terça-feira, 27 de outubro de 2015

O DELEGADO ESPINOSA – UMA CRIAÇÃO DE LUIZ ALFREDO GARCIA-ROZA

Série: detetives mais famosos criados pela literatura mundial





Garcia-Roza,
é um escritor brasileiro. Estreou na literatura de ficção em 1996, aos 60 anos de idade. Antes disso, foi professor universitário e autor de livros sobre psicanálise. 

O mais famoso detetive da literatura brasileira







O delegado Espinosa, um homem de meia idade, magro e de fala mansa é o detetive mais proeminente da literatura policial brasileira. Natural do Rio de Janeiro, sua escola é a das praças e bares da capital fluminense, um ambiente valorizado por Luiz Alfredo Garcia-Roza, autor de oito livros sobre o personagem.




“Filósofo do crime, Espinosa nasceu para a literatura em 1996, nas páginas do romance “O Silêncio da Chuva”.
Neste livro, é ainda inspetor da 1º Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, um lugar onde o trânsito de ocorrências se restringe a bêbados, punguistas e prostitutas da região do porto.
O delegado não é propriamente um conquistador, mas tem sua parcela de charme. Costuma dizer que, após anos vivendo sozinho, não consegue mais perceber o código que fundamenta aproximações de natureza amorosa. Seu interesse é pelas mulheres bem resolvidas, de personalidades fortes e, evidentemente, atraentes.
 Encontra estes atributos em Irene, um caso amoroso que floresce em “Vento Sudoeste”, de 1999, e se estende por anos.




O perfil de Espinosa é singular. Garcia-Roza o imaginou um homem viciado em café (levemente adocicado), simpatizante de um choppinho diário e praticante de hábitos alimentares pouco elogiáveis. Ele não tem o mínimo interesse pelas artes culinárias, e até considera seu fogão um aparato pré-histórico.
Já o profissional Espinosa é um delegado incorruptível, mas pouco crente em uma conduta ética de excelência no que tange a categoria. Esta é uma característica de Espinosa. Ele não se comporta como um herói inatingível, paladino da lei e da ordem. O delegado nem sempre trilha o caminho certo, e não são raras às vezes em que detalhes não são revelados, compondo o que o autor chama de “zonas escuras” de mistérios inseridos no enredo.





Nas páginas da vida de Espinosa, a arte imita a realidade, sem êxitos nem rodeios. Em um intervalo médio de dois anos, Garcia-Roza costuma presentear o leitor com um novo livro de Espinosa. Até hoje, foram mais de mil e oitocentas páginas de intrigas envolvendo o detetive. Seja o mocinho da vez ou a figura moderna do anti-herói, o fato é que sua popularidade cresce livro após livro. O tempo vem agindo a seu favor, consolidando a marca de um detetive BRASILEIRO que atrai, cada vez mais, o interesse dos fãs da literatura policial no país.”

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