quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

UM BELO CANTO À CIDADE QUE INSPIROU TANTAS CIDADES BRASILEIRAS

Mundo: cidade

A TI PORTO


Publicado por Rita Palma Nascimento
Aos 26 anos, a Rita tem na escrita a sua alma e verdadeira paixão. Acredita que as palavras são um excelente veículo para fazer chegar as suas mensagens e visões do quotidiano e do Mundo.
Autora do livro 'Quero Escrever-te' editado pela Artelogy.




Cidade de recantos e mil encantos. Um olhar a aguarela pintado, D. Luís entre margens atravessado, visões do futuro, do presente e do passado.

A cultura mora nas ruas, de mãos dadas com a tradição, do Rivoli à Casa da Música, sem nunca esquecer o Bolhão.

O Porto visto de Gaia. Fotografia da minha autoria.

Enquanto não existe amanhã... Percorro-te as ruas, cruzo-te as esquinas, absorvo cada rasgo de luz por entre ruas e ruelas, travessas escondidas. Quando desço a avenida sou pequena. Tão pequena e tu tão imponente. Escultural, perfeito de ambos os lados, Aliados. Alegre passeio pelo Passeio Alegre, onde me levam os carris de histórias tantas, do Infante até à Foz, dando voz a tempos idos. Elétrico caminho, assim, devagarinho, para te apreciar mais um pouco. Um olhar pintado a aguarela.
D'ouro são as tuas águas, aquelas que D. Luís atravessa, unindo-te à outra margem de onde te volto a contemplar, como uma criança à janela. Nova tela a aguarela. Aos Rabelos confias o teu sangue, que o Mundo bebe e que na outra margem descansa. Entre Calem, Sandman, Offley e tantos outros, o Porto bebe-se Tawny ou Ruby.

A Gaia tanto confias, mas o encanto volta a ser teu. Sem palavras para a Ribeira, perco-me na tua beira e guardo-te no olhar. Sei que já vos levei à Foz, só não vos falei do mar atroz e fascinante. Silêncio, só se ouve o teu canto, cem turistas num recanto, chamado farol. Intimidados com tamanha rebeldia, tiram-te mais uma fotografia e tu agradeces, rebentando. Tens a Música em casa e na Lello as tuas histórias, tens em Serralves o pulmão, a arte no Rivoli e a frescura no Bolhão. Santa Catarina sobe e desce, até á hora em que adormece e se muda a direção.

E à luz do Sol ou da Lua, eu já me sinto tua e não me canso de ti. Por ruas, ruelas e calçadas o teu encanto nunca se apaga, seja de dia ou adiante; e já é de madrugada.


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