Mundo: monumento natural
da humanidade
O rio dos
amantes perdidamente apaixonados
O rio Sena (em francês: la Seine) é um rio do norte de França que
banha a capital, Paris e
que desagua no Oceano Atlântico. Tem uma extensão de 776 km.
Nasce a 470 metros de altitude, na Meseta de
Langres, em Côte-d'Or. O
seu curso tem uma orientação geral de sudeste a noroeste. Desagua no canal da Mancha,
perto de Le Havre. A
área da sua bacia hidrográfica é aproximadamente de 75 000 km².
A fonte do Sena é
propriedade da cidade de Paris desde 1864. Uma cova artificial foi construída um ano depois,
para controlar a fonte principal.
O entulho proveniente das demolições, assim como o
transporte de materiais para construção, areia, pedra, cimento e concreto, além
de terra de escavação, são produtos que navegam pelas águas do Sena. O carvão
que abastece as usinas termoelétricas também é transportado por esse meio, para
evitar congestionamento e poluição ambiental e sonora causada pelos caminhões,
assim como o transporte de peças volumosas. O trigo, da famosa baguette
francesa, também utiliza a hidrovia, pois os importantes moinhos estão
localizados nas margens do Sena.
O transporte turístico de passageiros pelo Sena é
uma atividade tradicional em Paris, com seus famosos bateaux mouches, barcos
moscas. O
número de turistas na França supera os 80 milhões, e a grande maioria visita
Paris. Como as principais atrações turísticas de Paris estão localizadas junto às
margens do Rio Sena ou nas suas proximidades, de 200 a 500 metros, a Prefeitura
de Paris está executando um projeto de interligação dos diversos trechos das
margens do rio.
Os principais afluentes do Sena são, desde a sua
nascente:
Um bateau mouche, barco de turismo no Sena.
Após ter sido queimada em 1431, Joana d'Arc teve
suas cinzas atiradas no Rio Sena.
Napoleão Bonaparte que morreu em 1821 manifestou em seu
testamento o desejo de ser enterrado às margens do Rio Sena, fato que nunca
chegou a se concretizar.
Nos jogos olímpicos de 1900, o rio sediou as provas
de Remo, Natação e Polo Aquático.
Em 1991 as margens do
rio foram classificadas como patrimônio da humanidade pela UNESCO.
Desde 2002 as margens do rio têm sido usadas para
abrigar, a cada verão, o evento Paris-Plage, onde determinados espaços das
margens pavimentadas do rio são preenchidos por areia de praia, e beneficiados
com instalações para banhos de ducha, lazer, e banhos de sol.
Durante os séculos 19 e
20, o rio serviu de inspiração à obra de diversos artistas, entre eles: Henri Matisse, Camille Pissarro, Édouard Vuillard, Eugène Boudin, e Claude Monet.
O río
é um lugar popular para os suicidios e para a desova de corpos de vítimas de
assassinato.
Regatta in Argenteuil, de Claude Monet.
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Prova de natação das Olimpíadas de
1900, realizada no Rio Sena.
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No início da década de 1960, os cientistas consideravam o rio Sena quase como biologicamente morto,
existindo apenas três das 32 espécies de peixes nativos identificáveis. Desde
então, leis de proteção têm sido criadas ao longo das décadas, assim como
milhões de euros têm sido investidos em infraestrutura e estações de depuração,
de forma que uma recuperação progressiva do ecossistema das águas do rio seja
alcançada. Como resultado, a qualidade
das águas melhora de maneira contínua, sobretudo em Paris, que já abriga vinte espécies endêmicas de peixes. Em 2009 foi
anunciado que o Salmão do Atlântico havia retornado ao rio.
Hoje em dia a poluição do rio é
ligada à agricultura e às águas de chuva que carregam poluentes das zonas
urbanas para o leito do rio. De acordo com análises recentes, 70 % das
espécies de peixes do rio são impróprias para o consumo, em razão da contaminação
das águas por Bifenilpoliclorado, cuja proibição de uso existe há mais de 20
anos, mas que ainda encontra-se acumulado no meio ambiente. O Rio Sena é o rio
Europeu mais poluido pelo Bifenilpoliclorado. Essa poluição se estende até a
baía do Sena, onde a pesca da sardinha foi proibida em 2010.
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