quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O PENTE

História




Pente é um utensílio formado por numerosos dentes mais ou menos finos, muito próximos uns dos outros, presos a uma haste ou barra, com o qual se penteiam ou desembaraçam os cabelos. Normalmente são feitos de plástico ou madeira, e podem ter formas variadas de acordo com a função. A palavra pente tem origem no latim pecten, que é o nome de uma concha (pectens jacobeus) cheia de ranhuras, que lembram os dentes de um pente.


É um objeto usado há muito tempo, já que foram encontrados alguns desses objetos nas tumbas das civilizações do mar Egeu. Na época, eles eram feitos de ossos de animais ou madeira. Mas foi em Roma que surgiu o primeiro pente de bolso, bolado para ser usado nos intervalos das lutas entre leões e cristãos, no Coliseu.
Com o passar do tempo, a matéria-prima foi se aprimorando e as egípcias foram as primeiras a exibir pentes de ouro, cravejados com pedras preciosas que, após séculos, foram copiadas pelas romanas.


A escova de cabelo, que é maior do que um pente e contém cerdas, também é objeto comumente usado em substituição a este.
“Independentemente da qualidade harmoniosa do nosso corpo, é na cabeça que se concentra a nossa atenção imediata quando olhamos para alguém. E não se pense que é só na perfeição das linhas da cara. O complemento piloso que temos sobre ela tem uma grande importância no resultado estético final. Tão importante que há muitos séculos que se dá uma extraordinária importância ao cuidado com o cabelo, quer no que respeita a corte como ao penteado.
Não precisamos de recuar aos tempos pré-históricos pois realmente nessa altura, pelo que a história nos ensina, não havia especial interesse ou cuidado, (provavelmente nenhum), com o nosso aspecto estético.


Por isso é que foi só muito mais tarde que o ser humano encontrou uma forma perfeitamente natural para controlar o desalinho dos seus apêndices pilosos.  
Tão natural que o nome do instrumento utilizado para esse efeito – “pente” – deriva de uma palavra latina, – “pecten” – que inicialmente nada tinha a ver com o objeto que hoje instintivamente usamos para nos embelezarmos.
Essa palavra era apenas o nome de um molusco marinho cuja concha possuía umas saliências muito parecidas aos dentes dos pentes. Aliás, eram mesmo com essas conchas que, inicialmente, as pessoas tentavam alisar os seus cabelos.

O esqueleto do molusco Pecten

Mais tarde, na Babilónia deu-se um aperfeiçoamento do objeto, que era, na altura, feito com espinhos de plantas. Numa fase posterior começaram a ser usados ossos e fragmentos de madeira.
Foi porém a civilização egípcia que teve a primazia de ser aquela que mais fazia uso deste objeto, considerando-o mesmo um artigo de luxo. Por esse tempo os pentes eram incrustados com pedras preciosas e ouro. Existe mesmo uma lenda que refere que a Cleópatra usava um pente feito de espinhas de peixes.

E se os egípcios foram os que mais demonstraram interesse no seu uso, foram os romanos que conceberam o formato mais parecido com aquele que ainda hoje se usa, fabricando um modelo pequeno e portátil que costumava ser usado nos intervalos das lutas travadas no Coliseu de Roma.
Durante a Idade Média utilizou-se também pentes feitos de chumbo que tinham a capacidade de escurecer e disfarçar a cor dos cabelos ruivos. Na época áurea de luxúria do reinado de Luís XIV, o Rei-Sol, este mandou fabricar pentes em ouro e prata maciços cravejados de pedras preciosas para controlar o penteado do seu abundante cabelo.
De artigo de luxo até instrumento de beleza mundano, o pente ganhou um espaço único em todos os lados da nossa sociedade, sendo quase impossível conhecer uma única pessoa que não tenha um ou que nunca tenha usado um.
Continua hoje a ser um objeto simples, prático e barato, indispensável à ajuda daquele efeito visual que exigimos, (e nos é exigido), na nossa vida social e profissional.
Curiosidades:
– A concha do Pecten possui mais de 100 espinhos num alinhamento quase perfeito.”
Origem:
Wikipédia;
Blog Origem das Coisas.

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