sábado, 9 de janeiro de 2016

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA / ESTAÇÃO DA LUZ / REFORMA OU RESTAURAÇÃO



Arquitetura
Publicado por Geraldo Costa
“... ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível...”
 

Restauração e intervenção em obras de restauração é ato contínuo. Na maioria das edificações não existe a palavra manutenção, principalmente em prédios históricos, onde conservação é a palavra chave.


A Estação da Luz é uma das mais importantes estações ferroviárias da cidade de São Paulo. Localizada no bairro que deu origem ao nome da estação, integra a rede de transportes sobre trilhos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, com transferência gratuita para a Estação Luz do Metrô de São Paulo, sendo um dos seus mais importantes, visto que por ela passam - ou estão próximas - diferentes linhas de trem e metrô. A estação abriga, ainda, o Museu da Língua Portuguesa, uma instituição cultural ligada à Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, inaugurada em 2006. Foi concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, tendo um investimento de cerca de 37 milhões de reais.




O objetivo da instituição é criar um espaço vivo sobre a Língua Portuguesa, considerada como base da cultura do Brasil, onde seja possível causar surpresa nos visitantes com os aspectos inusitados e, muitas vezes, desconhecidos de sua Língua materna. Segundo os organizadores do museu, "deseja-se que esse público tenha acesso a novos conhecimentos e reflexões, de maneira intensa e prazerosa".

O museu tem como alvo principal a média da população brasileira, composta de pessoas provenientes das mais variadas regiões e faixas sociais do país, mas que ainda não tiveram a oportunidade de obter uma ideia mais precisa e clara sobre as origens, a história e a evolução contínua da língua. De sua inauguração até o final de 2012, mais de 2,9 milhões de pessoas já visitaram o espaço, consolidando-o como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul.




RESTAURAÇÃO DO MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA E ESTAÇÃO DA LUZ

Na restauração e funcionalização de monumento interferem fatores de varias ordens que podem ser grupados em três tipos: Histórico-estético, como os ligados à preservação e valorização da natureza histórica e simbólica do monumento em integração com a cidade e a paisagem;

Físico-ambiental como os relativos à estabilização do solo, da estrutura arquitetônica e da eliminação da umidade dos ambientes;

Sócio funcional como os referentes à sua utilização e integração da vida social.

Plano de Prevenção Contra Incêndio - PPCI 

No projeto de restauração estes fatores deverão ser ordenados e sintetizados, mas como eles são heterogêneos, a tese nem sempre e fácil. Não existem fórmulas capazes de estabelecer, a priori, qual fator deve prevalecer sobre o outro se o mais importante mantiver uma decoração posterior ao edifício ou elimina-la para revelar a simplicidade de espaço primitivo: se vale mais a pena manter o monumento como um testemunho de uma forma de vida passada ou adaptá-lo a um uso contemporâneo. 

Todos estes fatores deverão ser ponderados e balanceados por isto e necessário que a equipe técnica que trabalharem na restauração tenha uma sólida formação crítica, capaz de distinguir, cm cada caso, qual a correta valorização que deve ser dada as condicionantes que interferem naquela restauração.
Embora não existam fórmulas, existem critérios de restauração que são universalmente aceitos e devem orientar as tomadas de decisão.


Restauração e intervenção em obras de restauração é "ATO CONTINUO". Na maioria das edificações não existe a palavra manutenção principalmente em prédios históricos, onde conservação é a palavra chave.

Nos bens culturais edificáveis, chega a ser normal à falta de conservação, um dos elementos até mais importante do que a própria restauração. Conservação é o caminho certo da manutenção, que define o ato continuo da restauração, principalmente nos que sofreram intervenções principalmente nos últimos anos.

Agora será a hora da verdade, a definição dos critérios de intervenção e restauração, é aí que mora o perigo. Poderá ser adotada obra de restauração politica, que poderemos chamar no futuro de “reforma de restauração”. Na restauração politica nada que um bom memorial justificativo, poderá definir os critérios de intervenção que serão adotados conforme a necessidade do momento. Os órgãos de preservação e seus respectivos conselhos municipal e estadual estarão prontos para a pressão que haverá, sobre os critérios a serem adotados na intervenção, nesta edificação que abrigava um dos mais importantes projetos já realizados como o Museu da Língua Portuguesa.

Restauração e revitalização são momentos diferentes, poderão até se encontrarem, mas qual deles será utilizado? A pressão politica!

O acervo do museu esta salvo. Ótimo! Mas a equipe técnica qual será o destino, dos profissionais formados durante anos. Afinal o Museu da Língua Portuguesa devera passar necessariamente por reflexões da politica cultural após este sinistro, que passara pelo seu futuro funcionamento.
Museu da Língua Portuguesa, devera ser tratado como projeto de bens culturais integrado no seu novo projeto. Lembramos em 2006 da finalização o custo final do museu foi 37 milhões de reais. Hoje qual será o valor da sua execução?

Não podemos esquecer-nos da Estação da Luz como componente na paisagem urbana e seus serviços à população, diante do processo de recuperação do espaço do museu e suas consequências.
Estamos diante de um longo caminho. Quem vencera!? A intervenção politica que poderá recuperar em um ano ou um projeto qualificado que obtenha o melhor resultado na sua execução que poderá demorar mais tempo. 

Qual critério que vencera?

Instituições deveriam criar força tarefa palavra em voga neste país para obtermos transparência no que deveremos encarar pela frente no mundo da preservação de bens cultural. Seria bom avaliar a Pinacoteca do Estado de São Paulo é um dos mais importantes museus de arte do Brasil, no Jardim da Luz, no centro de São Paulo, projetado por Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi para ser a sede do Liceu de Artes e Ofícios. Projeto fantástico de revitalização de Paulo Mendes da Rocha.

O PLANO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO - PPCI

O que é?

Plano de Prevenção Contra Incêndio - PPCI consiste em um projeto que prevê alternativas de combate a incêndios, preservando a integridade física e patrimonial das pessoas sitiadas em um determinado recinto.

O PPCI é uma exigência legal, através do qual se torna possível a emissão do Alvará de Localização para instalações comerciais, industriais, diversões públicas e edifícios residenciais com mais de uma economia e mais de um pavimento.

O Corpo de Bombeiros é o órgão de esfera estadual encarregado pela fiscalização e observância da legislação nas instalações de combate a incêndio. Atenta-se para uma confusão corriqueira, o PPCI não evita diretamente a ocorrência de sinistros, mas serve como um mecanismo em potencial para o seu combate.

Dessa maneira, é importante estar em dia com o PPCI, não apenas por uma exigência legal e do Corpo de Bombeiros, mas muito mais e, principalmente, para neutralizar o efeito devastador do fogo.
Em última análise, o PPCI deve ser considerado um investimento na preservação da vida das pessoas e não apenas um custo sistemático desde sua implantação. É essa mentalidade que "economiza" vidas e dinheiro.




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