segunda-feira, 13 de maio de 2013

HUMOR: Nunca vi alguém descrever uma cirurgia de hemorróidas...


 (com tanta riqueza de detalhes)



Ptolomeu em 150 d.C. falava que a terra era o centro do universo e que tudo girava em torno dela, foram precisos cerca de 1400 anos para esta teoria ser rebatida por Nicolau Copérnico provando para a humanidade que o Sol sim era o centro.


Eu, simplesmente eu, descobri em apenas três dias, após 56 anos,
que ambos estavam redondamente enganados: o centro do universo
é o anus.

Isso mesmo, o anus!

Operei de hemorróidas em caráter de urgência algumas semanas atrás.

No domingo à noitinha, o que eu achava que seria uma singela flatulência,
quase me virou pelo avesso.

“É difícil, mas vamos ver se reverte”, falou meu médico. Reverteu merda nenhuma, era mais fácil o Lula aceitar que sabia sobre o mensalão do que aquela lazarenta bolinha (?) dar o toque de recolher.

Foram quase 2 horas de cirurgia e confesso não senti “nadica” de nada, nem se me abusaram da minha virgindade anal  durante a cirurgia!

Dois dias de hospital, passei bem embora tenham tentado me afogar com tanto soro que me aplicaram, foram litros e litros; recebi alta e fui repousar em casa. Passados os efeitos anestésicos e analgésicos, vem a “primeira vez” de ir ao sanitário.

Arre égua! Parece que você tá defecando um croquete de figo da Índia, casca de abacaxi, concha de ostra e arame farpado. É um auto-flagelo.

Por uns três dias dói tanto que você não imagina uma coisinha tão pequena e com um nome tão reduzido - uma só sílaba na boca do povo - possa doer tanto. O tamanho da dor não é proporcional ao tamanho do nome, neste caso, o anus deveria chamar dobrovosky, tegulcigalpa, nabucodonosor.

Passam pela cabeça soluções mágicas: Usar um ventilador! Só se for daqueles túneis aerodinâmicos. Gelo! Só se eu escorregar pelado por uma encosta do Monte Everest.
Esguichinho d’água! Tem que ser igual ao da Praça da Matriz, névoa seguida de jatos intercalados.

Descobri também que somos descendentes diretos do babuíno, porque você fica andando como macaco e com o ânus vermelho; qualquer tosse, movimento inesperado, virada mais brusca ele dói, e como!

Para melhorar as “idas” à privada, recomenda-se dieta na base de fibras, foi o que fiz: comi cinco vassouras de piaçaba, um tapete de sisal e sete metros de corda. Agora sei o sentido daquela frase: “quem tem medo de defecar não come!”

Perdi 4 quilos; 3,5 de gordura e 0,5 de anus.

Tudo valeu, agora já estou bem, defecando como manda o figurino, e nem preciso pensar para “flatular”, o ânus ficou afinado em ré menor, uma beleza!

A vergonha é que usei Modess por 20 dias após a cirurgia e hoje to até sentindo falta dele!

Acaso necessite de outra intervenção nessa região, mando em meu lugar o Fernandinho, um “boiola” meu vizinho, que adora que explorem seu país baixo – como diziam nossos avós.

Colaboração de Antônio Abreu 


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