BOA
SEMANA PARA TODOS VOCÊS
Leiam abaixo,
entrevista de ACM Neto concedida ao Jornal El País, O JORNAL GLOBAL
26 DE SETEMBRO DE 2016
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Dia Interamericano das
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Dia Nacional do Surdo
Epígrafe
Dica do dia
1222 – 1282
Nitiren
ou Nichiren, nascido Zennichimaro, mais tarde Zeshō-bō Renchō e algumas vezes
chamado de Nichiren Shōnin ou Nichiren Daishōnin, foi um monge budista do Japão
do século XIII. Fundou o budismo Nitiren, um importante segmento do budismo japonês
que engloba dúzias de escolas de diversas interpretações doutrinárias.
ENTREVISTA DE ACM NETO
ACM NETO: “O DEM CONSEGUIU
REFAZER A CONEXÃO COM AS RUAS”
Favorito
à reeleição em Salvador, prefeito diz que seu partido vive o melhor momento
desde 2003
São Paulo 19 SET 2016 - 22:04 BRT
ACM Neto em entrevista coletiva
em Salvador. DIVULGAÇÃO
Não espere uma resposta do prefeito de Salvador, ACM
Neto (DEM), ao questioná-lo sobre a possibilidade de se candidatar ao Governo
da Bahia nos próximos anos. "Pelo amor de Deus, eu não posso... Nem
especularia, porque tenho eleição para vencer em poucos dias", disse ao EL
PAÍS por telefone o prefeito, que se diz "focado" em Salvador e
frequenta a lista dos gestores mais bem avaliados do país. Seu partido,
contudo, enxerga para além da capital baiana ao olhar para o prefeito favorito
à reeleição, com quase 70% de intenções de voto em pesquisas de opinião. A
"vitrine" do Democratas para o Brasil explica na entrevista abaixo a
que atribui sua boa avaliação popular e defende que seu partido elabore um
projeto nacional para 2018 após as municipais.
Pergunta. Você larga para a reeleição com quase
70% das intenções de voto e como um dos prefeitos mais bem avaliados do país. A
que atribui sua popularidade?
Resposta. O primeiro e mais importante ponto é
que eu assumi a Prefeitura com consciência de que não devia trabalhar obcecado
com a reeleição. Quando cheguei ao Governo, reuni a minha equipe e disse que
estava proibido qualquer pessoa pensar ou discutir sobre a próxima eleição. Daí
começamos a tomar as medidas necessárias, sempre com a compreensão de que
eleição era a consequência de um trabalho de todo o mandato. O que estamos
colhendo agora são os frutos de um trabalho de quatro anos.
P. O que diferencia esse trabalho do realizado
por prefeitos que enfrentam mais dificuldade para se reeleger?
R. Foi um trabalho de organização
administrativa, de reestruturação da gestão pública de Salvador. Trabalhamos
com parâmetros que não existiam em nossa cidade, modernizando a Prefeitura,
trabalhando com planejamento estratégico, equilibrando as contas desde o
princípio do Governo e fazendo sobrar recursos para poder usá-los em
investimento. Somos a primeira Prefeitura do Brasil em investimento com recursos
próprios: 97% de todas as obras feitas em Salvador pela Prefeitura são com
recursos próprios do município.
P. Muitos gestores públicos atribuem a baixa
popularidade à ausência de recursos nos últimos anos. De onde saiu o dinheiro
da Prefeitura de Salvador?
R. Logo no começo promovemos um sério ajuste nas
contas públicas, melhorando a qualidade do gasto e revisando despesas. Fizemos
uma redução de 20% em todos os contratos de terceiros com a Prefeitura.
Implantamos novos padrões de contratação pública, para garantir economia nos
serviços, principalmente nos grandes contratos, como locação de automóveis e
contratação de mão de obra. Por outro lado, fiz um esforço muito grande em
elevação de receita. Sobretudo combatendo a inadimplência e a sonegação. Fomos
muito atrás de arrecadar para o município o que era perdido. Com isso,
reequilibrei as contas da prefeitura e controlo a execução orçamentária
pessoalmente e com lupa, de maneira a não gastar um centavo a mais do que a
prefeitura pode.
P. Depois de diminuir de tamanho e relevância na
política nacional, o Democratas ressurge com um presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-GO), e ganha espaço com a crise do PT. Até onde o partido pode
chegar?
R. Sem dúvida alguma, em retrospectiva de 2003
para cá, este é o melhor momento do partido. Nós pagamos um preço alto pela
opção que fizemos de ser oposição. Uma opção de coerência com as urnas e com a
vontade do eleitor. O Democratas saiu de 84 deputados e chegou a ter 20 depois
da eleição de 2014. E depois voltou a crescer, porque a política, além de ser
cíclica, premia neste momento, no Brasil, as pessoas que tiveram coerência.
Agora, com o fim de um ciclo do PT no plano nacional, é claro que se abrem
várias oportunidades para quem fez oposição. O partido começou a crescer,
ganhou quase 10 deputados, é principalmente um partido que está com imagem leve
no Brasil, que conseguiu criar conexão com as ruas, o que não é fácil. Hoje os nossos
líderes na Câmara e no Senado têm grande apelo junto à população que acompanha
a política, exatamente pela posição que tomaram. Acho que o partido tem de ter
uma visão de médio, longo prazo. De fato o partido tem de se preparar para ter
um projeto nacional próprio. Se é agora, em 2018, ou um pouco mais adiante, só
as circunstâncias vão indicar. Porém, eu defendo que, passada a eleição municipal, o partido sente para pensar num projeto para
2018.
"Hoje os nossos líderes na
Câmara e no Senado têm grande apelo junto à população que acompanha a
política"
P. E onde o prefeito ACM Neto entra nesse
projeto nacional?
R. Primeiro temos que trabalhar muito para
conseguir uma vitória aqui, em Salvador. Eu sigo aquela velha lógica de que
quem tem tempo não tem pressa. Eu não tenho pressa. O partido tem que se
organizar e se preparar. Talvez seja um caminho apresentar a pré-candidatura de
[o senador] Ronaldo Caiado (DEM-GO) à Presidência da República. Eu quero ser um
colaborador desse processo. Se vou entrar em campo ou não, só o futuro dirá.
Atualmente, eu só foco na Prefeitura de Salvador.
P. Dirigentes do DEM têm celebrado sua gestão
como um exemplo de como podem funcionar as parcerias público-privadas. O que
Salvador tem a mostrar?
R. A concessão do serviço de transporte público,
que é o mais importante da Prefeitura... Nós fizemos a concessão que estava há
40 anos na gaveta. Tiramos do papel e isso permitiu uma modernização e uma
renovação de todo o serviço com investimentos privados, além de ter permitido
arrecadação pode parte da Prefeitura de outorga onerosa paga pelos empresários.
Outro modelo de sucesso com a iniciativa privada é o dos nossos eventos, como
o Carnaval e o Réveillon. Isso nos permitiu arrecadar
muito mais com patrocinadores privados. Mais da metade do Réveillon de Salvador
é custeado pela iniciativa privada. Isso é fundamental, porque Salvador é uma
cidade turística, que precisa e vive disso.
P. A exclusividade para a cerveja Schincariol no
último Carnaval gerou polêmica...[até 2014 não havia contratos fechados com só uma
cervejaria]
R. Com essa parceria, a Prefeitura deixou de
gastar e ainda começou a arrecadar. Nós apuramos a utilização das marcas das
empresas privadas. No caso da relação com as cervejarias, nós conseguimos
aumentar o valor da arrecadação oferecendo exclusividade. Neste ano, já fechei
e anunciei um contrato de 30 milhões de reais com a Ambev. Era
a Schin, tinha uma reação, e no próximo ano será a Skol.
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