terça-feira, 27 de setembro de 2016

MUSEU CASTRO MAYA

Artes visuais: museu








Rio de Janeiro – Brasil

castro maya, o patrono




Raymundo Ottoni de Castro Maya, ou simplesmente Castro Maya nasceu em Paris em 1894, e faleceu em Santa Teresa, na cidade do Rio de Janeiro, em 1968. Foi um brasileiro de muitas facetas, tendo atuado como industrial, editor de livros, esportista e especialmente como colecionador de arte. Fundou museus, sociedades culturais e foi grande defensor do patrimônio histórico, artístico e natural.

Filho de Raymundo de Castro Maya, renomado engenheiro e homem ligado ao Imperador D. Pedro II, e de Theodozia Ottoni de Castro Maya, herdeira de uma tradicional família de intelectuais liberais. Do pai, Castro Maya herdou o gosto por coleções de objetos de arte e da mãe o apreço pela literatura. A família morou na França quando o pai ocupou o cargo de vice-cônsul brasileiro em Paris, cidade a qual Castro Maya retornou diversas vezes e que influenciou sua formação cultural.
Em 1943, coordenou os trabalhos de reforma e urbanização da Floresta da Tijuca e cumpriu o desafio de revigorá-la e torná-la novamente um parque recreativo.
Mas as atividades que se sobressaem na vida de Castro Maya são as de colecionar e incentivar a arte. O apoio à arte brasileira e a busca para facilitar o acesso público às suas coleções são marcas de seu pioneirismo na cultura brasileira. Ainda em 1943, criou a Sociedade dos Cem Bibliófilos do Brasil, a fim de preencher uma lacuna no campo da literatura nacional, por meio da edição de 23 livros. Participou da fundação do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1948, e foi o seu primeiro presidente.. Em 1952, fundou a Sociedade Os Amigos da Gravura, para difundir e incentivar a produção gráfica brasileira, até então pouco reconhecida como expressão artística

Editou livros de Debret (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil), em 1954; e de Gilberto Ferrez (A Muito Leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro), em 1965. Coordenou a Comissão Organizadora do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro, em 1964/65. Em 1967, foi nomeado para trabalhar na Câmara do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Conselho Federal de Cultura e no mesmo ano publicou um breve estudo sobre a Floresta da Tijuca.
Em 1963, criou a Fundação Raymundo Ottoni de Castro Maya, que inaugurou os Museus Castro Maya: o Museu do Açude (1964) e o Museu da Chácara do Céu (1972).
Em 1968, aos 74 anos, falece no Rio de Janeiro.

As Casas que viraram Museus

Os Museus Castro Maya  Museu do Açude, no Alto da Boa Vista e o Museu da Chácara do Céu, em Santa Teresa – foram residências de Castro Maya por ele doadas à Fundação que levava seu nome, criada em 1963 e extinta em 1983, quando ambos os museus foram incorporados ao governo brasileiro e hoje integram o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), do Ministério da Cultura. Os prédios, acervos e parques dos Museus Castro Maya foram tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 1974.
A adaptação das residências às necessidades dos espaços museológicos públicos é um processo contínuo e considera as especificidades da tipologia dos Museus-Casa. Por esse motivo, nos Museus Castro Maya existem alguns cômodos mobiliados e ambientados que preservam o caráter de moradia dos espaços.
Coleções ou Acervos:
Brasiliana é a coleção de obras e de estudos, realizados por estrangeiros, sobre o Brasil.

ALFRED MARTINET (c. 1821 –c. 1871) Rio de Janeiro e seus arredores (do Corcovado), 1841-1847 Litografia colorida, 37,8 x 60,4 cm

ROBERT DAMPIER (1799-1874) Vista da entrada da barra do Rio de Janeiro e Igreja da Glória do Outeiro, 1824 Óleo sobre tela, 25,5 x 32,5 cm
A coleção de Arte Brasileira é composta principalmente por obras dos modernistas Guignard, Di Cavalcanti, Pancetti e Volpi e de artistas que produziram nos meados no século XX, como Iberê Camargo, Antônio Bandeira e Manabu Mabe

INARI (1903-1962). Cena Rural, 1954. Grafite e carvão, 38,2 x 56,8 cm ANDIDO PORTINARI (1903-1962). Cena Rural, 1954. GrBrafite e carvão, 38,2 x 56,8 cm CANDIDO PORTINARI (1903-1962). Cena Rural, 1954. Grafite e carvão, 38,2 x 56,8 cm
E mais cinco outras notáveis coleções. Vale a pena conferir.



Nenhum comentário:

Postar um comentário