Quadrilha de São João, expressão cultural da Bahia
A festa é uma homenagem a São João Batista, primo de Jesus Cristo,
nascido a 24 de junho. Ele era
considerado um santo duro, inflexível, reservado e, às vezes, muito severo.
Seu nascimento coincide com o solstício de verão (inverno na América do Sul)
quando as populações do campo festejavam a proximidade das colheitas e, para
afastar os demônios da esterilidade, pestes dos cereais e estiagens, faziam
sacrifícios acendendo fogueiras.
Toda Europa conheceu esta tradição que, segundo a crença popular,
deve-se a um pacto entre Nossa Senhora e Santa Isabel, mãe de João Batista.
Delas, quem tivesse o primeiro filho acenderia uma fogueira à porta. Fazem
parte, ainda, desta tradição as danças ao redor do fogo e os saltos sobre as
chamas, todas as alegrias do convívio e de prenúncios de meses abundantes.
Ao contrário de outras festas religiosas como o Natal, por exemplo, onde
as comidas típicas são quase todas importadas de países europeus (nozes, frutas
cítricas etc.), a culinária de São João é essencialmente brasileira.
Hoje em dia, nas cidades que comemoram o São João, ainda mantém-se a
tradição das quadrilhas (influência portuguesa dos corridinhos, uma dança
típica cujos passos se
assemelham à quadrilha), dos fogos (que não são só privilégio junino e
sim de toda e qualquer manifestação de alegria dos povo) e das roupas juninas.
Além disso, preservam, ainda, as brincadeiras como a cabra-cega, o quebra-pote
e o pau-de-sebo, todos eles com grande participação da garotada.
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