Arte pictórica: museu
virtual do Blog do Facó
Viu-se
famoso por retratar paisagens de Minas Gerais. Detém o recorde brasileiro de
ter vendido, em leilão, realizado em 2015, uma de suas obras pelo astronômico valor
de R$ 5,7 milhões, para os nossos padrões.
Alberto da Veiga Guignard (Nova Friburgo, 25 de fevereiro de 1896 — Belo Horizonte, 25 de junho de 1962) foi
um pintor brasileiro que ficou famoso por retratar paisagens
mineiras.
Guignard nasceu com uma abertura total entre a
boca, o nariz e o palato (lábio leporino), causando horror e compaixão aos seus pais. Ficou
órfão de pai ainda menino e a mãe casou-se em seguida com um barão alemão
arruinado, bem mais jovem que ela, com quem se mudaram para a Alemanha.
Sua formação foi alicerçada em bases europeias,
pois lá viveu dos onze aos 33 anos. Frequentou as Academias de Belas Artes de Munique, onde estudou com Herman Groeber e Adolf Engeler,
e de Florença.
De volta ao Brasil, nos anos 20,
tornou-se um nome representativo dessa década e da seguinte, juntamente com Cândido Portinari, Ismael Nery e Cícero Dias.
Ainda jovem, orientou um grupo do qual participavam Iberê Camargo, Vera Mindlin e Alcides da Rocha Miranda. Nessa época (1944), a convite de Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo
Horizonte, instalou um curso de desenho e pintura no recém-criado Instituto de
Belas Artes. A
partir daí, apaixonou-se pela cidade e mudou-se para lá.
Até a sua morte, Guignard expôs inúmeras vezes no
Brasil. Em 1953,
foi-lhe dedicada uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e, em 1992, no Museu Lasar Segall.
Hoje, a Escola Guignard (em Belo Horizonte) leva o seu nome em sua homenagem
O Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, sob a curadoria do marchand Jean Boghici, amigo pessoal de Guignard,
realizou uma retrospectiva, com ares de megaexposição internacional, em abril
de 2000.
Foi um artista completo,
atuando todos os gêneros da pintura - de naturezas mortas, paisagens, retratos até
pinturas com temática religiosa e política, além de temas alegóricos.
Guignard amava, mesmo, as montanhas de Minas Gerais, seu céu e suas cores, as manchas nos muros e o
seu povo. Colaborou para a formação de artistas que romperam com a linguagem
acadêmica e ajudou a consolidar o modernismo nas artes plásticas em Minas. O período vivido em Minas
está representado também no Museu Casa Guignard.
Seu corpo repousa na Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, onde viveu até 1962.
Seu quadro Vaso
de Flores foi arrematado, em agosto de 2015, por R$ 5,7 milhões, tornando-se até então,
a obra de arte mais valiosa de um brasileiro já vendida em um leilão.
Coleção Guignard
Modernismo de Guignard
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