segunda-feira, 22 de junho de 2015

BAHIA S. A.

 
Por
Joaci Góes

Uma macroeconomia desenvolvida nada mais é do que a soma de inúmeras microeconomias bem sucedidas. É evidente que o conjunto da economia de um país depende muito das grandes diretrizes econômicas adotadas pelos respectivos governos, sobretudo nos países subdesenvolvidos e ou emergentes, que interferem, desastradamente, na economia de mercado, como é o caso do Brasil, onde vigem distintos níveis de desenvolvimento econômico e social, razão de nossas gritantes desigualdades pessoais e inter-regionais.  A crise energética que atravessamos, por exemplo, dá a impressão, aos que conhecem sua gênese, de que foi esculpida pelo cinzel de um Michelângelo diabólico, empenhado em destruir os fundamentos de um dos setores mais promissores do País!

Quando analisamos o desempenho de cada uma das vinte e sete unidades federadas, constatamos grandes desigualdades, reflexos da acumulação dos resultados obtidos, ao longo do tempo, pelos setores públicos e privados das respectivas unidades, figurando a educação como o suporte basilar do nível de eficácia alcançado.

As premissas acima expostas servem de fundamento para propormos ao Estado da Bahia uma agenda associativa de ações do setor público e privado, na busca de caminhos que nos permitam eliminar ou, ao menos, reduzir os impactos sobre a população, em geral, sobretudo a menos aquinhoada, nos tempos difíceis que defrontamos para os próximos anos, em consequência dos trágicos erros cometidos pela Administração Federal. E a liderança dessa iniciativa compete, de modo inquestionável, ao jovem governador do Estado, Rui Costa, que tem revelado reconhecida disposição para o trabalho e coragem para enfrentar situações delicadas, como a defesa de um aparelho policial à altura dos desafios impostos pela escalada da violência, bem como a necessidade de introduzirmos critérios meritocráticos na remuneração do magistério público, na contramão da vanguarda do atraso defendido pelo bolivariano sindicato da categoria.
Além de convocar, para um diálogo intenso e permanente, os setores produtivos da sociedade baiana, para a busca e proposição de ações sinérgicas, em favor do desenvolvimento, o governo do Estado, com uma pequena parcela dos recursos que o BNDES tem distribuído, a mancheias, de modo irresponsável, para financiar projetos dentro e fora do Brasil, dissonantes dos fundamentos que conduziram à sua criação, disponibilizaria empréstimos de valores, entre quinhentos e cem mil reais, para financiar iniciativas de micro e pequenos empresários, em cada um dos 417 municípios de nosso Estado. Só Deus sabe o poder gerador de riqueza social de uma iniciativa como essa, de que é prova, universalmente aclamada, a existência do Banco dos Pobres da Índia, que tem na pontualidade dos seus mutuários uma de suas características mais surpreendentes. O SEBRAE, a melhor iniciativa do governo no Brasil, ao lado da EMBRAPA, em favor de nosso desenvolvimento, está aparelhado para orientar e recomendar a aprovação de projetos, desde a compra de um jogo de agulhas eficazes, para o trabalho de uma costureira rural, até estruturas comerciais, industriais ou de serviços, respeitado o teto de cem mil reais, valor sem qualquer expressão para a aguerrida rapaziada protagonista da Operação Lava-Jato!
Com tal iniciativa, a Bahia retomaria o papel de relevo que já desempenhou na vida política, social e econômica do Brasil.

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