Todos usam a expressão “gude
presa”, mas poucos se dão conta do seu verdadeiro significado. Aqui,
apresentamos duas versões, dois conceitos, que podem defini-la. Contudo, há
controvérsias acerca da precisão de ambas.
Vale de logo dizer que ela provém do jogo de gudes. Mas,
ao longo do tempo, ela extrapolou o campo do lúdico, passando a infernizar a
vida daqueles que pretendiam traduzi-la. Será uma ou outra explicação dada é mais
consentânea com a verdade? Difícil afirmar.
Como exemplo da disparidade das interpretações, damos
duas delas, que, de tão díspares, quase antagônicas, tergiversam entre si.
Para Joaci Góes “gude presa” tem o sentido: “De vez em quando, uso a expressão "gude presa"
para significar atos e palavras que deixam o oponente ou interlocutor sem
saída. Algo assim como um golpe de mestre. Deriva a expressão do jogo de gude,
quando, num tiro certeiro, o gude lançado atinge täo precisamente o gude mirado
que o remete para longe, passando a ocupar precisamente o seu lugar.
Para Luiz Carlos Facó, ela se restringe, tão somente, a um lance
do jogo, e não repercute em outras áreas. Diz ele: “... as competições de gude
eram variadas (triângulo, cidade, etc.), com regras distintas. A expressão
"gude presa" refere-se à jogada feita por aquele que consegue, ao
lançar o gude, fazer com que sua bola fique estática, ocupando o local daquela
atingida que se encaminha para o objetivo proposto pelo jogador: encurralar o
adversário. É jogada de difícil execução, tal qual aquela do snoker que procura
colocar em dificuldade o adversário.
Fui jogador de gude bem
competitivo, mas perdia sempre para meu irmão, da mesma forma como ele se
entregava para mim no jogo de botões.”
Pelo
sim pelo não, fiquemos com as duas concepções, afinal, em ambas, sentimos que o
sentido da atitude de ambos (deles) movimentos é encurralar o adversário,
colocá-lo em cheque-mate (xadrez).
Ah!
não esquecer, gude é substantivo masculino. É o gude, jamais a gude.
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