Por
Joaci Góes
Uma macroeconomia desenvolvida nada mais é do que a
soma de inúmeras microeconomias bem sucedidas. É evidente que o conjunto da
economia de um país depende muito das grandes diretrizes econômicas adotadas
pelos respectivos governos, sobretudo nos países subdesenvolvidos e ou
emergentes, que interferem, desastradamente, na economia de mercado, como é o
caso do Brasil, onde vigem distintos níveis de desenvolvimento econômico e
social, razão de nossas gritantes desigualdades pessoais e inter-regionais.
A crise energética que atravessamos, por exemplo, dá a impressão, aos que
conhecem sua gênese, de que foi esculpida pelo cinzel de um Michelângelo
diabólico, empenhado em destruir os fundamentos de um dos setores mais
promissores do País!
Quando analisamos o desempenho de cada uma das vinte e sete unidades federadas, constatamos grandes desigualdades, reflexos da acumulação dos resultados obtidos, ao longo do tempo, pelos setores públicos e privados das respectivas unidades, figurando a educação como o suporte basilar do nível de eficácia alcançado.
As
premissas acima expostas servem de fundamento para propormos ao Estado da Bahia
uma agenda associativa de ações do setor público e privado, na busca de
caminhos que nos permitam eliminar ou, ao menos, reduzir os impactos sobre a
população, em geral, sobretudo a menos aquinhoada, nos tempos difíceis que
defrontamos para os próximos anos, em consequência dos trágicos erros cometidos
pela Administração Federal. E a liderança dessa iniciativa compete, de modo
inquestionável, ao jovem governador do Estado, Rui Costa, que tem revelado
reconhecida disposição para o trabalho e coragem para enfrentar situações
delicadas, como a defesa de um aparelho policial à altura dos desafios impostos
pela escalada da violência, bem como a necessidade de introduzirmos critérios
meritocráticos na remuneração do magistério público, na contramão da vanguarda
do atraso defendido pelo bolivariano sindicato da categoria.
Além
de convocar, para um diálogo intenso e permanente, os setores produtivos da
sociedade baiana, para a busca e proposição de ações sinérgicas, em favor do
desenvolvimento, o governo do Estado, com uma pequena parcela dos recursos que
o BNDES tem distribuído, a mancheias, de modo irresponsável, para financiar
projetos dentro e fora do Brasil, dissonantes dos fundamentos que conduziram à
sua criação, disponibilizaria empréstimos de valores, entre quinhentos e cem
mil reais, para financiar iniciativas de micro e pequenos empresários, em cada
um dos 417 municípios de nosso Estado. Só Deus sabe o poder gerador de riqueza
social de uma iniciativa como essa, de que é prova, universalmente aclamada, a
existência do Banco dos Pobres da Índia, que tem na pontualidade dos seus
mutuários uma de suas características mais surpreendentes. O SEBRAE, a melhor
iniciativa do governo no Brasil, ao lado da EMBRAPA, em favor de nosso
desenvolvimento, está aparelhado para orientar e recomendar a aprovação de
projetos, desde a compra de um jogo de agulhas eficazes, para o trabalho de uma
costureira rural, até estruturas comerciais, industriais ou de serviços,
respeitado o teto de cem mil reais, valor sem qualquer expressão para a
aguerrida rapaziada protagonista da Operação Lava-Jato!
Com
tal iniciativa, a Bahia retomaria o papel de relevo que já desempenhou na vida
política, social e econômica do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário