sábado, 25 de julho de 2015

WILLIAM TURNER – PRECURSSOR DA MODERNIDADE NA PINTURA, FOI UM VIRTUOSO DA ARTE

Arte pictórica

Autorretrato

“Uma bela mostra (ora em curso) em São Paulo atesta como os ingleses – com o fabuloso Turner à frente – revolucionaram a arte com suas brutais pinturas de paisagem”.



Joseph Mallord William Turner (Londres, 23 de Abril de 1775 - Chelsea, 19 de Dezembro de 1851), foi pintor romântico inglês, considerado por alguns um dos precursores da modernidade na pintura, em função dos seus estudos sobre cor e luz.



Turner foi batizado em 14 de maio de 1775, porém nasceu em 23 de Abril de 1775. Nasceu em Maiden Lane, Covent Garden, Londres, Inglaterra. Seu pai, William Mikael Turner, era barbeiro e fabricante de perucas. Sua mãe, Mary Marshall, veio de uma família de açougueiros.


Em 1789, ingressa na Real Academia de Artes de Londres. Começou como pintor topográfico e pouco a pouco foi se inclinando para as paisagens, principalmente as marinhas. Em 1802 foi admitido como membro da Academia de Londres. Algum tempo depois, fez sua primeira viagem ao continente. Ficou entusiasmado com a pintura dos grandes mestres no Museu do Louvre, então enriquecido com os saques de Napoleão. Lorrain e Poussin eram seus pintores preferidos.
Turner dedicou-se à pintura da paisagem com paixão, energia, força, interpretando seus temas de forma ética. Seus trabalhos transmitiam uma emoção extrema e foi considerado o ponto culminante da paisagem romântica. Turner foi extremamente precoce, brilhante e bem sucedido. Iniciou na arte aos 13 anos com seus desenhos e com 15 anos atingiu sua reputação. Era um homem solitário, sem amigos e quando pintava não permitia a presença de pessoas, mesmo que fossem outros artistas.


Uma de suas preocupações principais foi a aplicação da luz e sua incidência sobre as cores da maneira mais natural possível. Para tanto, dedicou-se intensamente ao estudo dos paisagistas holandeses do século XVIII, muito em voga naquela época na Europa. Em sua obra os motivos eram em geral paisagens, e o mar era uma constante nos quadros do pintor inglês.


Também foi de grande relevância para sua pintura a viagem que fez a Veneza em 1812, quando o pintor descobriu a importância da cor e conseguiu dar corpo à atmosfera de uma maneira que, anos depois, os impressionistas retomariam. Não surpreendentemente, Veneza se torna sua cidade preferida, uma fusão da água e da civilização, pintando-a muitas vezes em 1819 e depois em 1828.


De 1830 a 1840, Turner deixou de lado a forma e criou espaços voláteis de nuvens e cores, como em Chuva, Vapor e Velocidade (1844), por exemplo, que remete aos quadros abstratos do século XX. Não é sem motivo que foi qualificado por muitos historiadores como o primeiro pintor de vanguarda.
Sua última exposição foi em 1850. No ano seguinte veio a falecer doente e solitário como sempre viveu. Após meses desaparecido, foi descoberto muito doente por sua empregada. Morreu em Chelsea em dezembro, de 1851. Suas obras mais importantes estão na National Gallery (Londres)|National Gallery e na Tate Gallery, ambas em Londres. Está sepultado na Catedral de São Paulo, na capital inglesa.
Desde 1897 nenhuma obra de Turner era leiloada.
Em abril de 2006, foi leiloado na Christie's, o quadro Giudecca, La Donna della Salute and San Giorgio, pintado pelo artista na cidade de Veneza, sendo esta a cidade retratada na obra. O quadro atingiu o valor de 20,5 milhões de libras, quase 28,5 milhões de euros.
Em 2006, a obra Glaucus and Scylla (1840) foi devolvida pelo Kimbell Art Museum em Fort Worth aos herdeiros de uma família vítima do Holocausto. A pintura foi comprada de novo pelo museu em abril de 2007, num leilão da Christie's por 5,7 milhões de dólares.


Em dezembro de 2007 a aquarela Bamborough Castle foi leiloada pela Sotheby's, em Londres, por 2.932.500 libras (4.081.500 euros). A aquarela data dos anos 30 do século XIX e em 1872 foi comprada pelo conde de Dudley por 3.309 libras - então um preço recorde para uma obra deste género - até que passou para as mãos da família Vanderbilt e não era vista em público desde 1889.


Em Julho de 2010 a obra, intitulada Roma Moderna - Campo Vaccino, datada de 1838, foi vendida num leilão da Sotheby's de Londres por 35,5 milhões de euros. A obra foi comprada pelo museu J. Paul Getty de Los Angeles.


Em dezembro de 2014 vai ser leiloado pela casa de leilões Sotheby's o quadro «Rome, from Mount Aventine», de 1835, deve obter entre 15 e 20 milhões de libras esterlinas.


Um episódio bizarro: “No início do século XIX, até as paredes da Academia Real das Artes – ou principalmente elas – sabiam que os dois maiores pintores do país se detestavam. A rivalidade entre J. M. W. Turner (1775 – 1851) e John Constable (1776 -1837) explodiu numa reunião na venerando sociedade artística. Constable resolveu tirar um quadro de Turner da parede onde aparecia n destaque e, no lugar, pôs uma tela pintada por ele mesmo. Turner remoeu a desfeita por meses até dar o troco com veemência tão espetacular quanto as das cenas de tempestade que fizeram a sua fama. Em evento com a presença de vários artistas, trabalhos dele e de Constable foram expostos lado a lado. Em lance de efeito, Turner surgiu de surpresa e tascou um borrão vermelho sobre a própria tela, que retratava uma cinzenta borrasca marítima. Perto daquela mancha escandalosa, o quadro do inimigo virou uma coisinha sem brilho. Dias depois, o gesto aparentemente tresloucado ganhou sentido: com um retoque, o virtuoso Turner transformou o borrão em uma boia vermelha à deriva no oceano. Constable acusou o golpe: “Ele veio só para dispara contra mim”. Os dois podiam não se bicar, mas comungavam da fé em uma vertente temática cara à arte: a pintura de paisagem.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário