Artes visuais: museu
Rio de Janeiro – Brasil
castro maya, o patrono
Raymundo
Ottoni de Castro Maya, ou simplesmente Castro Maya nasceu em Paris em 1894, e
faleceu em Santa Teresa, na cidade do Rio de Janeiro, em 1968. Foi um
brasileiro de muitas facetas, tendo atuado como industrial, editor de livros,
esportista e especialmente como colecionador de arte. Fundou museus, sociedades
culturais e foi grande defensor do patrimônio histórico, artístico e natural.
Filho de Raymundo de Castro Maya, renomado engenheiro e homem ligado ao
Imperador D. Pedro II, e de Theodozia Ottoni de Castro Maya, herdeira de uma
tradicional família de intelectuais liberais. Do pai, Castro Maya herdou o
gosto por coleções de objetos de arte e da mãe o apreço pela literatura. A
família morou na França quando o pai ocupou o cargo de vice-cônsul brasileiro
em Paris, cidade a qual Castro Maya retornou diversas vezes e que influenciou
sua formação cultural.
Em
1943, coordenou os trabalhos de reforma e urbanização da Floresta da Tijuca e
cumpriu o desafio de revigorá-la e torná-la novamente um parque recreativo.
Mas
as atividades que se sobressaem na vida de Castro Maya são as de colecionar e
incentivar a arte. O apoio à arte brasileira e a busca para facilitar o acesso
público às suas coleções são marcas de seu pioneirismo na cultura brasileira.
Ainda em 1943, criou a Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil, a
fim de preencher uma lacuna no campo da literatura nacional, por meio da edição
de 23 livros. Participou da fundação do Museu de Arte Moderna do Rio de
Janeiro, em 1948, e foi o seu primeiro presidente.. Em 1952, fundou a Sociedade
Os Amigos da Gravura, para difundir e incentivar a produção gráfica
brasileira, até então pouco reconhecida como expressão artística
Editou
livros de Debret (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil), em 1954; e de
Gilberto Ferrez (A Muito Leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de
Janeiro), em 1965. Coordenou a Comissão Organizadora do IV Centenário da
cidade do Rio de Janeiro, em 1964/65. Em 1967, foi nomeado para trabalhar na
Câmara do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Conselho Federal de
Cultura e no mesmo ano publicou um breve estudo sobre a Floresta da Tijuca.
Em
1963, criou a Fundação Raymundo Ottoni de Castro Maya, que inaugurou os Museus
Castro Maya: o Museu do Açude (1964) e o Museu da Chácara do Céu (1972).
Em
1968, aos 74 anos, falece no Rio de Janeiro.
As Casas que viraram Museus
Os Museus Castro Maya – Museu do Açude,
no Alto da Boa Vista e o Museu da Chácara
do Céu, em Santa Teresa – foram residências de Castro Maya por ele
doadas à Fundação que levava seu nome, criada em 1963 e extinta em 1983, quando
ambos os museus foram incorporados ao governo brasileiro e hoje integram o
IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), do Ministério da Cultura. Os prédios,
acervos e parques dos Museus Castro Maya foram tombados pelo IPHAN (Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1974.
A adaptação das residências às
necessidades dos espaços museológicos públicos é um processo contínuo e
considera as especificidades da tipologia dos Museus-Casa. Por esse motivo, nos
Museus Castro Maya existem alguns cômodos mobiliados e ambientados que
preservam o caráter de moradia dos espaços.
Coleções ou Acervos:
Brasiliana é a coleção de obras e de estudos,
realizados por estrangeiros, sobre o Brasil.
ALFRED
MARTINET (c. 1821 –c. 1871) Rio de Janeiro e seus arredores (do Corcovado),
1841-1847 Litografia colorida, 37,8 x 60,4 cm
ROBERT DAMPIER (1799-1874) Vista da
entrada da barra do Rio de Janeiro e Igreja da Glória do Outeiro, 1824 Óleo
sobre tela, 25,5 x 32,5 cm
A coleção de Arte Brasileira é
composta principalmente por obras dos modernistas Guignard, Di Cavalcanti,
Pancetti e Volpi e de artistas que produziram nos meados no século XX, como
Iberê Camargo, Antônio Bandeira e Manabu Mabe
INARI (1903-1962). Cena Rural, 1954.
Grafite e carvão, 38,2 x 56,8 cm ANDIDO PORTINARI (1903-1962). Cena Rural,
1954. GrBrafite e carvão, 38,2 x 56,8 cm CANDIDO PORTINARI (1903-1962). Cena
Rural, 1954. Grafite e carvão, 38,2 x 56,8 cm
E mais cinco
outras notáveis coleções. Vale a pena conferir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário