Arte: ensaio fotográfico
Publicado em fotografia por Renata Ferreira
"A dança? Não é movimento
súbito gesto musical
É concentração, num momento,
da humana graça natural".
súbito gesto musical
É concentração, num momento,
da humana graça natural".
O fotógrafo
russo Alexander Yakovlev conseguiu unir a Fotografia e a Dança de forma rica e
singular, num ensaio fotográfico
brilhante.
Fotografia e Dança são amores antigos. Ver um
trabalho cuja união da segunda e da oitava arte se completam me dá um prazer
inenarrável. Um desejo de compartilhar minhas impressões singelas e descobertas
com todos. Contagiá-los, ou melhor tentar, já que é impossível escrever o que
sentimos. No que concerne à arte, então, é mais complicado ainda. Não há teoria
da arte que traduza uma experiência estética.
O fotógrafo
russo Alexander Yakovlev conseguiu unir a Fotografia e a Dança de forma rica e
singular num ensaio fotográfico brilhante. Registrou movimentos, que nos palcos
são executados com rapidez e com uma sutiliza ímpar, própria dos deuses
bailarinos. Às vezes, são tão rápidos que nosso olhar não capta toda a beleza e
perfeição desses corpos que são verdadeiras obras de arte.
Dança e
fotografia são para mim poesia pura, enquanto aquela é um poema registrado em
cada movimento [poesia corporal], esta é a experiência poética do olhar e do
coração registrada numa imagem.
A dança
assim como a poesia ultrapassa a fronteira da expressão artística. Há um poema
do maravilhoso Carlos Drummond de Andrade cujos versos tentam externar o que é
a dança. O poema é intitulado A dança e a alma, e cabe perfeitamente na minha
tentativa de expor meus sentimentos.
"A
dança? Não é movimento
súbito
gesto musical É concentração, num momento, da humana graça natural
No solo
não, no éter pairamos, nele amaríamos ficar. A dança- não vento nos ramos
seiva, força, perene estar um estar entre céu e chão, novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixão libertar-se por todo lado...
Onde a alma
possa descrever suas mais divinas parábolas sem fugir a forma do ser por sobre
o mistério das fábulas".
E o que
dizer da fotografia. Melhor não dizê-la. Permita-se senti-la. Admire e agradeça
aos fotógrafos que fotografam com o coração e a com alma. Bresson estava mais
do que certo quando disse que “Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a
cabeça, o olho e o coração”. Enxergar com o coração e clicar é divino, olhar
para uma fotografia e sentir a imagem, o fotógrafo e o instante, é ser humano.
Sejamos, humanos.
Voilà as
imagens!
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