Brasil: política, Dilma
versus Dilma
Por
Josias de Souza
Blog do
Josias
Acossada pelo risco de impeachment e abandonada pelo PMDB, Dilma
Rousseff vive um desses momentos em que a vida exige de um governante a tomada
decisões definitivas. São escolhas irreversíveis, que definem o que o resto do
governo dela será, dure o quanto durar.
Aconselhada por Lula, Dilma examinou
as alternativas. E decidiu: eu quero que o
meu governo seja mais PP e mais PR. Mandou às favas o fato de o PP ser o
partido mais enrolado no ‘petrolão’. Deu de ombros para a evidência de que o PR
é um cartório a serviço do ‘mensaleiro’ Valdemar Costa Neto.
Se isso não for suficiente para deter o impeachment, Dilma deseja passar
à história como a presidente que rateou cargos e vendeu a alma para ‘partidecos’
como Pros, PHS, PEN, PTdoB e PTN, transformando sua gestão numa espécie de
Disneylândia do fisiologismo.
Dilma ainda dispõe da alternativa de desafiar Lula e dar um novo rumo à
sua biografia. Isso poderia representar um suicídio político, apressando o
impeachment. Mas uma morte com glória também pode ser o começo de uma redenção.
Por mal dos pecados, Dilma prefere ser Dilma. Já havia terceirizado a
presidência a Lula. Agora, deixa de ter aliados. Eles é que a possuem. Não é
certo que consiga barrar o impeachment. Mas ninguém mais tem dúvidas sobre quem
Dilma decidiu ser.
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