do autor publicados posteriormente no Brasil a serem ilustrados por
Carybé. Ainda em 1969, viaja com Pierre Verger para o Benin, na
África.
Em 1971,
percorre o Brasil com a exposição dos painéis Os Orixás (Rio de Janeiro, São
Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Recife
e Fortaleza). No Rio de Janeiro, acompanha ensaios do bailarino russo Rudolf
Nureyev, encontro que rende o álbum Nureyev. Ilustra Cem Anos de Solidão,
de Gabriel Garcia Márquez.
Em 1972, pinta o mural Nordeste (óleo sobre
madeira; 3 por 13 metros), para o BNB, em Salvador.
Participa, em 1973, da 1ª Exposição de Belas Artes
Brasil/Japão, em Tóquio, Atami, Osaca, São Paulo, Rio de Janeiro e
Brasília, sendo galardoado com a Medalha de Ouro. Ainda em 1973, cria o mural
da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (concreto; 11X16m).
Participa da Sala Especial - Homenagem a Tarsila do Amaral, Flávio de Carvalho
e Maria Martins, na XII Bienal de São Paulo.
Em 1974, publica o álbum de xilogravuras Visitações
da Bahia e, já em 1976, faz as ilustrações para o livro O Gato Malhado e
a Andorinha Sinhá, de Jorge Amado.
Em 1977, entrega duas estátuas para o Aeroporto
Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro e vence o III Concurso Nacional de
Artes Plásticas da Caixa Econômica. No mesmo ano, recebe o diploma Honra ao
Mérito Espiritual ao Obá de Xangô Onã Xokun do Culto Afro-Brasileiro Xangô das
Pedrinhas, de Salvador.
Em 1978 cria, para o Baneb, o mural Fundação da
Cidade de Salvador (técnica mista; 4X18m) e ilustra A Morte e a Morte de
Quincas Berro d'Água, de Jorge Amado.
Em 1979, faz o mural Oxóssi, no Parque da
Catacumba, no Rio de Janeiro (concreto; 2,20 por 1,10 metros). Publica Sete
Lendas Africanas da Bahia, pasta com xilogravuras de sua autoria.
Em 8 de maio de 1981, vê mais de 15 mil pessoas
comparecerem ao Largo do Pelourinho para comemorar seus 70 anos. Na
ocasião, lança o livro Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da
Bahia, fruto de trinta anos de pesquisas. Em junho de 1982, recebe o título
de Doutor Honoris Causa, da Universidade Federal da Bahia. Publica Uma
Viagem Capixaba, com Rubem Braga.
Em abril de 1983, inaugura a mostra Iconografia dos
Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, no The Caribbean Cultural
Center, em Nova Iorque. Desenha cenários e figurinos para o Balé Gabriela,
Cravo e Canela, apresentado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1984, na Cidade do México, faz a
exposição Semblanza de Dioses y Ritos Afrobrasileños, no Museo
Nacional de Las Culturas. Realiza exposição individual no Philadelphia
Arts Instituem, nos Estados Unidos. Cria a escultura Homenagem à Mãe Baiana
(bronze; 3,30 metros), em Salvador. Molda três murais para o Hotel da Bahia
(concreto; 108 metros quadrados) e pinta outro para o Aeroporto Internacional
de Salvador (óleo sobre tela; 2,08 por 5 metros).
Em 1985,
ilustra o livro Lendas Africanas dos Orixás, de Pierre Verger e faz
a cenografia e os figurinos da ópera La Bohème, encenada no Teatro
Castro Alves, em Salvador. Em 1986, realiza a exposição Retrospectiva
1936/1986, no Núcleo de Arte do Desembanco.
Em 1988,
passa de Otun a Obá Onâ Xokun do terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá. Permanece
em São Paulo entre março e outubro, fazendo os murais do Memorial da América
Latina, cuja autoria divide com o amigo Poty. São seis painéis, medindo 15x4m
cada. Destes, executou três: Os Povos Africanos, Os Ibéricos e Os Libertadores.
Em 1989, faz uma mostra individual no MASP e lança
o livro Carybé, que abrange toda a sua obra até aquele momento, com edição e
fotografias de Bruno Furrer, para a Odebrecht S/A.
Em 1990 expõe os originais do livro Iconografia dos
Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, na Casa França Brasil, no Rio de
Janeiro e no Memorial da América Latina, em São Paulo, em exposição conjunta
com Pierre Verger.
Em 1992 participa da exposição Jorge Amado e as
Artes Plásticas, no Museu de Arte da Bahia. No mesmo ano, viaja com Nancy para
a Europa, onde faz uma exposição individual na Alemanha, no International
Sommertheatre, no Festival de Hamburgo. Também vão a Paris, onde expõe 10
painéis dos Orixás no Centro Georges Pompidou, ainda em comemoração aos 80 anos
de Jorge Amado. Ainda em 92 tem o quadro São Sebastião adquirido pelos Museu do
Vaticano.
Em 1993, expõe pela terceira vez na Galeria de Arte
do Casino Estoril, em Portugal. Em 1995, faz exposições de uma série de
gravuras em diversas galerias, nas cidades de São Paulo, Campinas, Curitiba,
Belo Horizonte, Foz do Iguaçu, Porto Alegre, Cuiabá, Goiânia, Fortaleza e
Salvador.
Em 1996, desenha vinhetas para a TV Educativa da
Bahia - IRDEB. No mesmo ano viaja para a Espanha, onde realiza mostra
individual na Casa da Galiza (Junta da Galiza) em Madrid.
Em 1997, executa gradil e projeto de mural de
concreto, ambos para o Museu de Arte Moderna da Bahia. Projeta o gradil da
Praça da Piedade, em Salvador.
Em 1º de outubro de 1997 morre em Salvador.
Certamente não por coincidência, no Terreiro do Ilê Axé Opô Afonjá.
A American Airlines, a Odebrecht e o
Departamento de Aviação da cidade de Miami fizeram uma parceria para levar uma
preciosidade da arte latino-americana para o Aeroporto Internacional de Miami.
A parceria resultará em uma das mais importantes contribuições a cidade de
Miami, levando a arte do artista brasileiro Carybé para o "Aeroporto das
Américas."
Dois dos murais de Carybé, considerados ícones das
obras de arte pública do setor de aviação dos EUA, estavam sendo exibidos no
terminal da American Airlines no Aeroporto JFK em Nova York desde 1960.
Os murais de 5 por 16 metros foram encomendados
quando Carybé ganhou primeiro e segundo lugares em uma competição de criação de
obras de arte pública no aeroporto.
Depois de saber sobre a demolição do terminal, a
Odebrecht, uma empresa brasileira que tem forte ligação com Carybé, teve a
iniciativa de resgatar os murais do artista através de uma parceria com a American
Airlines.
A American Airlines doou os murais a cidade de
Miami, e a Odebrecht investiu em um projeto para remover, restaurar,
transportar e instalar os murais no Aeroporto Internacional de Miami. Quando os
especialistas de Nova York concluírem o processo de restauração ainda em 2009,
os murais serão exibidos permanentemente no novo Terminal Sul do Aeroporto de
Miami, construído pela Odebrecht em um empreendimento conjunto.
O mural "Rejoicing and Festival of the
Americas" (Alegria e Festival das Américas) retrata cenas coloridas de
festivais populares de países das Américas, e "Discovery and Settlement of
the West" (Descoberta e Colonização do Oeste) descreve a jornada pioneira
rumo ao oeste dos EUA.
Os estilos variados da arte de Carybé refletem o
sabor das diversas etnias da cidade, assim como a rica cultura de Miami. Sua
arte é permeada de cores vibrantes, cultura rica e tradições místicas da Bahia,
estado brasileiro.
A
celebração da vida e o respeito à diversidade cultural são qualidades compartilhadas
entre Carybé e a comunidade de Miami, fazendo do Aeroporto de Miami o lugar
perfeito para seus murais.
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