Mundo: curiosidade
(ideias que viraram fortunas)
Yolanda ValeryBBC Mundo
iStock
Quando se trata de
conquistar uma fortuna de uma forma pouco comum, muitos podem argumentar que um
elemento é essencial: ter sorte.
Uma forma de tornar realidade esse sonho quase universal é, por exemplo,
comprar um bilhete de loteria e esperar que se tenha apostado na sequência de
números correta.
No maior prêmio do gênero já entregue até hoje, no início do ano na
Flórida, a probabilidade de levar para casa os US$ 1,6 bilhão (R$ 5,6 bilhões)
era de uma em 292 milhões de ganhar uma bolada de dinheiro.
Mas talvez exista um outro jeito de conseguir isso que não se explica
necessariamente só por um lance do acaso, como mostram as histórias dos
empresários que te contamos a seguir.
Confira as ideias originais ou inusitadas que eles tiveram - e como elas
os transformaram em milionários.
1. Alex Tew e sua página de 1 milhão
de dólares
Divulgação
Há pouco mais de dez anos, um estudante inglês de 21 anos que buscava
uma forma de financiar seus estudos universitários criou a "The Million
Dollar Homepage" (a página de 1 milhão de dólares, em inglês), na qual
vendia pixels, como são chamados os pontos que compõem uma imagem digital.
A ideia era atrair empresas interessadas em anunciar no site. Por meio
dos pixels adquiridos, seria possível acessar seus sites. O preço cobrado era
de US$ 1 (R$ 3,6) por pixel, com um pacote mínimo de cem pixels.
A página tornou-se popular quase instantaneamente. Quatro meses depois
do lançamento, seu criador, Alex Tew, leiloou os últimos pixels disponíveis no
site eBay.
2. Chris Clark, o primeiro dono do pizza.com
Getty
Em 2008, o dono de uma empresa de software Chris Clark virou manchete de
jornais pelo incrível valor que conseguiu com a venda de um endereço na
internet.
Ele pagou US$ 20 pelo domínio "pizza.com" em 1994, quando a
internet estava se popularizando e o leiloou 14 anos depois por US$ 2,6
milhões. "A oferta final superou qualquer expectativa", disse ele a
um jornal local de Baltimore, nos Estados Unidos.
Hoje, o site reúne links para pedir pizza pela rede. E a única coisa que
seu primeiro dono lamenta é não ter comprado mais domínios nos anos 1990.
3. Ken Ahroni e seus ossos da sorte
Ken
Ahroni
Dono de uma série de invenções tecnológicas, Ken Ahroni entrou para o
clube dos milionários graças a algo bastante simples que o inspirou durante uma
ceia de Ação de Graças em 1999.
Nesta data, é um costume que duas pessoas segurem o osso em forma de
"V" de um peru e tentem rompê-lo fazendo um pedido enquanto isso.
Quem fica com o maior pedaço terá seu desejo realizado, de acordo com a
tradição.
Ahroni percebeu como era frustrante que só houvesse um osso do tipo em
toda a ave, o que impedia que mais pessoas participassem da brincadeira, e
criou a Lucky Break Wishbone, uma empresa dedicada a criar versões de plástico
do osso da sorte.
A companhia logo conseguiu faturar US$ 1 milhão e, por conta do sucesso
da ideia, moveu processos na Justiça por violação de direito autoral. Em 2010,
um tribunal americano conferiu uma indenização de US$ 1,7 milhão contra a famosa
rede de lojas de departamento Sears.
4. Gary Dahl, o criador da 'mascote perfeita'
Gary Dahl era um executivo do mercado publicitário da Califórnia, nos
Estados Unidos, quando teve a lucrativa ideia de transformar uma conversa
travada com seus amigos nos anos 1970 em um negócio.
Eles haviam falado sobre como era difícil ter uma mascote perfeita, e
Dahl respondeu que já o tinha: era uma pedra. Não demorou para que Dahl
começasse a vender pequenas rochas como mascotes, com uma caixa de vidro e um
livro de instruções.
As "pet rocks" foram um grande sucesso em 1975 e 1976, com
mais de 1,5 milhões de unidades vendidas por quase US$ 4 cada uma. Mas, após a
moda passar, praticamente desapareceram.
A ideia também trouxe problemas para Dahl, que contou a um jornal
americano em 1988 que havia passado os últimos 13 anos se escondendo dos
"loucos" que o perseguiam para ameaçá-lo ou processá-lo.
Ele faleceu aos 78 anos em 2015. Mas ainda hoje existe uma página com o
nome "petrock", que não especifica seu dono e vende a "única
mascote que não vai fugir".
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