Arte pictórica
Publicado por Diana Ribeiro
Gosta de cores, comer algodão doce, ouvir as ondas do mar, cheirar e
tocar em livros novos. Não dispensa o uso de nenhum dos sentidos.
Ver e apreciar uma obra
de arte num museu é o caminho mais acessível ao comum dos cidadãos. Porém, há
quem possua enormes fortunas e a vantagem de poder desembolsar alguns milhões
para adquiri-las. São essas pessoas que contam com a companhia diária de
Picasso, Van Gogh ou Gustav Klimt, por exemplo. Mas quanto tiveram que pagar
por estas pinturas? Conheça mais ao pormenor os dez quadros mais caros de
sempre e o valor pelo qual foram vendidos.
Quem nunca ouviu dizer que a qualidade se
paga? E bem? Neste caso, paga-se com muitos milhões. Ter uma obra de um dos
grandes pintores da história pendurada na nossa sala é um privilégio de que
poucos podem gozar.
O Guiness refere a "Mona Lisa" de
Leonardo Da Vinci como o quadro com o maior seguro de sempre. Em 1963, foi
avaliado em 100 milhões de dólares americanos, valor não pago. Sendo assim,
depois de percorrer os Estados Unidos por diversas exposições, o Louvre decidiu
aplicar o dinheiro na sua segurança. Apelidada como a obra mais conhecida e
reproduzida de sempre, já foi entretanto ultrapassada por outras vendas
históricas.
E quanto mais anos passam, mais valorizadas
ficam as obras. Investir em arte pode seguramente trazer retornos financeiros a
longo-prazo. É o que sucede no caso das seguintes pinturas:
Número 10: O Massacre dos Inocentes,
de Peter Paul Rubens Pintada em 1611, esta obra de Rubens representa
uma passagem Bíblica tal como é descrita no Evangelho segundo Mateus. Nela
encontram-se influências e aprendizagens do tempo que passou em Itália nos anos
de 1600 e 1608. É presente a inspiração na arte barroca de Caravaggio através
da emotividade da pintura, assim como das cores e do contraste claro-escuro.
Foi vendida num leilão na Sotheby's de
Londres em 2002 por 76,7 milhões de dólares (91,9 milhões ao valor atual do
dólar) a uma família austríaca.
Número 9: Retrato do artista sem
barba, de Vincent Van Gogh Os autorretratos sempre foram uma constante
de Van Gogh. Existem inúmeros quadros imortalizados pelo artista com a sua
imagem. Este data de finais de Setembro de 1889 e foi pintado logo após ter
feito a barba. Nesse mesmo ano, cortou parte da orelha numa das suas
manifestações de grave depressão, que o levaria a suicidar-se mais tarde. Em
vida apenas vendeu um quadro, mas atualmente as suas obras estão entre as mais
procuradas e valiosas de sempre. O “retrato do artista sem barba” foi vendido
na Christie's, em Nova York por 71,5 milhões de dólares (94,6 milhões ao valor
atual do dólar) em 1998.
Número 8: Dora Maar com gato, de
Pablo Picasso( ) Dora Maar, amante de Picasso, numa cadeira com um
pequeno gato sobre os ombros, foi pintado em 1941, durante a invasão nazi em
França. Este foi um dos muitos retratos que o artista lhe dedicou. Com 29 anos
de idade (menos 26 que Picasso), Dora esteve com ele por mais de uma década. Os
detalhes e as cores vibrantes dominam a tela. Ao contrário de Van Gogh, a sua
arte foi reconhecida e prestigiada ainda em vida. Juntamente com ele, faz parte
do grupo de pintores mais caros dos últimos anos. Este quadro foi vendido em
2006 na Sotheby's de Nova Iorque por 95, 2 milhões de dólares (101,8 milhões ao
valor atual do dólar) à família Gidwitz.
Número 7: Número Sete: Iris, de
Vincent Van Gogh (íris) Iris foi pintado apenas um ano
antes da morte de Van Gogh em 1890. Nesta altura, já estava internado num asilo
em Saint-Rémy-de-Provence, França. Chamou-lhe o “para-raios da minha doença”,
pois acreditava que continuando a pintar evitaria ficar doente. As influências
japonesas estão muito presentes na obra. Uma pincelada de luz e cor que
contrastava com a sua saúde. Foi vendida em 1987 na Sotheby's de Nova Iorque
por 53, 9 milhões de dólares (102, 3 milhões ao valor atual do dólar).
Número 6: Menino com cachimbo, de
Pablo Picasso Picasso tinha 24 anos quando pintou esta obra, em 1905.
Em óleo sobre tela, retrata um menino que segura um cachimbo na mão esquerda e
usa uma grinalda de flores no cabelo. Picasso vivia em Montmartre, Paris, e
retratou muitos habitantes locais que trabalhavam no espetáculo como acrobatas
ou palhaços. É o quadro mais caro do pintor. Foi vendido na Sotheby's de Nova
Iorque, em 2004, por 104,2 milhões de dólares (118,9 milhões ao valor atual do
dólar).
Número 5: Bal au moulin de la
Galette, Montmartre, por Pierre-Auguste Renoir Pintado em 1876,
retrata uma típica tarde de domingo passada em Moulin de la Galette, no bairro
de Montmartre, em Paris. Em pleno século XIX, era comum os trabalhadores
vestirem-se a rigor e passar por lá para beber, comer e conviver durante o dia.
Uma das obras mais representativas do impressionismo, mostrando o momento da
vida real, numa enorme riqueza de formas, fluidez e luzes. Comprado na
Sotheby's de Nova Iorque por Ryoei Saito (presidente de uma importante empresa
de papel japonês e colecionador de arte) em 1990 por 71,8 milhões de dólares
(128,8 milhões ao valor atual do dólar).
Número 4: Retrato do Dr. Gachet, de
Vincent Van Gogh O Dr. Gachet foi quem cuidou de Van Gogh nos seus
últimos meses de vida. O pintor dedicou-lhe dois retratos. Ambos o mostram na
mesma posição: sentado numa mesa e inclinando a cabeça sobre o braço direito.
Variam nas cores, sendo que este foi realizado com tons mais claros. Foi
vendido no mesmo ano que o de Renoir e comprado pela mesma pessoa. É o quadro
do artista mais caro até hoje: 82,5 milhões de dólares (136,1 milhões ao valor
atual do dólar)
Número 3: Retrato de Adele
Bloch-Bauer, de Gustav Klimt Data de 1907 e demorou três anos a estar
finalizado, já que é feito de petróleo, prata e ouro sobre tela. Foi pintado em
Viena e encomendado por Ferdinand Bloch-Bauer, grande apreciador de arte e fã
do trabalho de Klimt. Adele, sua mulher, foi o único modelo pintado por duas
vezes. Uma obra de grande dimensão vendido na Christie's de Nova Iorque por 135
milhões de dólares (144,4 milhões ao valor atual do dólar) em 2006.
Número 2: Mulher III, de Willem de
Kooning Mulher 3 faz parte de uma coleção de seis obras
pintadas por Kooning entre 1951 e 1953. Esta pintura do expressionismo abstrato
foi concluída já em 1953. Durante vários anos fez parte do Museu de Arte
Contemporânea de Teerã, tendo depois sido retirada por ordem do governo: não
cumpria todas as normas e desrespeitava a moralidade. Foi vendida em 2006 por
David Geffen, por 137,5 milhões de dólares (147 milhões ao valor atual do
dólar), o que a faz a segunda compra de obras de arte mais cara.
Número 1: No. 5, 1948, de Jackson
Pollock Esta pintura de Jackson Pollock é o quadro mais caro da
história. O pintor americano terminou-o em 1948. Pollock ficou conhecido pelas
suas influências no movimento do expressionismo abstrato. Esteve exposto no
Museu de Arte Moderna de Nova Iorque antes da sua venda por David Geffen em
2006. O novo proprietário adquiriu-o na Sotheby’s de Nova Iorque por 140
milhões de dólares (149, 70 milhões ao valor atual do dólar).
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